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A Expressão “Antigo Regime”

Por:   •  18/3/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.153 Palavras (9 Páginas)  •  52 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A expressão “Antigo Regime” foi criada pelos líderes da Revolução Francesa (1789) para se referirem ao período histórico anterior ao processo revolucionário, possuía uma forte conotação negativa, pois o antigo regime era regido pelo absolutismo e suas características econômicas, políticas e sociais.

Durante o Antigo Regime, a sociedade francesa era constituída por diferentes estados: clero, nobreza e burguesia. A sociedade vivia sob uma enorme desigualdade social, onde a grande maioria vivia sem direitos e privilégios.

Sendo assim, a Revolução Francesa foi um resultado direto da crise que a França vivia no final do século XVIII, gerada pela insatisfação popular em que o país vivia, decidiram se juntar com os interesses da burguesia para implantar no país as ideias do Iluminismo como forma de combater os privilégios da aristocracia francesa, momento esse importantíssimo, onde decretava que todos os seres humanos eram iguais perante a lei.

O desenvolvimento da ciência e do humanismo, que pregava a centralidade e racionalidade humana, era gerado por um pensamento iluminista.

Surge, portanto a psicologia derivada da filosofia e se emancipa a partir do século XIX, momento este, crucial na história de transição entre os pensamentos do iluminismo e o modelo de governo absolutista. Neste frágil momento, a psicologia vem para ajudar a sociedade a suportar o momento de transição.

Como vimos acima, as ideias do iluminismo mudaram a autoridade da monarquia e da Igreja e preparam o caminho para a evolução da psicologia como ciência da natureza e social, enfatizando a defesa do conhecimento racional.

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O ANTIGO REGIME

O Antigo Regime é um nome dado para o período do absolutismo na França entre o século XV e XVIII. A expressão “ANTIGO REGIME” foi criada pelos líderes da Revolução Francesa (1789) para se referirem ao período histórico anterior ao processo revolucionário. Esse termo possuía uma forte conotação negativa, pois expressava o absolutismo e suas características econômicas, políticas e sociais.

O Antigo Regime existiu, principalmente, na França, Inglaterra, Espanha Portugal e Império Russo.

CARACTERÍSTICAS DO ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO

É forma de governo totalmente concentrada no Rei. O rei absolutista concentrava todos os poderes: legislar, executar, julgar e comandar o exército. Na França, o absolutismo baseava-se na teoria do poder de origem divina segundo a qual o direito de governar fora concedido por Deus. Luís XIV, rei da França, foi um dos maiores representantes da monarquia absolutista. O poder do rei estendia-se às atividades econômicas do reino: era a chamada economia mercantilista caracterizada pelo intervencionismo e protecionismo.

A sociedade europeia vivia, então, sob uma enorme desigualdade social, dividida entre uma minoria de privilegiados (a nobreza e o alto clero) e a grande maioria sem privilégios, sem direitos e sobre a qual recaiam altos impostos. Não havia chance de o indivíduo ascender socialmente, pois sua situação dependia de seu nascimento. Este tipo de sociedade baseada na origem familiar chama-se sociedade estamental.

Foi através do processo da Revolução Francesa, iniciado em 1789, que se deu início ao fim do Antigo Regime na Europa, pois tirou do poder a monarquia absolutista.

Curiosidade: O último monarca do Antigo Regime foi Nicolau II, czar do Império Russo.

A REVOLUÇÃO FRANCESA

O processo revolucionário na França durou de 1789 a 1799 e marcou o fim do absolutismo e o começo da Idade Contemporânea.

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No século XVIII a situação na França e um modo geral na Europa eram de extrema injustiça social. A sociedade francesa era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social estava o clero, que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero estava a nobreza, formada pelo rei e sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria. Por esta razão, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

PRINCIPAIS CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA:

Descontentamento do terceiro estado, que era a grande maioria da sociedade, que pagavam altos impostos, enquanto que o clero e a nobreza eram isentos. Essa disparidade gerava muito revolta em grande parte da população. Péssimas condições de vida da sociedade urbanas e camponesas com carga de trabalho elevada e baixos salários.

Elevados gastos da nobreza com luxo, enquanto que a grande parte da população vivia em péssimas condições de vida. Grande vontade da alta burguesia comercial em participar das decisões políticas da França; a Burguesia queria maior liberdade econômica, com menos interferência do governo.

E principalmente a grande influência das ideias ILUMINISTAS, que defendia o fim do absolutismo, sobre os intelectuais e integrantes da alta burguesia.

O ILUMINISMO

Em meados do século XVIII uma nova visão de mundo difundiu-se entre intelectuais burgueses e nobres dando origem ao movimento filosófico chamado Ilustração ou Iluminismo. O conceito, criado pelo filósofo Immanuel Kant, em 1784, referia-se à ideia de trazer luz, de iluminar a mente, isto é, as ideias dos indivíduos. Estes filósofos definiam a si mesmos como os homens do “século das Luzes”.

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Kant é o maior filósofo do Iluminismo alemão. Em seu texto O que é Ilustração, o filósofo sintetiza o otimismo iluminista em relação à possibilidade de o homem se guiar por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias.

Kant apresenta o processo de ilustração como sendo:

“à saída do homem de menoridade” e a tomada da consciência por ele dá autonomia da razão na fundamentação do agir humano. (História da Filosofia, p.174).

Para os iluministas, o século XVIII foi o ápice da maturidade intelectual e racional do homem. Não havia, porém, uma única corrente

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