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A Natureza da argumentação

Por:   •  16/12/2017  •  Artigo  •  4.954 Palavras (20 Páginas)  •  361 Visualizações

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  1. A natureza da argumentação[1]

A argumentação normalmente supõe a identificação das premissas e conclusões relevantes de um problema dado que está sendo analisado. Ademais, frequentemente implica a identificação de conflitos, resultando na necessidade de olhar os ‘pros’ e ‘contras’ de uma conclusão particular.

A argumentação è uma forma vital para a cognição humana. Constantemente em nosso cotidiano somos confrontados com a informação que entra em conflito e somos forçados a lidar com as inconsistências dos resultados. Costumamos fazer isso inconscientemente, como um reflexo mental, confrontamos a informação em conflito e escolhemos algumas unidades por sobre as outras. Algumas vezes, lidamos com informação que entra em conflito de uma maneira mais consciente. Por exemplo, se estamos tomando uma importante decisão, temos em mente alguns dos argumentos e contra-argumentos principais. Considere um caso no qual você tenha que decidir se quer ir numa viagem para umas férias prolongadas ou se você decidir comprar uma casa. Aqui surge um listado de opções com ‘pros’ e ‘contras’ de cada um, e quando não temos certeza sobre a inconsistência nos dados, tentamos encontrar a melhor informação ou conselho para resolver as incoerências.

Os profissionais frequentemente subestimam a argumentação como parte integral de seu trabalho. Considere os diferentes tipos de profissionais, como médicos, cientistas, advogados, jornalistas e gerentes [managers], quem têm que identificar os ‘prós’ e ‘contras’ para analisar situações como forma de apresentar uma informação para uma audiência e/ou tomar alguma decisão. Neste caso, há muitos conflitos que são identificados de forma consciente na informação disponível, e em seguida, dependendo do trabalho realizado, construir argumentos e contra-argumentos apropriados para esse fim.

A argumentação também inclui sequências de raciocínio, onde as conclusões são usadas nas premissas para derivar novas conclusões. Além disso, a tarefa de encontrar os ‘prós’ e ‘contras’ pode ser dividida de forma recursiva. Portanto, podemos identificar contra-argumentos que entrem em conflito com as suposições de um argumento.

Neste capítulo, vamos fornecer uma cobertura informal sobre a natureza da argumentação. Para isso, vamos considerar algumas definições de conceitos básicos de argumentação, dependendo do tipo de informação utilizada e ao tipo de agentes envolvidos na discussão. Durante o decorrer deste capítulo, iremos fornecer a motivação de alguns dos elementos-chave da argumentação que pretendemos formalizar no resto deste livro.

  1. Conceitos básicos da argumentação

Vamos começar a entregar algumas definições informais simples para a argumentação. Ampliaremos sobre estas definições neste capítulo, e, em seguida, nos capítulos subsequentes, nos aprofundaremos nas definições formais para estes conceitos.

  • Argumento: Um argumento é um conjunto de premissas (por exemplo, informações sobre que conclusões é possível tirar), junto com uma conclusão que pode ser alcançada por um ou mais passos de raciocínio [reasoning steps] (por exemplo, passos de dedução). As hipóteses são geralmente denominadas de apoio (ou, de forma equivalente, as premissas) do argumento, e sua conclusão (tirada a partir de muitas outras possíveis) é chamada afirmação [claim] (ou, equivalentemente, consequentes ou conclusão) do argumento. O apoio de um argumento fornece a razão (ou, equivalentemente justificação) para a afirmação [claim] do argumento.
  • Contradição: Uma formula contradiz a outra se e somente se a primeira nega a segunda. Em outras palavras, duas fórmulas contradizer-se se e somente se eles são mutuamente inconsistentes. Por exemplo, usando a lógica clássica, se nós afirmamos  v  então a afirmação ¬ v ¬ a nega. Da mesma forma, uma fórmula  contradiz uma serie de fórmulas  se e somente se  U {} é inconsistente. Por exemplo, usando a lógica clássica,  v  contradizem a  quando  é {¬→}.
  • Refutação: [Rebutting argument] Uma refutação é um argumento com una afirmação [claim] que é a negação da afirmação [claim] do outro argumento. Em outras palavras, se um argumento afirma o que  sustenta, uma refutação toma a forma que a negação de  apoia; pelo tanto refuta o argumento para . Assim, um argumento A1 que refuta um A2 (de modo que A1 é a refutação), é tal que a afirmação de A1 contradiz a afirmação de A2. Por exemplo, usando a lógica clássica, se A1 afirma  e A2 afirma ¬, então A1 e A2 refutando-se reciprocamente.
  • Rejeição:        [Undercutting argument] Uma rejeição é um argumento com uma afirmação [claim] que contradiz a um dos supostos de outro argumento. Assumindo a lógica clássica, supomos que um argumento tem um apoio que inclui a informação que  sustenta, também a informação que  sustenta, e de esse modo a afirmação que  sustenta; então o exemplo de uma rejeição seria um argumento que afirma que é a negação de  (por exemplo. ¬ ) ou a negação de  (por exemplo. ¬ ())
  • Contra-argumento:        Dado um argumento A1, um contra-argumento é um  argumento A2 de tal modo que, ou bem, A2 é uma rejeição para A1, ou A2 é uma rejeição para A1.
  • Argumentação: Processo pelo qual os argumentos e contra-argumentos são construídos e submetidos. Sustentar um argumento consiste em comparar argumentos, avaliá-los em alguns aspectos e julgar una constelação de argumentos e contra-argumentos para considerar se algum deles tem as garantias de acordo com alguns princípios-critérios.

Por argumentação, podemos também assumir que cada argumento tem um proponente, quem é a pessoa (ou grupo de pessoas) que colocam o argumento, e cada argumento tem una plateia, que é a pessoa (ou grupo de pessoas) apontada que é o destinatário do argumento. Para aclarar esses conceitos, consideremos o seguinte exemplo.

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