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A PERCEPÇÃO E A COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL

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Por:   •  25/8/2014  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  286 Visualizações

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A PERCEPÇÃO E A COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL

Armando Farias Macedo Filho

Resumo: Podemos buscar a compreensão do processo perceptivo por diversos caminhos. Podemos abrir nosso entendimento a partir da neurofisiologia, tentando entender o funcionamento de nossas estruturas corporais no contato estabelecido com os objetos e seres. Podemos ainda adotar uma posição filosófica, religiosa, política, entre outras. Para cada uma dessas posições teremos explicações distintas.

O ser humano ante um objeto não só o vê, mas principalmente o percebe de um modo particular a si próprio, distinto do perceber de outro ser humano. Assim, a percepção tem o caráter subjetivo, dependente do estado psicológico do ser humano e das significações que este vem acolhendo em sua trajetória de vida no mundo.

Assim como percebe, o ser humano também é um percebido, pois está em constante relacionamento com outros seres humanos. Este laço “percebedor-percebido” constitui-se num fator de suma importância para o autoconhecimento. A autopercepção dita os caminhos a serem escolhidos.

Nestes caminhos assumimos papéis referenciais para o contato entre os seres humanos. A partir deles, escolhemos e somos escolhidos. No meio organizacional a percepção, os papéis e as possíveis distorções são elementos importantes no estabelecimento do clima organizacional, nas relações, na adaptabilidade, flexibilidade e na qualidade de vida do trabalhador.

Palavras chave: percepção, comunicação, processo perceptivo.

INTRODUÇÃO

Falar em percepção é falar do ser humano, nas suas relações com outros seres humanos, objetos, animais, símbolos, mitos, conceitos, referências.

O estudo do processo perceptivo é antigo. Segundo Aguiar, MAF (1992) “os estudos da percepção levantaram a hipótese de que os objetos emitiriam cópias deles próprios, as quais se transmitiriam ao cérebro. Os estudos da Física vieram contribuir para o abandono dessa hipótese ao mostrar que os objetos não emitem cópias. Na realidade, a maioria dos objetos limita-se a refletir ondas que os atingem”.

Assim, o processo perceptivo passa a ser analisado de modo objetivo, trazendo ao ser humano a perspectiva de ser ele o único percebedor no mundo em que vive.

Somos dotados de órgãos dos sentidos, que nos permitem ver, tocar, cheirar, ouvir, degustar, e assim interagimos com o mundo, percebendo as formas, os jeitos, as tonalidades e suas distinções. A cada ser humano, entretanto, é possível perceber de modo distinto um mesmo objeto, e isto nos traz a questão a ser tratada neste artigo: Como se dá o processo perceptivo?

Trataremos desta pergunta nos Capítulos seguintes, onde buscaremos contribuir para a reflexão do processo perceptivo na vida organizacional.

A percepção, segundo Robbins, SP (2002) pode ser definida como o processo pelo qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais, com a finalidade de dar sentido ao seu ambiente.

COMPREENSÃO DO PROCESSO PERCEPTIVO

A compreensão do processo perceptivo pode ser iniciada pela análise neurofisiológica do ser humano.

Ao observar um objeto, o ser humano consegue percebê-lo visualmente, pois o objeto percebido reflete ondas de luz que atingem a retina desencadeando estimulações dos nervos visuais, e provocando impulsos nervosos.

Estes impulsos são transmitidos ao cérebro, que os codificam gerando distintos padrões de energia.

Para cada indivíduo, teremos distintas retinas, portanto com distintos padrões de energia que produzem distintas percepções do mesmo objeto percebido.

Assim, ao olhar para uma cadeira, esta reflete luzes, que em ondas, atingem a retina e vão ao cérebro, codificando a cadeira.

Se perguntarmos a vários indivíduos sobre o objeto percebido (cadeira), teremos diferentes tipos de respostas. A cadeira, entretanto, continua a mesma, o que muda é a percepção individual. O mesmo ocorre com a percepção auditiva. Ao ouvirmos uma frase, esta é transmitida em ondas sonoras ao nosso sistema auditivo e transformada em impulsos nervosos, sendo então emitidos ao cérebro.

Isto ocorre também com os outros animais, considerando a especificidade de seus sistemas nervosos.

Então, o que diferencia o processo perceptivo dos seres humanos dos outros animais?

Somente o ser humano faz a pergunta: “Quem sou?”.

AUTOPERCEPÇÃO

Quem sou?

Desde seu nascimento esta pergunta instiga o ser humano a olhar para si mesmo na busca de uma resposta. Esta resposta, entretanto, começa a se delinear no contato com o mundo (outros seres, objetos, símbolos,...).

Ele busca no mundo referências que lhe darão as primeiras noções de quem é.

Assim, um recém-nascido esquimó somente terá referência de quem é no contexto em que vive e com quem vive.

Isto nos traz a importância do espaço em nosso processo de percepção. Outro fator importante é o tempo. O ser humano se reconhece em uma época específica. Desta forma, acolhe o contexto onde está inserido nas dimensões espacial e temporal.

O bebê esquimó somente tem a possibilidade de se reconhecer como esquimó

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