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"A PLANTA": LEGALIZAR OU NÃO

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Por:   •  2/3/2015  •  2.664 Palavras (11 Páginas)  •  2.404 Visualizações

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

AMANDA TOLEDO SIMONE T393GG-0

DANIELA DO NASCIMENTO CRUZ LISBOA A29GCI-8

GIZELLY A. P. QUESADO A694IB-2

INGRID LUPPO DE SOUSA 612622-7

PAMELLA MARTINS MARCOS A34902-2

TEMA: ÉTICA PROFISSIONAL

“A PLANTA”: LEGALIZAR OU NÃO

Campus Alphaville - Santana de Parnaíba

2014

CANNABIS SATIVA – A HISTÓRIA

Maconha, a droga mais polêmica do mundo possuí seu primeiro registro em 27.000 a.C. A planta tem origem no Afeganistão e era também utilizada na Índia em rituais religiosos ou como medicamento. Na mitologia, a Cannabis era a comida preferida do deus Shiva, portanto, tomar bhang, uma bebida que contém maconha, seria uma forma de se aproximar da divindade. Na tradição Mahayana do budismo, fala-se que antes de Buda alcançar a iluminação, ficou seis dias comendo apenas uma semente de maconha por dia e nada mais. Como medicamento a planta era usada para curar prisão de ventre, cólicas menstruais, malária, reumatismos e até dores de ouvido.

Romanos e gregos usavam-na para a fabricação de tecidos, papéis, cordas, palitos e óleo. Heródoto, o pai da História, menciona a utilização do cânhamo (presente no caule da maconha), para fazer cordas e velas de navios. Inclusive, é bom mencionar o quão presente esta planta esteve na formação do Brasil, pois as velas e cordas das caravelas portuguesas que aqui chegaram também eram feitas de cânhamo, assim como muitas vestimentas dos portugueses.

O cultivo da maconha se expandiu da Índia para a Mesopotâmia, depois Oriente Médio, Ásia, Europa e África. Na renascença a maconha tornou-se um dos principais produtos agrícolas europeus, sendo pouco usada como entorpecente. Johannes Gutemberg, inventor e gráfico alemão, teve sua maior e mais famosa obra A Bíblia de Gutemberg, a primeira Bíblia impressa, feita com papel de cânhamo. Irônico! Com a "Santa Inquisição", os católicos passaram a condenar o uso medicinal da maconha feito por "bruxas", estas por sua vez foram queimadas por usarem a planta no feitio de remédios.

Na Bélle Époque (final do século XIX), a maconha virou moda entre os artistas e escritores franceses, mas era também utilizada como fármaco para dilatar brônquios e curar dores. Dentre os intelectuais que chapavam o coco, podemos citar: Eugene Delacroix, Victor Hugo, Charles Buadelaire, Honoré de Balzac e Alexandre Dumas. Eles se reuniam para fumar haxixe e pesquisavam sobre o efeito da droga no tratamento de doenças mentais. Nessa época o Brasil vendia cigarros de maconha em farmácias!

A maconha foi trazida para a América do Sul pelos colonizadores e as primeiras plantações foram feitas no Chile, por espanhóis. No Brasil, como já citei, além das caravelas, durante o século XVI os escravos africanos traziam-na escondida na barra dos vestidos e das tangas, para que fossem usadas em rituais de Candomblé. Outra possibilidade da cannabis ter chego até o nosso país é através dos marinheiros portugueses. Vale lembrar que a afirmativa de que a planta tenha sido trazida por africanos muitas vezes repercutiu como forma de preconceito, e nada prova que ela não possa ter sido trazida por marinheiros portugueses. Inclusive o uso de cachimbos d'água, principal técnica utilizada para fumar a erva até a primeira metade do século XX, teria sido introduzida pelos portugueses, estes por sua vez haviam trazido o hábito das culturas canábicas com as quais tiveram contato na Índia, principalmente na nossa boa e velha Goa!

Em 1783, o Império Lusitano instalou no Brasil a Real Feitoria do Linho-cânhamo (RFLC), uma importante iniciativa oficial de cultivo de cannabis com fins comerciais por causa da demanda de produtos a base de fibras. Segundo historiadores e pesquisadores estudiosos da área, há inúmeros indícios de que Portugal investiu alto na plantação de marijuana no Brasil. Para que isso ocorresse, a Coroa financiou não só a introdução, mas também a adaptação climática da espécie em Hortos de estados como o Pará, Amazônia, Maranhão, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia.

No final do século XIX, a planta já era utilizada como psicotrópico por artistas e escritores, no entanto, ainda era considerada um medicamento, sendo usada por muitos laboratórios farmacêuticos. A partir dos anos 60, o consumo da maconha como entorpecente passou a ser feito de forma crescente, entre pessoas de todas as classes sociais. Atualmente, esta é a droga ilícita mais consumida no mundo: das 200 milhões de pessoas que consomem algum tipo de substância psicoativa ilícita, 160 milhões consomem a maconha.

Hoje a maconha é uma das drogas mais usadas no Brasil, por ser barata e de fácil acesso nos grandes centros urbanos. O modo mais utilizado para usá-la é fumando enrolado em um papel, ou então utilizando um cachimbo. O que traz os efeitos é uma substância muito poderosa chamada tetrahidrocanabinol (THC), que varia de quantidade, dependendo da forma como a maconha é produzida ou fumada.

Efeitos

Cigarro de maconha:

Os efeitos, logo após fumar o cigarro de maconha, são (podem ser diferentes dependendo da quantidade de THC):

• Euforia, sonolência, sentimento de felicidade.

• Risos espontâneos, sem motivo algum.

• Perda de noção do tempo, espaço, etc.

• Perda de coordenação motora, equilíbrio, fala etc.

• Aceleramento do coração (taquicardia)

• Perda temporária de inteligência

• Fome, olhos vermelhos, e outras características.

O tempo do efeito depende do modo como à maconha é utilizada. Se for fumada, o THC vai rapidamente para o cérebro, e o efeito dura aproximadamente 5 horas. Se for ingerido, o efeito demora pra vir (cerca de 1 hora), mas dura aproximadamente 12 horas.

Quando a quantidade

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