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A PSICOLOGIA E POLÍTICAS SOCIAIS

Por:   •  20/4/2018  •  Resenha  •  627 Palavras (3 Páginas)  •  211 Visualizações

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RESUMO

PSICOLOGIA E POLÍTICAS SOCIAIS

A atuação do(a)s psicólogo(a)s nas política sociais

Artileu Antônio Bonfim [1]

Alexandre Kaitel[2]

Neste estudo discuto o compromisso da psicologia enquanto ciência e profissão com as questões sociais e para tanto realizo uma reflexão sobre a atuação dos psicólogos nas políticas sociais.   O pressuposto foi que a atuação de psicólogos nas políticas sociais deva ser comprometida com a emancipação sociopolítica que pode ser gerada e nutrida através de ações de formação cidadã. O objetivo central da pesquisa foi investigar e refletir sobre a atuação profissional nessas políticas, analisando os “saberes” e “fazeres” destes profissionais com o propósito de comprovar ou não o compromisso social da psicologia, bem como compreender como se dá este compromisso e que impacto ele tem na vida dos usuários das ditas políticas.  Foi utilizada a abordagem qualitativa, e a metodologia empregada foi o de entrevistas semi-estruturadas, de sete profissionais; mulheres na faixa etária de 23 a 30 anos, com ano de conclusão de curso entre 2004 a 2009. Cinco fizeram sua formação na PUC MINAS São Gabriel, uma na UFMG e outra na Faculdade Newton Paiva. Após a transcrição e categorização dos dados, foi feita a análise de conteúdo. No referencial teórico foram discutidas questões concernentes a: conceituação e função das políticas públicas em contexto de desigualdade social. a função redistributiva de renda e poder e também o objetivo de autopromoção das políticas sociais; O papel da política de assistência social com focalização nos “mínimos sociais”; reflexão crítica acerca da inserção e atuação da psicologia tentando rever seu compromisso social; Processo formativo como fase inicial do compromisso social da psicologia e intervenção psicossocial como modalidade de atuação. Para tanto, alguns(mas) teóricos(as) que discutem sobre estes temas foram utilizados(as), tais como: Batista (2006), Bock (2003), Demo (1996 e 2001), Enriquez (2001), Machado (2001), Martinez (2003), Rocha (2001), Saadallah (2007) e Yamamoto (2003). A análise dos dados evidenciou que nos últimos anos, apesar de não existir dados oficiais que comprove, a inserção dos psicólogos nas políticas sociais aumentou significativamente. Na área governamental principalmente, pois, os equipamentos de operacionalização das políticas sociais tanto de saúde quanto de assistência social requerem equipe multidisciplinar. É o caso, por exemplo, do CAPS na saúde e dos CRAS e CREAS na assistência social.  Foi constatado que o aumento da inserção dos psicólogos nestas políticas não equivale afirmar que a atuação ocorre de forma efetivamente comprometida com as questões sociais. Não foi possível precisar se a atuação traz como pressuposto o protagonismo social dos usuários. Durante a análise dos dados, foi percebido que elas nomeiam a atuação como sendo uma intervenção psicossocial, reconhecendo apropriadamente o campo e o objeto desta intervenção.  A atuação profissional tem uma ampla visão do sujeito e do campo e que está presente no discurso delas os conceitos: emancipação, empoderamento, autonomia e protagonismo. Elas declaram-se verdadeiramente comprometidas com a operacionalização destes conceitos, não conseguindo, porém mensurar os impactos desta atuação na vida dos usuários.  Concluí que a atuação/intervenção esta ainda muito focada nas questões individuais e em alguma medida colabora para com os processos de conquista da autonomia, mas, não sendo possível afirmar que a emancipação do usuário se efetive.

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