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A Perspectiva de Carl Rogers acerca da resposta reflexa

Por:   •  3/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  1.077 Visualizações

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA: ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA

DOCENTE: Prof.ª Bianca

DISCENTE: Patrícia Gois Burle

HOLANDA, Adriano Furtado. A perspectiva de Carl Rogers acerca da resposta reflexa. Revista do NUFEN, v. 1, n. 1, p. 40-59, 2009.

O artigo insere-se no campo da psicologia e da psicoterapia. O autor utilizou-se de fontes secundárias oriundas de livros e periódicos, com o método descritivo e qualitativo. Foi feita a avaliação da contribuição de Carl Rogers para o campo da clínica psicológica e do estudo da psicologia, no geral, abordando-se a prática clínica Centrada na Pessoa e a técnica da resposta reflexiva.

O texto inicia-se com uma descrição de Rogers, como grande clínico e terapeuta, além de seus méritos as vezes pouco considerados, como pensador, crítico e utopista. O autor, em seguida, expõe o objetivo do texto, que consistiu em apresentar o que ele considera o pilar da prática rogeriana: a “resposta-reflexo”.  Historicamente, observa-se que Rogers propusera teorias aparentemente desprovidas de técnicas, no entanto Holanda (2009) aponta que a etimologia da palavra técnica já expressa em si algo que é realizado por uma instrumentalização com procedimentos objetivos, portanto não dissociado da teoria. Assim, a técnica deve ser sempre associada ao seu aspecto prático e ao mesmo tempo, reflexivo.

Em seguida, baseado em Lerner (1974) e Marques (1989), o autor aponta que a psicoterapia pode ser caracterizada por uma relação de interação existencial, sendo este o princípio das abordagens ditas humanista e existencial. Para Rogers, no entanto, afirma Holanda (2009), o terapeuta deve agir como participante da experiência com o paciente, escutando-o, observando-o e aplicando o seu conceito central de psicoterapia, a “tendência atualizante”. Este conceito admite que o cliente seja o centro de sua terapia, como um ser consciente e com igual potencialidade ao seu suposto “guia” – o psicoterapeuta, que igualmente se torna “pessoa” com seu paciente, sem nenhum saber alheio ou superioridade. Apesar das críticas à sua teoria e método, este conceito motivou toda a prática clínica rogeriana.

Na abordagem rogeriana, embora o próprio tenha afirmado que isto não seria o centro de sua proposta, a ideia da “não-direção” na relação terapeuta-cliente, acabou por se destacar entre sua teoria e métodos, pois apresentava-se com alternativa entre as metodologias convencionais de sua época. A não-direção trouxe um aspecto novo de abstenção de intervenções diretas do terapeuta nas experiências subjetivas do cliente, eliminando ao máximo as posturas de superioridade ou de pré-julgamentos.

O autor destaca que, desta forma, qualquer intervenção do terapeuta deve preservar ao máximo a integridade do cliente, a partir de uma compreensão orgânica das suas experiências subjetivas. A terapia “centrada na pessoa” é semelhante a uma outra modalidade de expressão empática, segundo Holanda (2009), a “resposta-reflexo”, a qual se baseia no princípio de que apenas o sujeito que vive a situação pode expressar a realidade para si e para os outros.

A respeito dos tipos de modalidades de resposta, o autor exemplifica-as segundo a classificação de Rogers & Kinget (1977a), em: resposta avaliativa, que pode expressar uma interpretação ou acordo/desacordo, passando pela sugestão ou informação; resposta que tende a "estruturar" a relação, que consiste numa explicação da situação terapêutica em questão; resposta visando obter esclarecimentos, o que indica uma não-apreensão exata do que o cliente questiona; resposta-reflexo do conteúdo, com referência ao contexto e não à pergunta propriamente dita; e resposta-reflexo do objeto, o que indica que o terapeuta compreende a questão ou seu significado.

Já a respeito das respostas do cliente ao terapeuta, Rogers definiu quatro classes: a reiteração: ou repetição da pergunta (ampliando ou não seu conteúdo, ou mesmo apresentando uma nova pergunta); a não-reação: sendo uma “renúncia aparente” ao assunto que pode desembocar noutro assunto mais superficial; o envolvimento: o cliente explora suas atitudes relativas ao objeto da pergunta; e a percepção: uma resposta indicativa de que o cliente compreendeu ou tomou consciência de aspectos até então desconhecidos para si.

Rogers concluiu, a respeito das modalidades de resposta, que as mesmas auxiliam o processo terapêutico de modo a refletir o pensamento do cliente, enquanto que aquelas que buscam explicar ou interpretar são de natureza a provocar reações contrárias ao progresso terapêutico. O autor afirma que Mucchielli (1978) classifica, também, algumas respostas possíveis de serem dadas numa situação de entrevista clínica, tais como as respostas de avaliação ou de julgamento moral, as interpretativas, de suporte afetivo, investigadoras e de solução de problema. No entanto, ele afirma que este modelo apresenta sua eficácia limitada e não favorecem a autonomia e a aprendizagem necessárias por parte do cliente.

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