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A Psicologia

Por:   •  27/9/2015  •  Dissertação  •  2.060 Palavras (9 Páginas)  •  137 Visualizações

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PSICOLOGIA E CONSTITUIÇÃO HUMANA

                                                                                                 

                                                                                     Relações Interpessoais

Psicologia e Ética

“Cadê meu começo? Cadê meu destino e fim?

                                              Para que eu estou por aqui?”

                                                                       (Milton Nascimento e Fernando Brant, Yauaretê)                                                                                            

                                                                        - citado por Rigotto

        “Em torno das perguntas dos poetas, construíram-se a filosofia, a antropologia, a sociologia, a psicologia e outros ramos do conhecimento. Não há uma resposta única a elas, mesmo porque o Homem, enquanto objeto de estudo, é extremamente rico e variado, apresentando diferenças étnicas, culturais, evolutivas no tempo. De qualquer forma, colocar-se diante destas perguntas já é uma faculdade exclusivamente humana...” (Rigotto, p.25)

        Do ponto de vista biológico, “o seu marco referencial em relação aos ancestrais relaciona-se, em grande parte, ao Sistema Nervoso. (...) Ampliamos o Sistema límbico, relacionado ao comportamento altruísta, às emoções e parte da memória. O Neocórtex (...) realiza as operações da razão, como a deliberação da ação, a integração de informações, a percepção complexa, a memória, a linguagem e seus diversos símbolos, as abstrações. Temos também muitos limites. (...) Temos dificuldades em articular as dimensões racional e afetiva, individual e social. A morte é um fato insuperável, e a consciência desta finitude nos angustia”. (Rigotto, p.25)

        “Se, por um lado, continuamos fazendo parte da natureza e tendo que nos adaptar às modificações ambientais, por outro lado podemos, progressivamente, junto com os outros homens, realizar nossas potencialidades e modificar a natureza, possibilitando a sobrevivência, expansão e evolução da espécie. (...) Este processo, que é fruto da natureza criadora e social dos homens, inicia-se no período neolítico e prossegue até os dias de hoje, constituindo toda a nossa história”. (Rigotto, p.26)

        Na evolução do processo de trabalho, ocorre uma evolução histórica que vai “do artesanato à automação”. Se, por um lado, isso “contém inovações que possibilitam a produção de bens cada vez mais sofisticados, em grande escala, e a redução de algumas cargas de trabalho; por outro lado tem trazido muitos problemas, que podem colocar em xeque o próprio sentido do trabalho humano”, já que no modo de produção capitalista o trabalhador é progressivamente alienado do seu trabalho. Ele executa o trabalho que outros conceberam, muitas vezes sem compreender sua destinação social. “Há administradores, engenheiros, chefes, supervisores que determinam como o trabalho deve ser feito e controlam o ritmo da produção”. (Rigotto, p.27)

        Como sujeitos sociais, “é necessário situar nosso poder de construção/transformação da sociedade humana, seja enquanto indivíduos, profissionais ou cidadãos” por sermos “sujeitos da história”. (Rigotto, p.27) E sermos capazes de reconhecer nossas possibilidades e limites.

PSICOLOGIA: ALGUMAS DEFINIÇÕES

         

  • Azambuja (2012) coloca que “a expressão Psicologia deriva das palavras gregas psyqué (alma, espírito) e logos (estudo, razão, compreensão). Psicologia pode ser compreendida como estudo da alma ou compreensão da alma”, apoiando-se na “lógica doespaço psicológico interior”.

  • Dito de outro modo,  segundo Boock (2002), o termo  Psicologia vem do grego psyqué, que significa alma, e de logos, que significa razão. Portanto, em sua etimologia, Psicologia significa o estudo da “alma” e da “razão”. A alma ou espírito era concebida, nos primórdios de sua definição, como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
  • A noção de espírito, aqui, é diferente do sentido religioso atribuído pelas diferentes religiões, as quais formulam, em suas doutrinas, um conjunto de pensamentos sobre a origem do homem, seus mistérios e princípios morais.
  • A Psicologia, como área do conhecimento humano, diferencia-se da religião e das práticas místicas/adivinhatórias (tarô, astrologia, numerologia...)  porque estas, embora sejam outras formas de saber sobre o humano,  não são construídas no campo da ciência; “estão em oposição aos princípios da Psicologia,  que vê não só o homem como ser (...) que se desenvolve e se constitui a partir de sua relação com o mundo social e cultural, mas também o homem sem destino pronto, que constrói seu futuro ao agir sobre o mundo. As práticas místicas têm pressupostos opostos, pois nelas há a concepção de destino, da existência de forças que não estão no campo do humano e do mundo material.” (Bock, 2002, p.26)
  • A Psicologia, como as demais áreas que compõe as ciências humanas, ainda não consegue explicar muitas coisas sobre o homem. Da mesma forma, sabe-se que a ciência “não esgotará o que há para se conhecer”. E, para serem respondidas as perguntas que os humanos se fazem , é preciso buscar respostas em diferentes campos do saber, pois nenhuma área da ciência nem as demais formas de conhecimento dão conta, sozinhas, de um saber sobre o homem.
  • A Psicologia não propõe conceituação “fechada”, por estar aberta à pesquisa e à produção de novos conhecimentos.
  • Como área da ciência, a Psicologia passa a ser reconhecida desde 1875, quando Wilhelm Wundt criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, em Leipzig, na Alemanha.

-      No século 20, as principais tendências teóricas em Psicologia são: o Behaviorismo - define o fato   psicológico, de modo concreto, a partir da noção de comportamento; a Gestalt - postula a necessidade de se compreender o homem em sua totalidade;  a Psicanálise - postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.

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