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A Psicologia Comunitária

Por:   •  8/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  676 Palavras (3 Páginas)  •  199 Visualizações

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Universidade Severino Sombra

CELCSAH

Curso: Psicologia        9° período

Disciplina: Psicologia Comunitária

Prof.: Michelle Mariana

Aluna: Mariana Prem Mendes          

        A Psicologia foi reconhecida como profissão e regulamentada no Brasil em 1962, período antecedente ao Golpe Militar, reconhecido pela ditadura. Em se tratando de suas práticas, recebeu muita influência de ideologias desenvolvimentistas que por sua vez eram baseadas na repressão política. O cenário político em que o país se encontrava favoreceu o uso do saber psi, proporcionando o pensamento acerca dos espaços de exclusão social e da adaptação daqueles que se “comportavam de forma diferente”, causando qualquer tipo de desordem no meio social, transformando práticas em instrumentos de controle ideológico.

        Por conta do regime ditatorial, havia um controle e repressão dos movimentos sociais organizados, protelando o envolvimento dos cidadãos e o posicionamento crítico de grande parte destes quanto à realidade do Brasil, seja pelos processos de alienação patrocinados pela ditadura, seja pelo medo de ser alvo de perseguições políticas.

        Em várias áreas distintas dos cursos de graduação, era comum que os professores universitários cujas disciplinas tinham conteúdos fundamentados em abordagens políticas utilizarem códigos para se comunicar com os alunos, pois não podiam expressar de forma livre as suas opiniões e ideias, sob pena de serem perseguidos politicamente, além de existirem muitas referências bibliográficas proibidas no Brasil.

        O uso do conhecimento psicológico como instrumento de práticas em comunidades teve seus primeiros registros formais da década de 1970, e a participação dos psicólogos era em trabalhos associados à esfera da educação e da saúde mental, especialmente no quesito da prevenção, com o objetivo de diminuição da prevalência de psicopatologias e a promoção de processos de adaptação das pessoas ao ambiente, tendo em vista as influências que a cultura e a sociedade exercem.

        Porém, mesmo com tanta restrição, foram efetuados nas universidades, projetos de pesquisa que causaram grande impacto social.

        Era crescente o número de intelectuais em movimentos de emancipação política. Na psicologia, concomitantes aos processos de intituição dos conselhos regional e federal da profissão, emergiam manifestações que procuravam desmistificar as teorias psicológicas, discutindo suas origens ideológicas e os valores subjacentes às lógicas postuladas.

        Começou-se a pensar em uma Psicologia fora dos consultórios elitizados, trazendo-a para ser aplicada também na comunidade, a serviço de todos. Além disso, a prática prioriza as especificidadessociais, abrindo espaços de criação de estratégias direcionadas para a história e a cultura das populações para as quais se dirigem as estratégias de saúde.

        No contexto da globalização, a comunidade pode ser depositária da utopia de conversão do egoísmo, da exclusão e da fluidez presentes nas relações humanas. A concepção de comunidade tem sido foco de interesse e de conflitos desde a modernidade. Sua lógica era, então, considerada obstáculo ao progresso e representava a persistência das tradições a serem vencidas. Ao mesmo tempo, o pensamento conservador da época tinha na comunidade o modelo ideal de sociedade, ameaçado pelo individualismo.

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