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A Psicologia Comunitária

Por:   •  15/6/2018  •  Resenha  •  970 Palavras (4 Páginas)  •  161 Visualizações

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Universidade Estácio de Sá

Campus R9

Andréia Cardoso André

201402098537

RESENHA CRÍTICA

ARTIGO

A comunidade como espaço de produção de saúde mental: contribuições da Psicologia Comunitária ao processo de desinstitucionalização

Trabalho elaborado como atividade complementar da disciplina Psicologia Comunitária do curso de Psicologia, da Universidade Estácio de Sá. Professor: Jessé Guimarães da Silva

Rio de Janeiro

2018


RESENHA CRÍTICA: A comunidade como espaço de produção de saúde mental: contribuições da Psicologia Comunitária ao processo de desinstitucionalização

Autoras:

Dayane Silva Rodrigues - Secretaria da Criança do Governo do Distrito Federal – GDF, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Maria Aparecida Alves Sobreira de Carvalho - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba- Campus Sousa- IFPB, Sousa, Paraíba, Brasil

Verônica Morais Ximenes - Universidade Federal do Ceará – UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil

No presente artigo, as autoras trazem alguns estudos e reflexões acerca do papel da Psicologia Comunitária da América Latina e sua contribuição no processo de desinstitucionalização das políticas de atenção a saúde mental atual. Para alguns autores estudados a Psicologia Comunitária da América Latina possui um diferencial devido a sua aproximação com os movimentos sociais e a preocupação com a superação vivencial do povo.

Nesse ponto, as autoras elegem dois conceitos importantes para discutir sendo estes a participação comunitária (GÓIS, 2005,2008; VIEIRA, 2008) e a problematização da realidade (MONTEIRO, 2006; GÓIS, 2005), porem iniciam com pontos da trajetória da desinstitucionalização da loucura.

O processo de reestruturação sócio-instituicional inicia-se após duas grandes guerras mundiais, com a responsabilização pelos problemas sociais. Após a II grande guerra os governos americanos e europeus retomam a idéia de valorização da vida, com a preocupação com o direito à saúde. Um desses desdobramentos iniciou-se com o surgimento da idéia de desospitalização e posteriormente o conceito de desinstitucionalização, nos EUA, com “alta” de pacientes psiquiátricos e sua reinserção na comunidade.

O que se viu com a nova política preventiva priorizando as ações e promoção de saúde mental e com a liberação do paciente do hospital psiquiátrico sem articulação com outros serviços, foi um individuo sem condições de exercer os seus direitos. Segundo alguns autores, a Reforma Psiquiátrica não compreende apenas um “rearranjo administrativo”, uma vez que ‘prédios novos e portas abertas’ não garantem projetos terapêuticos que respeitem a cidadania de pessoas com transtornos mentais.

Alguns dos autores estudados mencionam a desconstrução de técnicas e conceitos centrados na doença e a produção de espaços sociais onde seja possível “construir” saúde sem a presença de manicômios (AMARANTE,1994). Também mencionam a desmontagem da cultura e da estrutura psiquiátrica que separou a doença da existência do sujeito, dando maior atenção ao diagnóstico e ao sintoma do que as relações estabelecidas na experiência no corpo social (ROTELLI, 2001). Entende-se a saúde mental como produção de vida possível, respeitando as singularidades do sujeito em seus contextos sociais.

A III Conferência Nacional de Saúde Mental (BRASIL, 2002) pontua que para ocorrer a desinstitucionalização é necessário que a rede de serviços de saúde mental tenha modalidades diversificadas de atenção, contemplando diferentes áreas de trabalho, moradia e educação. Além disso, a descentralização dos serviços deve ser de acordo com as necessidades dos usuários, garantindo o acesso universal, humanizado e de qualidade, assim como a reorganização da rede de atenção integral à saúde mental.

As autoras do presente artigo, no item “A comunidade como espaço de produção da saúde mental”, entremeiam alguns pontos acerca do tema “comunidade” a partir do olhar de alguns teóricos. Segundo o entendimento delas, “comunidade” é local de interação e vinculação de sujeitos, além de lugar onde o papel principal é de atuação das políticas públicas. No campo das políticas de saúde há também responsabilização coletiva pela produção e cuidado da saúde, acreditando no poder comunitário quanto à tomada de decisão em relação as suas próprias questões acerca de saúde-doença.

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