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A Psicologia da Religião

Por:   •  5/5/2015  •  Artigo  •  12.535 Palavras (51 Páginas)  •  131 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A intenção deste estudo é discutir as relações entre psicologia e religião a respeito de práticas religiosas. Especificamente, serão discutidas as relações metodológicas entre – “a psicologia, a ciência ou o estudo do comportamento humano e religião”, na busca de significado relacionado ao Sagrado. O tema será desenvolvido em termos de um diálogo entre psicologia e religião ou, mais especificamente, práticas religiosas.

A primeira etapa deste diálogo aproximará o tema por meio de uma perspectiva nitidamente psicológica. Nesta seção será discutida a psicologia como uma disciplina e as relações metodológicas entre a psicologia, como ciência, e a filosofia. O segundo momento apresentará o diálogo em termos de questões teológicas e psicológicas a respeito da possibilidade da revelação como base de experiências religiosas e a natureza destas experiências. A terceira etapa apresentará algumas observações sobre o estado atual do estudo psicológico da religião ou das práticas religiosas. A razão destas três etapas, ou aproximações, é que a religião (ou as práticas religiosas), é um comportamento humano, psicológico, e, ao mesmo tempo, religioso: experiências humanas especificamente direcionadas ao Divino; no caso do cristianismo, a Deus. Assim, é impossível separar os dois elementos, psicologia e religião; é fundamental reconhecer que os dois contribuíram para a discussão das práticas religiosas, mas de perspectivas bastante diferentes.

É importante reconhecer que, dentro deste texto, as palavras como Sagrado, Divino e Deus serão colocadas em letra maiúscula. Em qualquer texto de psicologia da religião estas palavras apareçam em letra minúscula. Isso é devido, como será discutido neste texto, ao pressuposto, no campo da psicologia, de que tais termos representam construções que comunicam experiências humanas. A psicologia não entra na discussão da verdade existencial ou ontológica do Divino, do Sagrado ou de Deus, mas estuda esse fenômeno como um comportamento humano.

A presença dessas palavras em letra maiúscula revela a crença do autor a respeito da verdade existencial ou ontológica da existência do Divino, do Sagrado ou de Deus.

ÍNDICE

Pág.

Introdução: ...................................................................................................... 01                                                                                  

I- Psicologia: .................................................................................................... 03

- Conceito e campo de estudos: ...................................................................... 03

II-Psicologia como Ciência: ............................................................................. 03

- A estrutura e funcionamento do cérebro: ...................................................... 05

- A estrutura e funcionamento da consciência: ............................................... 06

- A estrutura e funcionamento da Percepção: ................................................. 07

- A estrutura e funcionamento da Motivação: .................................................. 08

- A estrutura e funcionamento do Sentimento ou Emoções: ........................... 09

- A estrutura e funcionamento da Personalidade: ........................................... 10

III- Filosofia da Mente: ..................................................................................... 12

IV- Psicologia e Teologia: ................................................................................ 13

- Experiência Religiosas: ................................................................................. 17

- Natureza destas experiência: ........................................................................ 19

V- Práticas Religiosas: ..................................................................................... 25

- Comportamento Humano: ............................................................................. 29

- Características Comportamentais: ................................................................ 31

- Técnicas Comportamentais: .......................................................................... 32

- Psicologia Comportamental: .......................................................................... 33

- Comportamento Religiosos: .......................................................................... 34

VI – Psicologia Social: ..................................................................................... 36

- Psicologia Social no Brasil: ........................................................................... 38

I - PSICOLOGIA

A definição clássica de psicologia do grego, "psique", "alma", "mente" e logia, "palavra", "razão" ou "estudo", ou seja, é o estudo do comportamento e dos processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento)". As práticas religiosas são comportamentos humanos e, por isso, fazem parte do campo da psicologia.

Cabe agora definir tais termos: Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.

Comportamento é a atividade observável (de forma interna ou externa) dos organismos na sua busca de adaptação ao meio em que vivem. Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção - ao contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto.

Os processos mentais são a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base.

II – PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

Como toda a ciência, o fim da psicologia é a descrição, a explicação, a previsão e o controle do desenvolvimento do seu objeto de estudo. Como os processos mentais não podem ser observados mas apenas inferidos, torna-se o comportamento o alvo principal dessa descrição, explicação e previsão (mesmo as novas técnicas visuais da neurociência que permitem visualizar o funcionamento do cérebro não permitem a visualização dos processos mentais, mas somente de seus correlatos fisiológicos, ou seja, daquilo que acontece no organismo enquanto os processos mentais se desenrolam). Descrever o comportamento de um indivíduo significa, em primeiro lugar, o desenvolvimento de métodos de observação e análise que sejam o mais possível objetivos e em seguida a utilização desses métodos para o levantamento de dados confiáveis. A observação e a análise do comportamento podem ocorrer em diferentes níveis desde complexos padrões de comportamento, como a personalidade, até a simples reação de uma pessoa a um sinal sonoro ou visual. A introspecção é uma forma especial de observação (ver mais abaixo o estruturalismo). A partir daquilo que foi observado o psicólogo procura explicar, esclarecer o comportamento. A psicologia parte do princípio de que o comportamento se origina de uma série de fatores distintos: variáveis orgânicas (disposição genética, metabolismo, etc.), disposicionais (temperamento, inteligência, motivação, etc.) e situacionais (influências do meio ambiente, da cultura, dos grupos de que a pessoa faz parte, etc.). As previsões em psicologia procuram expressar, com base nas explicações disponíveis, a probabilidade com que um determinado tipo de comportamento ocorrerá ou não. Com base na capacidade dessas explicações de prever o comportamento futuro se determina a também a sua validade. Controlar o comportamento significa aqui a capacidade de influenciá-lo, com base no conhecimento adquirido. Essa é a parte mais prática da psicologia, que se expressa, entre outras áreas, na psicoterapia.

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