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A Revisão Bases Atitude filosófica e Reflexão filosófica

Por:   •  16/4/2022  •  Resenha  •  3.467 Palavras (14 Páginas)  •  64 Visualizações

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Revisão Bases

Atitude filosófica e Reflexão filosófica


Atitude Filosófica – É o comportamento comum ao ser humano. Tem caráter universal e possuí características especificas como: tomar distância da vida cotidiana e interrogar a si mesmo, buscar entender quando sentimos certas coisas, porque nossas crenças são de tais modos... Com isso, nós começamos a adotar o que chamamos de atitude filosófica, onde olha-se para fora de nós.

A atitude filosófica possui duas características:

  • Negativa: Quando nega-se o senso comum ou o que está pré-estabelecido, pré-concebido, sejam eles fatos, ideias ou experiências da vida cotidiana e coloca-se uma distância disso.

Ex.: Quando queria ir a algum lugar com os meus amigos e eu pedia para a minha mãe se eu podia ir. A mãe respondia que eu não era todo mundo.

OU SEJA, não é porque todo mundo faz, que você vai fazer. É considerado uma atitude negativa, pois nega o senso comum.

  • Positiva: Quando interroga-se sobre o que as coisas são, as ideias, os fatos, as situações, valores etc. Questiona-se tudo que está ao nosso redor e nós mesmos, além do porquê de tudo. Essas são indagações fundamentais da atitude filosófica.

Essas duas atitudes, a face negativa e face positiva constituem o que chamamos de atitude crítica e pensamento crítico. (sinônimos)

Atitude crítica é a ação de analisar o objeto em sua totalidade. Analisar os pontos fortes, fracos e intermediários, um exame do objeto em sua totalidade, questionando o que de fato é.

Refere-se ao que está externo a nós, o que é objetivo, está fora. É SOBRE MIM, DENTRO DO UNIVERSO EXTERNO. Volta-se para fora. Então o pensamento crítico acontece quando nega-se E questiona-se.

[pic 1]


Reflexão Filosófica – É aquilo que dobra-se sobre si mesmo. Volta, movimento sobre si mesmo. Retorno que volta para um determinado ponto.

É o pensamento que vai voltar e interrogar a si mesmo, a internalização do pensamento.

Reflexão é contrário a atitude filosófica, pois é um processo de imersão.

A reflexão é radical. A regra da reflexão é que ela vai voltar para si mesma, pois é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento.

Atitude filosófica inicial – É externo e dirigindo-se ao mundo que nos rodeia. Considera as questões externas.

Reflexão filosófica – Voltado para dentro, considerando os porquês, para que das coisas, mas dirige-se aos seres humanos no ato do pensamento. Considera os elementos internos.

A filosofia e os Mitos

A seguir, a explicação do mundo que era comum a época.

O nascimento da filosofia nesse tempo histórico, deu-se a origem através dos mitos – um discurso – pronunciados para os ouvintes, que os tornavam como verdadeiros. O narrador tinha alto grau do confiança e ele mesmo era a testemunha do que contava ou alguém testemunhou e contou ao narrador (rapsodo).

Existiram três pontos que sinalizaram as diferenças entre os mitos e a filosofia:

Primeiro ponto, o dos mitos. Nos mitos, narrava-se as coisas como eram ou como tinham sido no passado. Voltam-se para o que era antes de tudo como existe, tal como ela é no presente. Fica lá trás e é um passado sem evidências, sem registro.

A Filosofia faz o movimento contrário, buscando explicar o motivo das coisas serem como elas são, no passado, presentes e futuros. Filosofia se faz no tempo e se mantem no tempo.

Segundo ponto, é o conteúdo da narrativa mítica, onde narravam a origem do mundo entre genealogias e rivalidades ou alianças e dava-se entre forças divinas e sobrenaturais e personalizadas (tinham nome). Então existia o conteúdo da narrativa filosófica, onde a natureza se produz, causas naturais e impessoais e tenta explicar isso sem reivindicar.

Terceiro ponto, que é onde os Mitos não se importavam com contradições e tudo bem ter caráter fabuloso já que a autoridade do narrador é confiável.

A Filosofia, não. Ela não admite contradições. Exige-se que seja lógica, coerente e racional, rejeitando o que é contrário a esses pontos e a autoridade da explicação não vem da pessoa e sim, na razão que é comum a todos os seres humanos.

Todos esses movimentos, foram a base para o surgimento da filosofia na Grécia, além de condições históricas que contribuíram para que a filosofia ganhasse a dimensão que ganhou, conforme abaixo. (Rever aula 5, exercício 4, com todas as condições históricas, pois cai na prova).


Essas condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia, foram:

  1. Viagens marítimas – Com as viagens, aconteceu o desencanto e desmistificação do mundo. Navegaram e não existiam os monstros marinhos, nem os mitos, então foram desenganados e os mitos perdem parte da credibilidade; assim, passa-se a exigir uma explicação sobre a origem de tudo;
  2. Invenção do Calendário - Existiam formas de contagem do tempo, mas passa-se a ter o controle do tempo, uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompreensível;
  3. Invenção da Moeda – Permite-se trocas entre diferentes, não mais só entre semelhantes, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização;
  4. Surgimento da Vida Urbana – Estruturada agora como polis, expande-se o artesanato e comércio, surgindo uma nova classe: a dos comerciantes e acontece a redução do poder dos aristocratas, por quem e para quem os mitos foram criados;
  5. Invenção da escrita alfabética – Outra forma de abstração, agora representa-se “ideias”, colocando em perspectiva que não se represente apenas uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a ideia dela, o que dela se pensa e se transcreve.
  6. Invenção da política com três novos aspectos:
  • O surgimento do espaço público e de uma nova forma de discurso, de elaboração, de colocar-se publicamente de forma lógica e estruturada;
  • A política estimula um pensamento e discurso que buscam serem ensinados, transmitidos e discutidos;
  • Ideia das Leis, como expressão do interesse coletivo.

Os primeiros filósofos – Pré-Socráticos

Os pré-socráticos podem ser classificados em cinco grupos:

  1. Jônicos;
  2. Pitagóricos;
  3. Eleatas;
  4. Atomistas;
  5. Pluralistas.

Escola Jônica

  1. Tales de Mileto

Tales de Mileto é considerado o primeiro grande filósofo e compõe o grupo de pensadores pré-socráticos.

Os pré-socráticos são os filósofos voltados a conhecer a natureza, filósofos naturalistas que buscam identificar o elemento primordial de tudo.

Tales identificou como sendo a Arkhé - substância primordial de que são feitas todas as outras coisas - a água: todos os seres possuem umidade, em menor ou maior grau.

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