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A Sensopercepção e Suas Alterações

Por:   •  15/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  883 Visualizações

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Universidade de Cuiabá – UNIC

Faculdade de Psicologia

A sensopercepção, o pensamento e suas alterações

Acadêmicas:

Kethlleen Louhanny da Silva Santos

Roberta Louene da Silva Rocha

Profª: Sheila de Souza Araujo

Cuiabá, 2018.

Introdução

        Este trabalho tem a intenção de expor e discutir as alterações da sensopercepção e do pensamento, as características e em quais psicopatologias eles ocorrem, portanto sua finalidade é nos familiarizar com tais sintomas.

Desenvolvimento

        Todas as informações do ambiente são necessárias para a sobrevivência do indivíduo, chegam até o organismo por meio das sensações. Sendo os estímulos físicos (luz, som, calor, pressão) ou químicos que assim agem sobre os órgãos do sentido, estimulando os diversos receptores, desta forma produzindo as sensações, conforme Dalgalorrondo (2008).

        Sensação é definida pelo autor citado acima como “o fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originado dentro ou fora do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-o” (2008, p.119). São geradas várias formas de sensação, que são geradas por estímulos sensoriais como por exemplo: visuais, táteis, auditivas, olfativas, gustativas e cinestésicos.

        Percepção diz respeito à dimensão propriamente neuropsicológica e psicológica do processo, a transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos consciente. De acordo Péron (1996), é definido percepção como “a tomada de consciência sensorial de objetos ou de fatos exteriores mais ou menos complexos”.

        A sensação portanto é considerada um fenômeno passivo, decorrente dos estímulos físicos ou químicos que atuam sobre o sistema de recepção do organismo. E a percepção é ativa, o sistema nervoso e a mente do sujeito constrói um percepto por meio da síntese de estímulos sensoriais. Deste modo vários psicopatológicos preferem não separar sensação da percepção e denominam o fenômeno de sensopercepção.

Alterações da Sensopercepção

        As alterações da sensopercepção são divididas em quantidade e qualidade. Nas alterações quantitativas, as imagens perceptivas tem intensidade anormal, para mais ou menos configurando hiperestesias, hiperpatias, hipoestesias entre outros.

  • Hiperestesias: é condição na qual as percepção encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade e duração. Os sons são ouvidos de forma amplificada, ruído para um estrondo, as imagens visuais e as cores tornam-se mais vivas e intensas. Ocorrem nas em intoxicações por alucinógenos como LSD, eventualmente também após ingestão de substancias como cocaína, maconha, harmina e harmalina, ocorrem em algumas formas de epilepsia, na enxaqueca, no hipertireoidismo, na esquizofrenia aguda e certos quadros maníacos.
  • Hiperpatias: ocorre quando uma sensação desagradável (geralmente de queimação dolorosa) que é produzida por um leve estimulo da pele. É percebida tipicamente nas síndromes talâmicas.
  • Hipoestesias: é observada em alguns paciente depressivos, nos quais o mundo circundante é percebido como mais escuro, as cores se tornam mais pálidas e sem brilho, os alimentos não mais sabor e odores perdem a intensidade.
  • Anestesia: implicam a perda da sensação tátil em determinada área da pele. Tendo sua maior ocorrência em pacientes com transtornos histéricos, quadros depressivos e psicóticos graves.

As alterações qualitativas da sensopercpeção são as mais importantes para a psicopatologia. Compreendem as ilusões, alucinações, alucinoses e a pseud.-alucinação. O fenômeno descrito como ilusão se caracteriza pela percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. As ilusões ocorrem basicamente em três condições: Nos estados rebaixados do nível de consciência por turvação de consciência: a percepção torna-se imprecisa, os estímulos são percebidos de forma deformada. Nos estados de fadiga grave ou intenção marcante: ocorrem ilusões transitórias e sem muita importância clínica, e Alguns estados afetivos: por sua acentuada intensidade, o afeto deforma o processo de sensopercepção gerando as chamada ilusões catatimicas.

        A alucinação é definida como percepção clara definida de um objeto (voz, ruído e imagem) sem a presença do objeto estimulante real. Embora as alucinações sejam mais comuns em indivíduos com transtornos mentais graves, podem ocorrer em pessoas os apresenta. Incidência anual de (4% a 5%) segundo estudo.

  • Alucinações auditivas: são o tipo de alucinação mais frequente nos transtornos mentais, podem ser dividas em simples e complexas. As complexas o paciente escuta vozes que geralmente o ameaçam ou insultam. Quase sempre a alucinação é de conteúdo depreciativo e/ou perseguição. Tais alucinações com frequência na esquizofrenia, transtorno de humor, na depressão grave e ocorrem com relativa frequência em pacientes que sofrem de alcoolismo crônico, transtorno de personalidade e transtorno dissociativo.
  • Alucinações musicais: são descritas como audição de tons musicais, ritmos, harmonia e melodias sem o correspondente estimulo auditivo externo, podendo ser contínuo ou intermitente. São encontradas com frequência em mulheres idosas com perda progressiva de audição, mas ocorre também em distúrbios neurológicos e neuropsicológicos (ex: demência) e transtornos psiquiátricos como a depressão.
  • Alucinações visuais: são visões nítidas que o paciente experimenta sem a presença do estimulo visual, podendo ser simples ou complexas. As complexas incluem figuras e imagens de pessoas vivas ou mortas, partes do corpo (órgãos genitais, caveiras entre outros) e entidade (denomino, fantasma etc.) e de objetos inanimados, animais ou crianças. Sendo encontradas em pacientes com narcolepsia, com cataplexia, demência de Corpos de Lewy ( DCL), doença de Parkinson com demência, delirium, esquizofrenia, demência vascular, doença de Alzheimer, doenças oftalmológicas e intoxicação por alucinógenos.
  • Alucinações táteis: o paciente sente espetadas, choques, insetos ou pequenos animais correndo pela sua pele. Sendo mais frequente na esquizofrenia, nos quadros histéricos, no delirium, nas psicoses tóxicas sobretudo naquelas produzidas pela cocaína.
  • Alucinações olfativas e gustativas: são relativamente raras manifestam-se como “sentir” o odor de coisas podres, cadáver, fezes, pano queimado. Lembranças ou sensações olfativas normalmente vem acompanhadas de forte impacto emocional. Sendo mais frequente nos quadros histéricos, quadros esquizofrênicos e quadro psicoorgânicos.
  • Alucinações cenestésicas e cinestésicas: é apresentada em alguns pacientes como sensações anormais em diferentes partes do corpo, como sentir o cérebro encolhendo ou fígado despedaçando ou perceber uma cobra dentro do abdômen. Ocorrem principalmente na esquizofrenia e em casos de depressão graves.

O pensamento se constitui a partir de elementos sensoriais, que embora não sejam propriamente intelectivos, podem fornecer conteúdo para o processo de pensar: são as imagens perceptivas e as representações. Desde Aristóteles, os elementos propriamente intelectivos do pensamento dividem-se em três operações básicas: os conceitos, os juízos e raciocínio:

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