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A Tomada De Decisão

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Por:   •  5/6/2013  •  2.654 Palavras (11 Páginas)  •  677 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA PARA A TOMADA DE DECISÕES

Edmundo Brandão Dantas

Em momentos de grande incerteza, marcados por mudanças radicais em termos sociais, políticos e comportamentais, administrar uma empresa ou organização de qualquer natureza se torna extremamente difícil. Ainda que se disponha de tecnologia e de um poderoso sistema de informações como a Internet, um ponto de suma importância se sobressai no ambiente de gestão: a magnitude dos riscos a que se expõem as organizações modernas.

Sabemos que o risco é inerente a qualquer negócio e que nenhuma organização, por mais sólida que seja, está livre dele. Entretanto, os riscos que se impõem ao mundo moderno atingem patamares de especial relevância, em função do volume de dinheiro que normalmente envolve as organizações. Eis, então, porque gerir uma empresa é hoje um grande desafio. As decisões, hoje em dia, devem, mais do que nunca, ser muito bem pensadas, pois não se pode correr o risco de tomá-las de forma leviana o suficiente para tornar a organização vulnerável.

Assim, surge nesse cenário outro fator importante: a necessidade da informação. Afirmamos que a Internet é um poderoso sistema de informações. E é mesmo. Mas, como mídia que se fundamenta no conceito de liberdade, temos que considerar que a Internet aceita tudo. Isto equivale a dizer que temos na Internet boa e má informação, informação confiável e lixo. Valer-se, portanto, apenas da Internet como sistema de informação, não dá segurança às organizações de que reduzirão o seu risco na tomada de decisões. É claro que os gestores das organizações devem ter algum conhecimento para saber discernir o que é bom e deve ser aproveitado, do que é ruim e deve ser descartado. Entretanto, o que se vê na prática é que há muitos dirigentes e empresários que, simplesmente por uma questão de economia, preferem valer-se de informações nem sempre confiáveis da Internet para tomar suas decisões. Do mesmo modo, há aqueles que confiam em sua intuição e tomam decisões simplesmente com base no feeling.

Para Clancy & Krieg (2002, p.14), as decisões tomadas “à base de testosterona, muitas vezes feitas por homens, diretores de marketing, de publicidade e de produto que precipitadamente optam por uma das alternativas que eles conseguem vislumbrar, e agem pronta e energicamente sem ter a informação necessária”, conduzem as organizações a sérios riscos. Criar produtos ou serviços sem se auscultar o mercado pode, inclusive, levar a empresa à falência. Pesquisas e experiências realizadas pela Copernicus Marketing Consulting and Research, dos Estados Unidos, revelam que, em mercados competitivos, as decisões tomadas apenas com base na intuição, ditadas pelo “bom senso”, raramente levam a resultados positivos.

Como muitos dos executivos, infelizmente, parecem não ser dados à literatura técnica, a tomada de decisões com base em intuição permanece. Em um livro editado em 2008, Clancy & Krieg afirmam, com base em pesquisas mais recentes, realizadas em diversos países do mundo, que a maioria das decisões de marketing, por exemplo, ainda é tomada apenas com base em feeling. Os autores apresentam vários casos contemporâneos de empresas que se deram mal no mercado americano porque conduziram o seu marketing com base na intuição.

Clancy & Krieg (2008, p. 43) defendem que:

Do mesmo modo que os executivos seniores não têm de ser contadores para entender os princípios e as lições do demonstrativo de lucros e perdas, do balanço patrimonial e do orçamento de fluxo de caixa, também não precisam ser estatísticos para compreender os princípios e as lições da pesquisa de mercado baseada em fatos. Com uma sólida compreensão acerca da diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa e do valor de cada uma, eles já saem com uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes menos informados. [...] A primeira tarefa de um programa de marketing baseado em fatos é avaliar a situação atual do produto/marca/empresa.

A partir do ponto de vista de Clancy & Krieg (2008), podemos verificar a importância da boa informação como instrumento gerencial de tomada de decisões.

POR QUE É IMPORTANTE TER INFORMAÇÃO

Precisamos considerar a informação como um recurso estratégico superior a qualquer outro fator de produção. Entretanto, a grande aposta das empresas tem que ser, mais do que na obtenção da informação para a gestão, na promoção da gestão da informação por seus estrategistas, tanto em nível micro, quanto em nível macro.

Muitos empresários e mesmo funcionários de diversas organizações atrelam seu poder à sonegação de informação. Acontece, porém, que quando a informação fica retida nas cabeças (ou nas gavetas da mesa) de alguns, a empresa não progride. Tornar o acesso à informação de qualidade disponível a todos os empregados e dirigentes de qualquer organização, então, passa ser uma garantia de progresso para ela. Ao dispor de informação confiável, segura e, portanto, de boa qualidade, possibilita aos gestores e empregados um trabalho mais racional e bem estruturado, além de minimizar certos problemas comumente existentes na maioria das organizações. Por exemplo, as organizações só admitirão pessoal em função da informação disponível, poderão planejar encargos e conteúdos funcionais com mais segurança. As compras sem planejamento, ao sabor de interesses individuais ou de pequenos grupos, ou, em muitas das vezes, por incompetência de gestão do negócio, serão banidas da empresa. Em outras palavras, as decisões “em cima do joelho” tenderão a acabar, pois não haverá mais “achismo” ou distorções da pouca informação que, muitas vezes, têm disponível.

A informação tornou-se o diferencial não apenas para manter as organizações, mas também para auxiliá-las na organização das tarefas do dia-a-dia. Vale lembrar que o sucesso da organização não depende somente das informações disponíveis, mas sim de saber coletar, organizar, analisar e implementar as mudanças com base nas informações que serão utilizadas para a melhoria contínua de suas atividades.

O crescimento e necessário uso das informações, entretanto, gerou uma nova dificuldade: controlar os estoques informacionais, para que as informações sejam recuperadas e possam contribuir para a tomada de decisões.

Assim, pode-se afirmar que o papel da informação no mundo atual, é de suma relevância para o progresso das organizações, além de constituir-se

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