TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

ASPECTO PSCICOLÓGICO DO FENÔMENO DA VIOLÊNCIA NA REDE FAMILIAR

Exames: ASPECTO PSCICOLÓGICO DO FENÔMENO DA VIOLÊNCIA NA REDE FAMILIAR. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/11/2014  •  2.805 Palavras (12 Páginas)  •  310 Visualizações

Página 1 de 12

ASPECTO PSCICOLÓGICO DO FENÔMENO DA VIOLÊNCIA NA REDE FAMILIAR

FACULDADE CAMPO GRANDE

CURSO DE DIREITO

2014

INTRODUÇÃO

Este trabalho vem apresentar a realidade das famílias no nosso meio cotidiano, questões de violência sexual infantil muitas vezes enfrentada dentro de sua própria casa, onde era para a criança se sentir acolhida e segura, ela passar a temer o meio em que vive, pois na maioria das vezes o abusador é aquele que a criança mais confia, ou seja, pai, padrasto, tio e outros. O abuso sexual tira da criança sua inocência, deixando-a com muitos traumas psicológicos, para que ela possa voltar ao seu convívio social é preciso um frequente acompanhamento psicológico.

Visa analisar o perfil do abusador que muitas vezes também pode ter passado por históricos de abuso sexual, isto ocorre com frequência quando o trauma vivido na infância não é tratado. O abusador não consegue parar por vontade própria, ele precisa de ajuda especializada.

A ajuda dos sentinelas e dos conselhos tutelares juntamente com o papel da psicologia é de grande importância para combater a violência sexual, orientando e instruindo; professores, diretores e professionais da área da educação, quais seriam as atitudes corretas quando ocorre uma suspeita de abuso sexual infantil.

A violência à criança e ao adolescente mobiliza sentimentos com misto de incrueldade e revolta, existe há muito tempo na história da humanidade, como dito em textos Bíblicos e no Império greco-romano os massacres de crianças nascidas com uma deficiência qualquer. Com o aparecimento do malthusianismo e a extensão de práticas contraceptivas, que o sentimento de infância torna-se semelhante ao que concebemos hoje, um sentimento de inutilidade da infância.

PEDOFILIA

A violência sexual infantil se configura por qualquer ato sexual para com uma criança, com a finalidade de obtenção de prazer sexual sobre uma pessoa que exerce de alguma forma poder sobre ela. Na maioria dos casos de violência sexual acontece em família, nos próprios lares, e ainda é acobertado por familiares que permite que isso aconteça com medo de ruptura familiar, e repressiva.

A violência sexual pode afetar o desenvolvimento de uma criança e adolescente de diferentes formas, uma vez que algumas apresentam efeitos mínimos ou nenhum efeito aparente, enquanto outros desenvolvem graves problemas emocionais, sociais ou psiquiátricos.

A literatura aponta que este trauma pode causar inúmeras patologias, como depressão, transtornos alimentares, transtornos de estresse e pós-traumáticos entre outras.

O fato é muitas vezes o oposto: as crianças podem não falar por medo de violência contra si ou contra alguém que amam. Elas também não roupem o silêncio quando temem censura ou tem medo de acarretar a ruptura familiar.

Segundo Pfeiffer e Salvagni (2005), a violência sexual infantil é considerada pela organização mundial da saúde (OMS), como um dos maiores problemas de saúde pública, estudos realizados em diferentes partes do mundo sugerem que 7-36% das meninas e 3-29% dos meninos sofrem abuso sexual. Dados da Polícia Civil - Secretaria da Justiça e da Segurança do Estado de Rio Grande do Sul revelam que, de janeiro a julho de 2004, 525 crianças foram vítimas de violência, sendo que 333, ou 63,43%, estavam relacionadas à violência sexual. Diante deste panorama, este artigo usa caracterizar a violência sexual infantil; as instâncias envolvidas como a dinâmica familiar e a escola; os impactos psicológicos na vida da criança abusada é também o perfil psicológico do abusador que, em muitos casos, revela histórias de abuso.

Crianças abusadas sexualmente são usadas para gratificação sexual de um adulto, geralmente baseado em uma relação de poder, apresentado atos como “manipulação da genitália, carícias, exploração sexual, voyeurismo, pornografia e exibicionismo, até o ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência” (CONTI, 2008, pg.65).

A literatura indica que as vítimas de violência sexual são mais vulneráveis a outros tipos de violência, a transtornos sexuais, ao uso de drogas, à prostituição, ao estresse pós-traumático, à depressão, aos sentimentos de culpa, à ansiedade, entre outros, sendo assim o atendimento a essas vítimas se torna essencial, tendo em visto o grande comprometimento psicológico, social e físico que a violência pode causar.

De acordo com esse contexto, podemos perceber que o abusador e o abusado convivem no mesmo ambiente, sendo que o abusador pode se tratar de pai, mãe, padrasto ou madrasta, irmão ou algum indivíduo da conjuntura familiar.

Uma característica muito comum nas famílias incestuosas é a confusão de funções intrafamiliares e no consequente esvaecimento da organização hierárquica do grupo familiar.

Desta confusão podem aparecer transtornos que muitas vezes parecem comprometer a adequação ao princípio de realidade para estas pessoas, pois este devia ser o grupo social acolher e seguro e passa a se constituir como um ambiente de temor e sofrimento.

Pode se concluir que os abusadores sexuais de crianças presos demonstram ter níveis relativamente autos de psicopatologia, nomeadamente uma maior perturbação emocional, dependência, timidez, introversão e tendem a responder de uma forma mais reservada que os homens da população normal.

De certa forma pode-se dizer que o abusador perpetua características patológicas, passando-as adiante a partir de seu comportamento abusivo. Existem evidencias relatando que é comum que os indivíduos que sofrem abusos na infância tornem-se adulto que também abusam de crianças, o papel da escola é muito importante na detecção e intervenção de casos de violência sexual contra crianças, pois, novamente, os professores que tem contato direto com a criança devem estar preparados para acolhê-la, encaminhando-a para órgãos responsáveis tomando as providencias propostas de denunciar o caso, além disso, outra informação preocupante diz respeito à falta de preparo dos professores a cerca do que fazer quando se há a suspeita ou até a confirmação de um caso de violência sexual.

Apesar da interessante iniciativa do Governo Federal na criação de um programa estratégico desenvolvido a partir de equipes multidisciplinares, devem ser feitas algumas críticas quanto a abordagem que estabelece como pré-requisito

...

Baixar como (para membros premium)  txt (19.2 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com