Afetividade

PLANO DE TRABALHO/TCC/PEDAGOGIA/CPAN/UFMS

MARÇO/2011 - NOVEMBRO/2012

IDENTIFICAÇÃO DO (A) ACADÊMICO (A)

Nadya Souza Novaes

Tutora: Profª Me. Silvia Adriana Rodrigues

TÍTULO DO PLANO DE TRABALHO

A afetividade na relação professor-aluno

RESUMO DO PLANO DE TRABALHO

PALAVRAS-CHAVE: 1) afetividade 2)professor 3)aluno

INTRODUÇÃO

Este tema foi escolhido por mim primeiramente pelo fato de ter estudado uma matéria no 3º semestre, cujo nome era “Afetividade e Aprendizagem” que me levou a desenvolver a pesquisa na pré-escola. Essa etapa da escolarização representou a possibilidade de compreender uma grande parcela do desenvolvimento integral e afetivo que ocorre na criança.

Muitos professores da educação infantil desconhecem o conceito de afetividade, pois eles a vêem somente como um afeto positivo que as crianças desencadeiam pelo seu entorno. A partir daí começa o problema, ou seja, a falta de conhecimento sobre as formas como a afetividade se manifesta e, conseqüentemente, para a compreensão desta relação entre adultos e crianças e entre crianças com o processo de aprendizagem.

Por isso, pretendo investigar a concepção de afetividade que os profissionais de Educação Infantil possuem, bem como sua influência no processo de aprendizagem e em que bases estão estabelecidas as interações adulto - criança nos ambientes de aprendizagem.

JUSTIFICATIVA

Os problemas relacionado à necessidade de dar educação escolar às novas gerações estão sempre provocando diversos estudos e grandes debates. Em meio a isso encontra-se a relação professor – aluno e, conseqüentemente, a capacidade do professor de conseguir alcançar os objetivos ligados a sua função, pois o professor passa a maior parte do seu tempo tentando criar condições para por em prática seu fazer pedagógico.

Porém, é necessário que o professor entenda a concepção de criança e infância que vem sendo construídos ao longo dos tempos, de acordo com a classe social, grupos étnicos do qual fazem parte, pois boa parte das crianças enfrenta um cotidiano que leva desde cedo a precárias condições de vida .

As crianças precisam ser compreendidas como seres completos que possuem condições suficientes para se desenvolver cognitivamente, desde que possuam um mediador junto a ela, além de possuir um jeito único de ver o mundo de acordo com a preferência.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI),

Nessas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional apontam para a necessidade de que as instituições de educação infantil incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar não mais diferenciado ou hierarquizando os profissionais e instituições com crianças pequenas e/ ou aquelas que trabalham com as maiores (BRASIL, 1998, p, 4).

Ele aponta que, as novas funções da educação infantil devem estar associadas a um modelo de qualidade, pois essa qualidade vem de concepções de desenvolvimento que considera as crianças em seus contextos socias, culturais e ambientais, desenvolvendo as interações e práticas sociais em contato com o outro (BRASIL, 1998).

As instituições de educação devem atender a todas as crianças, cuidando-as e educando-as. De acordo com o RCNEI, o cuidar na instituição, é visto como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano, valorizando e desenvolvendo suas capacidades. Já educar é conceituado em propiciar situações de cuidado, de brincadeiras voltadas à aprendizagem orientadas de forma complementar e que possa contribuir para o desenvolvimento das capacidades da criança.

A criança que freqüenta a educação infantil necessita ser cuidada e educada, pois ela precisa de ajuda para identificar suas necessidades, dando atenção a ela como pessoa que está num contínuo processo de crescimento e desenvolvimento.

É necessário entender o papel que o professor desenvolve em sala de aula e o que é ser professor de crianças pequenas. Isso porque os saberes pedagógicos necessários e indispensáveis aos professores são de fato, advindos da prática cotidiana, mas estes saberes não nascem por magia, eles são reelaborados a partir dos conhecimentos adquiridos na universidade, no confronto com a realidade.

É preciso que o professor veja as crianças com mais atenção, para atender as suas necessidades e não fazer julgamentos precipitados sem conhecer a realidade que elas vivem. Fica clara a importância de deter conhecimento sobre as formas com que a afetividade se manifesta para proporcionar o melhor desenvolvimento da aprendizagem e, conseqüentemente, para uma melhor relação entre adultos e crianças e entre crianças.

A construção de conhecimento é diferente do trabalho desenvolvido no Ensino Fundamental, pelo fato do professor da educação infantil precisar ter conhecimento e habilidade para organizar os ambientes educativos e privilegiar as interações sociais que favorecem o desenvolvimento e o crescimento infantil.

Wallon (1925 apud ALMEIDA, 1997) apresenta reflexões acerca da afetividade, afirmando sobre a difícil relação entre professor- aluno no processo de ensino, revelando que trocas afetivas positivas não só marcam a construção do conhecimento, mas também favorecem o desenvolvimento da autonomia e fortalece a confiança das crianças em si próprias, em suas capacidades e decisões.

Ainda conforme os autores a afetividade é a capacidade que temos de ser afetados tanto positivamente quanto negativamente pelo nosso entorno. Entretanto, os professores desconhecem esse conceito, pois a pré-escola é um período em que a crianças se desenvolvem integralmente e afetivamente e o professor tem o papel de mediador das aprendizagens

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