Anatomia do Fígado

Fígado

   O Fígado é a maior glândula do corpo humano, pesa cerca de 1.500g e responde por aproximadamente quarenta avos do peso de um adulto. Dentre os órgãos do corpo, é o segundo em tamanho, perdendo apenas para a pele. Localiza-se nos quadrantes direto e esquerdo superiores (principalmente no lado direito), inferior ao diafragma, que o separa da pleura, pulmões, pericárdio e coração. Além de suas muitas atividades metabólicas, o fígado armazena o glicogênio e secreta bile. A bile passa do fígado nos ductos hepáticos direito e esquerdo que se unem para formar o ducto biliar comum, que se une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco. Além de armazenar bile, a vesícula biliar concentra a bile absorvendo água e sais. Quando o alimento chega ao duodeno, a vesícula biliar envia bile concentrada através dos ductos cístico e colédoco para o duodeno.

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Fonte: Livro Anatomia Orientada para Clinica (pag. 232)

Anatomia do fígado

  O fígado é quase completamente recoberto por peritônio visceral, e é completamente recoberto por uma cápsula composta de tecido conjuntivo denso não modelado, que se situa profundamente ao peritônio. O fígado é dividido em dois lobos principais (um grande lobo direito, e um lobo esquerdo, menor) pelo ligamento falciforme, uma prega do peritônio parietal O lobo direito é considerado, por muitos anatomistas, como incluindo um lobo quadrado inferior e um lobo caudado; contudo, com base na morfologia interna (basicamente a distribuição dos vasos sanguíneos), os lobos quadrado e caudado pertencem mais propriamente ao lobo esquerdo. O ligamento falciforme estende-se da face inferior do diafragma, entre os dois lobos principais do fígado, até a face superior do fígado, ajudando a suspender o fígado a partir da cavidade abdominal. A margem livre do ligamento falciforme é o ligamento redondo do fígado, um cordão fibroso que é o resquício da veia umbilical do feto, estendendo-se do fígado até o umbigo. Os ligamentos coronários são extensões estreitas do peritônio parietal, que suspendem o fígado a partir do diafragma.

   Os lobos do fígado são compostos de muitas unidades funcionais, chamadas lóbulos. Um lóbulo consiste em células epiteliais especializadas, chamadas hepatócitos, dispostos em laminas irregulares interconectadas e ramificadas em torno de uma veia central. Ao invés de capilares, o fígado possui grandes espaços revestidos por epitélio, chamados de sinusóides, pelos quais passa o sangue. Nos sinusóides também estão presentes fagócitos fixos, chamados células reticulo endoteliais estreladas, que destroem os leucócitos e os eritrócitos desgastados, bactérias e outras substancias estranhas, presentes no sangue venoso drenado do trato gastrintestinal.

  A bile, um liquido amarelo, verde-oliva ou acastanhado, é parcialmente um produto excretor, e parcialmente uma secreção digestiva secretada pelos hepatócitos. A bile entra nos canalículos bilíferos, que são canais intercelulares estreitos que se esvaziam nos pequenos dúctulos bilíferos. Os dúctulos passam a bile para os ductos bilíferos, na periferia dos lóbulos do fígado. Os ductos bilíferos fundem-se e, finalmente, formam os grandes ductos hepáticos direito e esquerdo, que se unem e deixam o fígado como o ducto hepático comum. Mais adiante, o ducto hepático comum une-se ao ducto cístico (G., cist- = receptáculo inchado, bexiga), a partir da vesícula biliar, para formar o ducto colédoco. A bile entra no ducto cístico e é temporariamente armazenada na vesícula biliar. A mucosa da vesícula biliar consiste em epitélio colunar simples, e é disposta em pregas que se assemelham às do estomago. A parede da vesícula biliar não possui submucosa. A muscular, intermediária, consiste em fibras musculares lisas; a contração dessas fibras ejeta os conteúdos da vesícula biliar no ducto cístico. A camada externa da vesícula biliar é o peritônio visceral. As funções da vesícula biliar são: armazenar e concentrar a bile (até 10 vezes) até que seja necessária no intestino delgado.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed.Porto Alegre: Artemed,2000.

Suprimento Sanguíneo e Nervoso

  O fígado recebe sangue de duas fontes. Da artéria hepática, obtém sangue oxigenado, e da veia porta, recebe sangue desoxigenado, contendo nutrientes recém-absorvidos, fármacos e, possivelmente, micróbios e toxinas, provenientes do trato gastrintestinal. Os ramos da artéria hepática e da veia porta do fígado levam sangue para os sinusóides do fígado, nos quais o oxigênio, a maioria dos nutrientes e determinadas substancias toxicas são absorvidas pelos hepatócitos.

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Funções

  Hepatócitos, continuamente, secretam entre 800 e 1.000 ml de bile por dia. Os sais biliares, que são sais de sódio e de potássio de ácidos biliares (em grande parte ácido cólico e ácido quenodesoxicólico), exercem papéis (Sangue oxigenado da artéria hepática e Sangue desoxigenado rico em nutrientes da veia porta do fígado) na emulsificação, a decomposição de grandes glóbulos de lipídios, em uma suspensão de gotículas de aproximadamente  um de diâmetro.

O fígado realiza muitas outras funções vitais:

•        Metabolismo dos carboidratos. O fígado é especialmente importante na manutenção do nível normal de glicose no sangue. Quando o nível de glicose no sangue está baixo, o fígado converte glicogênio em glicose, e libera a glicose na corrente sanguínea. O fígado também converte certos aminoácidos e acido láctico em glicose, e converte outros açucares, como frutose e galactose, em glicose. Quando o nível de glicose no sangue está alto, como ocorre imediatamente após uma refeição, o fígado converte glicose em glicogênio e em triglicerídeos, para armazenamento.

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