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As Funções Psíquicas

Por:   •  13/9/2021  •  Resenha  •  9.943 Palavras (40 Páginas)  •  144 Visualizações

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As Funções Psíquicas

> Exame Psíquico

Tudo que é observado pelo examinador

Sempre referente ao momento da entrevista

Descrição das alterações e das funções preservadas

Inteiramente descritivo

Há elementos que são falados pelo paciente, mas o foco é na observação do examinador. Não existirá um exame psíquico igual ao outro, porque a observação será no que se apresenta naquele momento. Há de descrever os dados que são apresentados, a função alterada e as funções preservadas.

O exame psíquico é descritivo – não há interpretação, não há um olhar para inferências de causas. Não há elaboração de hipóteses. A ideia é um roteiro, uma descrição.

A SÚMULA PSICOPATOLÓGICA – A terminologia técnica é para ligar a descrição a partir da observação feita pelo profissional aos termos técnicos e comuns a todos os profissionais.

E porquê da importância de aprender as funções psíquicas?

É inerente ao ser humano olhar para qualquer experiência que temos contato e organizar em categorias e nomes. Se não tivermos um padrão de nomenclatura, de categorias, cada profissional usará um e não haverá comunicação entre os profissionais. Há de se saber o que olhar, o que deve ser observado. Se não houver uma instrução, cada um se atentará a uma questão.

Súmula Psicológica – é um resumo do exame psíquico nos termos técnicos.

Fora dos livros, do manual, saibamos que as funções psíquicas são unidas, não são separadas como se apresentam didaticamente. A sistematização completa é impossível, as coisas se misturam mesmo.

A ideia é que se saiba já o que se tem de olhar – e a prática vai aprimorar essa habilidade. Quanto mais estiver exposta e realizar exames, mais hábil você ficará.

A ideia não é que fique anotando ou ter um check list para saber o que olhar, mas o estudo prévio vai dar um norte para o que olhar, o que observar.

> A primeira impressão

Dalgalarrondo indica esse artigo abaixo, sobre o impacto e a importância dos primeiros 3 minutos. Este artigo busca identificar como é a instrução diagnóstica, como é feito, o que é olhado.

[pic 1]

Estudo da década de 70, onde filmaram diversas entrevistas iniciais. Essas filmagens foram apresentadas a vários outros profissionais, psiquiatras experientes.

Depois, eram convidados a tecer sobre aquele paciente, da entrevista que estavam assistindo, após alguns minutos (fizeram vários recortes de tempo: 3, 10, 20, 30 minutos de entrevista). O que estava observando, qual sua impressão diagnóstica com o que tinha visto até aquele momento.

Compararam  as várias impressões diagnósticas, com os recortes de tempo e os exames psíquicos iniciais. Mediram as impressões e os sintomas que foram capazes de identificar nos vários recortes de tempo.

A impressão clínica que mais se aproximava ao diagnóstico final, do exame psíquico real feito eram as impressões clínicas dos 3 primeiros minutos de entrevista. O somatório de informações que o profissional recolhe ao longo da entrevista não é linear, ou seja, a quantidade de sintomas observados não é diretamente proporcional a duração da entrevista.

O estudo observou que nos primeiros minutos, mais da metade dos sintomas já são observados (por profissionais experientes). A ideia não é dizer que a entrevista psiquiátrica poderá ter 3 minutos, claro que não. Nesses três minutos não dá tempo do paciente relatar sua história. Mas podemos concluir que nesses primeiros minutos já podem ser recolhidos elementos não verbais, elementos que podem ser observados pelos primeiros segundos.

O profissional deve ter o olhar treinado para o que não é dito. Para a comunicação não verbal. Alias, a comunicação não verbal é fundamental. Há uma espontaneidade na comunicação não verbal que é fundamental. E muitas vezes, a comunicação verbal e não verbal serão contraditórias. O que o paciente expressará poderia ser o contrário do que está sendo observado. E complementar o relato com a percepção é a maior riqueza.

Em pacientes comprometidos (ou seja, mais graves) essa percepção dos primeiros minutos é maior, já que é “mais fácil” observar o que está disfuncional. A verdade é que nos pacientes menos comprometidos, você notará que as principais funções psíquicas não estão disfuncionais, estão ‘ok’, observa a preservação das funções.

 

> Aparência

  • Cuidada
  • Descuidada
  • Bizarra
  • Excentrica
  • Extravagante
  • Exibicionista
  • Maquiagem adequada para
  • Higiene
  • Roupas, adereços e maquiagem adequados para aquele ambiente...
  • Cabelos, barba, unhas..

Pacientes deprimidos – aparência normalmente descuidada... falta de higiene..

Pacientes evoluindo para quadros demencial – também aparência descuidada

Pacientes com sintomas psicóticos – normalmente aparência bizarra, adereços bem diferentes

Pacientes em mania – aparência extravagantes

Pacientes com algum grau de hiper sexualização – roupas muito sensuais, decotes, roupas curtas.

A ideia não é tecer julgamento sobre a aparência, mas é um dado. Não é olhar de um jeito leigo (que blusa bonita, não gostei do cabelo). Mas olhar de um jeito técnico – observar os dados apresentados – colher o dado e verificar se isso é relevante para o exame psíquico. Aparência é um dado.

Se arrumar demais ou de menos é um dado – significa alguma coisa e faz parte de um quadro maior. Por si só não diz nada, mas é um elemento de um todo.

  • Um turbante na cabeça 🡪 por si só é somente um dado.
  • Ao longo da entrevista, a paciente relata que faz parte de uma religião e que aquela vestimenta faz parte – ok, isso explica.
  • Ao longo da entrevista a paciente relata que o turbante é uma forma dela ser identificada pelos alienígenas que virão resgatá-la – isso entra para a descrição do exame psíquico dela e vai fazer parte junto com os demais elementos observados.

> Atitude

Maneira como o paciente vai se portar na frente  e na relação com o examinador.

Você deverá notar a atitude do paciente, é mais um dado. Isso será mais um dado para conduzir ao diagnóstico.

Coperante – um paciente que sabe porque está ali, tem alguma noção de sua morbidade, é agrdavel, cordial.

Gliscroide – paciente grudendo, que não quer acabar a entrevista, quer continuar ali. Quer se manter em contato o tempo todo.

Querelante – muito pedinte, sente-se sempre muito sugada...

Suspicaz – desconfiada com o cenário – sempre desconfiando, fazendo perguntas (“você é formado?”; “está filmando?”; “

...

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