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Atitude da população ante ao uso de animais em pesquisas científicas

Por:   •  21/2/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.421 Palavras (10 Páginas)  •  400 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto de Psicologia

Disciplina: Elaboração de Medidas em Psicologia.

Professora: Marcela Reis

Atitude da população ante ao uso de animais em pesquisas científicas.

Camila Chaves de Souza (DRE: 109078409)

Elaine TonhoqueLaino (DRE: 113103452)

Nicole Weih Engel de Souza (DRE: 111209032)

Atitude da população ante ao uso de animais em pesquisas científicas.

Trabalho apresentado para disciplina Elaboração de medidas I do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Prof. Marcela Reis

Resumo

Sabemos que a evolução científica e tecnológica ocorrida nas últimas décadas proporcionou inúmeros benefícios aos seres humanos. No entanto, é impossível ignorar que isto só foi possível em grande parte devido ao uso de animais em pesquisas científicas. Dado o grande volume de animais utilizado em experimentos, este assunto vem adquirindo importância cada vez maior, e gerando debates na nossa sociedade. Esta pesquisa tem por objetivo estudar a atitude da população em geral perante a utilização de animais em laboratórios e contribuir para o enriquecimento da área.

Introdução

Se olharmos com atenção um ecossistema, perceberemos que há ali relações de poder entre os diversos organismos, relações estas que não são unilaterais, ou seja, existe uma interdependência entre eles, o que, de maneira geral, gera uma equivalência da possibilidade de sobrevivência das diversas espécies num mesmo ambiente. Em outras palavras, na natureza, todo ser vivo tem condição de lutar por sua vida, pois cada um tem habilidades que lhe permitem isso. No entanto, na relação homem-animal não observamos essa característica. Ao alcançar o status de "dominador" da natureza, o homem eliminou o caráter igualitário, tão essencial à preservação de um ecossistema, e subjugou outros animais à sua vontade e interesses, tornando-os indefesos perante a Humanidade.

É sabido que com o avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas, a Humanidade gozou de significativo aumento da qualidade de vida, e cada vez mais surgem pesquisas que visam trazer ainda mais melhorias em nossas vidas. Segundo o neurocientista Stevens Rehen, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos últimos 100 anos houve um aumento da expectativa de vida em mais de 30 anos e ele acredita que dentro dos próximos 30 anos, a ciência irá evoluir de tal maneira que a cada ano que você viver, vai conseguir viver mais um em virtude do que está sendo descoberto e aplicado pela medicina.

A relação entre esses dois aspectos da evolução humana é muito mais estreita do que se supõe. Segundo o Sexto Relatório de Estatística sobre o uso de animais na ciência na União Europeia, liberado em 2010, apenas no ano de 2008, foram usados cerca 12,1 milhões de animais em experimentos e outros fins científicos nos 27 países-membros. Se à primeira vista esse número impressiona, não é nada perto das estatísticas da Organização PETA (People for EthicalTreatmentofAnimals), a qual estima que cerca de 100 milhões de animais são usados para fins científicos a cada ano - a maioria são ratos, que segundo Rosenthal e Brown (2007) são amplamente conhecidos como o melhor modelo, além de terem outras características desejáveis, como seu tamanho, rapidez e alta taxa de reprodução, baixo custo e facilidade de manuseio. Com isso, é fácil perceber porque este assunto entrou em voga nos últimos anos: a ciência deve sua evolução ao uso indiscriminado de animais no passado e no presente, suscitando debates éticos acerca desta prática e seus desdobramentos.

Com o destaque gerado pela mídia e a ação de grupos em defesa dos animais, o público em geral passou a ter acesso à informação sobre a prática de utilização de animais em laboratórios. O presente estudo tem por objetivo contribuir para o enriquecimento dos debates na medida em que visa conhecer as atitudes da população acerca da experimentação animal, estabelecendo, também, correlações com os dados sociodemográficos.

A experimentação animal - Características e definições

Para fins didáticos, optamos por usar a definição de experimentação dada por Blakiston

(s/d: 414), como sendo “procedimento levado a efeito, visando a descobrir princípio ou efeito desconhecido, pesquisar uma hipótese ou ilustrar um princípio ou fato conhecido.”. O termo animal será utilizado conforme a visão da Biologia, ou seja, seres pluricelulares pertencentes ao Reino Animália, excluindo os animais humanos.

Em determinados itens do questionário, decidimos adotar o termo cobaia, que segundo o dicionário Michaelis significa "qualquer animal ou pessoa que se submete, para fins científicos, a experiências semelhantes", pois tínhamos o objetivo de medir a atitude das pessoas perante o uso de qualquer animal em laboratório, podendo ser ele doméstico, mamífero, vertebrado, etc., sem que os entrevistados se deixassem influenciar por esse aspecto.

Outro ponto importante é esclarecer sobre os tipos de experimentação que constam nos itens de nosso questionário, já que há várias formas de utilização de animais nas pesquisas científicas. Rollin (1998: 414) define sete categorias de pesquisa, a saber:

1- Pesquisa básica – biológica, comportamental ou psicológica. Refere-se à formulação

e testagem de hipóteses sobre questões teóricas fundamentais , tais como, a natureza

da duplicação do DNA, a atividade mitocondrial, as funções cerebrais, o mecanismo

de aprendizagem, enfim, com pouca consideração para o efeito prático dessa

pesquisa.

2- Pesquisa aplicada – biomédica e psicológica. Formulação e testes de hipóteses sobre

doenças, disfunções, defeitos genéticos, etc., as quais se não tem necessariamente

consequências imediatas para o tratamento de doenças, são pelo menos vistas como

diretamente relacionadas a essas consequências. Inclui-se nesta categoria os testes

de novas terapias: cirúrgicas, terapia gênica, tratamento a base de radiação,

tratamento de queimaduras, etc. A distinção entre esta categoria e a categoria 1,

...

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