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Autismo Uma breve história

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Por:   •  10/4/2014  •  Artigo  •  3.916 Palavras (16 Páginas)  •  296 Visualizações

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Breve histórico

O nome autismo foi adotado pelo psiquiatra Eugen Bleuler em 1911 para descrever um dos sintomas da esquizofrenia. Este rótulo veio da palavra grega "Autos" que quer dizer "próprio". No começo dos anos 40, Leo Kanner e Hans Asperger, foram pioneiros no estudo do autismo. Eles usavam os termos "autismo" e "autista" (independente de cada um) e assim esta designação nasceu. Kranner e Asperger adotaram este nome para descrever o que estavam pesquisando. Antes dessas pesquisas os autistas eram taxados de retardados mentais, loucos ou com distúrbios emocionais. Enquanto Kanner usava este termo para traduzir o autismo clássico, Asperger descrevia indivíduos mais capacitados e inteligentes. Muito depois Dr. Lorna Wing do Reino Unido adotou o termo Síndrome de Asperger para definir autistas com mais capacidades. Alguns médicos usam o termo clássico Kranner para descrever autistas clássicos.

Depois deste descobrimento, pais começaram a ser observados e psicólogos Freudianos adotaram a teoria que crianças com autismo tinham algum problema com os pais principalmente a mãe e por isso não progredia. O pioneiro a adotar este termo foi Bruno Bettelheim, um húngaro que imigrou para os Estados Unidos no final dos anos 40 e se tornou o diretor da Escola "Sonia Shankman Orthogenic School" em Chicago, reinvidicou que a causa do autismo eram "As mães geladeiras": mães frias, sem sentimentos que levavam os seus filhos a um isolamento mental. Suas teorias foram aceitas internacionalmente por mais de duas décadas. Bruno Bettelheim cometeu suicídio aos 86 anos de idade acredita-se pelo fato dele ter começado a perder sua credibilidade. Foi descoberto depois que a experiência de Bettelheim foi exagerada ou sem comprovações, e que ele não tinha as qualificações necessárias para dirigir uma escola ou elaborar teorias sobre a causa do autismo. Ele também foi acusado de maus tratos a seus pacientes (pessoas com desabilidade, a maioria autista).

Nos anos 60 profissionais começaram a contestar a opinião de Bettlheim um deles foi Dr.Eric Schopler, mas foi em 1964 que Bernard Rimland, psicólogo e pai de um autista escreveu "Infantile Autism: The Syndrome and Its Implications for a Neural Theory of Behavior". Neste livro, Rimland argumenta que o autismo é uma desordem biológica e não uma doença emocional. Este livro mudou a maneira de compreender o autismo e teve um grande impacto nos futuros tratamentos para pessoas autistas. Com isso a teoria de Bettleheim perdeu a credibilidade.

O que é autismo?

O autismo infantil é um distúrbio neurofisiológico, de causa ainda desconhecida, que afeta o funcionamento do cérebro em três áreas diferentes: a capacidade de comunicar, a capacidade de sociabilizar e a limitação de interesses.

Trata-se de uma alteração global do desenvolvimento infantil que se mantém para toda a vida.

O autismo tem vários graus de gravidade, que vão desde o autismo clássico ou Kanner (o mais grave) até à síndrome de Asperger (menos grave). Não é possível diagnosticar o autismo nas primeiras semanas de vida nem é possível o diagnóstico pré-natal.

O autismo é uma doença que tem maior incidência no sexo masculino do que no feminino. Os primeiros sinais podem surgir entre os 4 e os 8 meses de idade, notando-se um atraso na fala e na mobilidade da criança. É possível ainda que, em crianças que até então apresentavam um desenvolvimento normal, se manifeste posteriormente esta doença, classificada com o autismo secundário.

Um bebê autista normalmente não demonstra muito interesse pelo contato com as outras pessoas, não sorri, não olha para os pais, pode ter problemas com a alimentação ou com o sono, não se interessa pelo meio que o rodeia.

O autismo é uma doença de desenvolvimento gradual: Quando o bebê começa a gatinhar, pode fazer movimentos repetitivos de um modo exagerado, como bater palmas, rodar a cabeça de um lado para outro ou balançar-se. Ao brincar, não interage com os outros, não respondendo a brincadeiras que lhe são feitas. Por volta de um ano de idade poderá demonstrar um interesse obsessivo por determinado objeto. É geralmente a partir dos dois anos de idade que se detectam problemas na comunicação verbal e não verbal. A partir desta idade a criança autista tem tendência a isolar-se, inverter os componentes das frases e repetir frequentemente palavras ou frases. A criança autista passa a viver num mundo à parte, criado por ela própria, incapaz de se ligar às pessoas e ao meio que a rodeia.

A maioria destas crianças será adulta sem capacidade para gerir, de uma forma autônoma, a sua vida e os seus bens, pelo que precisam de ajuda de terceiros para toda a vida. As crianças autistas são regra geral, crianças fisicamente saudáveis e de aparência normal, que se apresentam inaptas para se relacionar e comunicar com os outros.

Tipos de autismo

• Autismo clássico

• Autismo clássico pode variar de leve ou de alto funcionamento a grave ou de baixo funcionamento

• Síndrome de Asperger

• Transtorno invasivo do desenvolvimento

Quadro clínico

Os sintomas surgem antes dos três anos. Verifica-se comprometimento qualitativo na interação social recíproca. Faltam respostas para emoções de outras pessoas, há uso insatisfatório de sinais sociais e uma fraca integração dos comportamentos sociais, emocionais e de comunicação. O sinal mais precoce, já descrito por Kanner em 1943 é o de bebês autistas que não estendem os braços para serem levantados por seus pais.

Segundo a CID 10 (OMS 1993): Classificação Internacional das Doenças 10ª edição

• Padrões de comportamento, atividades e interesses restritos, repetitivos e estereotipados.

• A criança tende a insistir em rotinas e rituais de caráter não funcional

• Interesses por datas, itinerários e estereotipias motoras em alguns casos.

• Medos, fobias, alterações do sono e da alimentação.

• Ataques de

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