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Comportamento E Tecnica

Artigo: Comportamento E Tecnica. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/4/2014  •  1.026 Palavras (5 Páginas)  •  474 Visualizações

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DEZ NA ENTREVISTA E ZERO NO COMPORTAMENTO. QUALIDADES PESSOAIS SÃO MAIS IMPORTANTES QUE AS TÉCNICAS

www.canalrh.com.br

por Fátima Cardeal

"As pessoas é que fazem a diferença nas organizações. Pesquisas mostram que o fracasso dos executivos no trabalho, grande parte das vezes, se dá devido a questões comportamentais”, diz a consultora Laís Passarelli, da Passarelli Seleção de Executivos -- e dez entre dez colegas de profissão concordam com ela.

A prática dentro das empresas vem mostrando que há realmente esforços focados na melhor qualidade de vida dos funcionários, o que inclui bom relacionamento no ambiente de trabalho. Características como simpatia, capacidade de se relacionar, espírito de equipe, boa educação e atitudes de respeito em todas as áreas, incluindo aí de preocupação com a preservação ecológica à militância voluntária, estão cada vez mais sendo avaliadas. “O comportamento é a base do futuro”, diz Antônio Botelho, da Watson Wyatt.

Em seu livro Criando:, Você e Cia, William Bridges observa que até mesmo numa empresa que faz produtos industrializados, os funcionários são solicitados para um “trabalho intelectual” no lugar do tradicional “trabalho industrial.” Bridges analisa que antes o processo de contratações se dava em torno do tripé dos três “es”: educação (formação), experiência e endosso (boas referências). Hoje, as qualificações, segundo ele, giram em torno de dados pessoais, como desejos, aptidões, temperamento (habilidades sociais) e ativos (aqui ele classifica como vantagens incidentais que o candidato acumula pelo simples fato de ser quem ele é, por exemplo, ter crescido numa família que fala espanhol).

Mesmo com tais constatações, os consultores afirmam que as empresas hoje contratam pelo currículo, ou seja, pela capacidade técnica do candidato, e demitem pelo comportamento, que se revela inadequado. “Há grandes escritórios que vêm mudando o modo de avaliar”, continua Botelho. “Mas 90% ainda estão focados na técnica.”

Cássia Baldiotti Vendemiatti, diretora de Desenvolvimento e Educação Organizacional do Grupo Pró-RH, concorda com Botelho. Os dois acreditam que a ênfase na técnica ainda vigora porque, no Brasil, há poucas pessoas qualificadas para atender a demanda dos altos cargos que o mercado moderno passou a incorporar. Assim, é comum que o domínio de várias línguas, a faculdade de primeira linha, a experiência numa grande empresa acabem impressionando mais do que o lado comportamental. Mas, no dia-a-dia, esse executivo hiperqualificado acaba revelando posturas contraditórias à cultura e à vocação da empresa.

“Eles deixam a desejar na educação básica, como não saber pedir um relatório a um subordinado. Na área de TI (Tecnologia da Informação) você vê profissionais tarimbadíssimos, inteligentes, mas que entendem as pessoas como uma máquina”, afirma Vendemiatti.

Maçã podre

A conclusão veio de pesquisas das grandes consultorias junto às empresas para checar o que andava acontecendo nas entrevistas de desligamento de seus altos funcionários. “O demitido sempre alegava motivos como ‘não sou pró-ativo’, ‘não sei trabalhar em equipe’, ‘não me alinho com a cultura da empresa’”, prossegue Botelho. “As consultorias foram verificar e o quadro é esse mesmo. Muitas vezes um excelente técnico tem uma postura ruim e se revela a maçã podre da cesta.”

Dentro da maçã podre, Botelho enxerga principalmente a imaturidade. “O profissional não amadureceu seus valores e dissemina isso internamente. Se ele tem uma performance comportamental mais ou menos e atinge bons resultados, ainda passa. Uma postura ruim, mesmo com resultados excelentes, é péssima porque as empresas querem ética, mais humanismo. A técnica tem de ser a base e funcionar como aliada do comportamento -- , porque alguém com comportamento excepcional sem conhecimento de seu trabalho é a pior combinação.”

“Mas técnica sempre se pode ensinar, é algo que se aprende e desenvolve na prática mesmo”, defende Vendemiatti. “Agora

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