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Contribuição Do Psicologo Na Fisioterápia

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Por:   •  31/5/2013  •  5.814 Palavras (24 Páginas)  •  616 Visualizações

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A contribuição do psicólogo no trabalho do fisioterapeuta envolvido com reabilitação de pessoas com deficiência: a importância da família para adesão ao tratamento

Vivian Crepaldi [vcrepaldi]

16/11/08

I – Introdução

Estudos apontam que as intervenções realizadas em conjunto entre profissionais da área da saúde e educação possibilitam resultados positivos para os profissionais envolvidos no tratamento e conseqüentemente para os familiares que desenvolvem novas atitudes frente ao cuidado com o indivíduo portador de necessidades especiais.

Estamos cientes que cabe aos familiares a tarefa árdua de cuidar do portador de necessidades especiais, que na sua visão não é reconhecida pela grande maioria dos profissionais, alegando que eles não querem saber de seus filhos. Essa afirmação é prematura, pois há uma extensa literatura documentada evidenciando sentimentos outros diante do nascimento de uma criança deficiente, fator que os impede de cuidar de seu filho com deficiência inicialmente (Colnago, 1991). Sigolo (1994) também conclui pela inadequação desse tipo de julgamento por parte dos profissionais, de que as mães ou são insensíveis ou superprotetoras, mas sempre impeditivas de um desenvolvimento melhor de seu filho.

Muitas vezes é à falta de apoio emocional somada a falta de informação sobre a deficiência no momento do diagnóstico, que prejudica a busca inicial das famílias.

Portanto deveria haver uma assistênc

ia profissional para “amparar” os mesmos, no momento do diagnóstico e na busca de atendimento para o indivíduo portador de necessidades especiais e para a própria família. Reconhecemos os efeitos psicológicos imediatos que a noticia da deficiência tem sobre as famílias, bem como a necessidade de esclarecimento de um atendimento que os auxilie a interpretar de forma realista os fatos sobre os quais são informados. (Santos, 1993). Até o momento falamos sobre as dificuldades dos familiares do indivíduo deficiente. Porém, há outro lado da questão a ser considerada, a dificuldade enfrentada pelo profissional que presta atendimento ao deficiente e necessita contar com o auxílio dos familiares. Os profissionais podem experienciar algumas reações semelhantes aos da família, tais como, sentirem-se com medo, tristes e até mesmo não saberem o que fazer para auxiliá-los. Na maioria das vezes esses profissionais, não estão preparados para lidar com os aspectos emocionais que acompanham o trabalho diário com o indivíduo deficiente e seus familiares.

Diante das buscas realizadas para concluir este trabalho, percebemos que as necessidades dos familiares vão desde o momento que é dado o diagnóstico, a busca de atendimento especializado, o tratamento, como também as dificuldades dos profissionais e a falta de preparo para lidar com os aspectos emocionais que acompanham o trabalho com o individuo deficiente. Sabemos que as famílias são aliadas importantes e que seu auxílio é imprescindível para a implementação de terapias de reabilitação.

Portanto, a relação profissional-paciente/familiares é condição básica no momento do diagnóstico e ao longo da realização de qualquer tratamento. Esta relação deve ser caracterizada pelo estabelecimento do vínculo. No âmbito da promoção da saúde, criar vínculos requer o estabelecimento de relações próximas e claras, de forma que o sofrimento do outro seja sensibilizador. Acreditamos que para desenvolver um trabalho de qualidade é necessário um trabalho de parceria qualificado, sendo a capacitação profissional e a disponibilidade para trabalhar de forma interdisciplinar requisitos fundamentais.Na tentativa de identificar as necessidades do profissional que realiza o trabalho de reabilitação com o indivíduo deficiente, e perceber qual é a contribuição que o profissional de psicologia pode fornecer para os familiares é que estruturamos este trabalho.Utilizamos como Metodologia pesquisas bibliográficas, entrevistas com os profissionais de fisioterapia e entrevista com familiares de indivíduos portadores de necessidade especiais - deficiências físicas.

O primeiro capítulo tem por objetivo situar o leitor considerando um cenário amplo: como as pessoas com deficiência estão sendo tratadas pela sociedade.O segundo capítulo traz informações sobre: a Família, Conceito e Formação, o nascimento da criança deficiente e o Estabelecimento do Vinculo da mãe com a criança (família-criança), explicando a importância deste vínculo neste contexto.O terceiro capítulo enfatiza o Processo de Aceitação e Adaptação a Condição de ter um filho deficiente, explorando as formas de auxílio que os familiares podem buscar.O quarto capítulo trata a questão da busca pelo atendimento especializado, gerando indagações do tipo, em que momento essa busca ocorre, ou então situações adversas que encontram nesta busca. O quinto capítulo traz considerações sobre a necessidade de apoio do profissional que trabalha com o indivíduo deficiente e seus familiares, discutindo também a importância da relação entre deficiente/pais e profissionais.Nas considerações finais procuramos consolidar todas as informações obtidas através da revisão de literatura e também das entrevistas.Neste estudo pudemos concluir que o apoio emocional é fundamental aos profissionais que prestam atendimento a portadores de necessidades especiais. Os estagiários gostariam que dentro da grade curricular do curso de fisioterapia houvesse mais ênfase na disciplina de psicologia. Outro dado que se sobrepõe dirigi-se ao fato da não existência de um trabalho multidisciplinar na clinica em que é realizado o estágio de fisioterapia.Destarte, nossa proposta de intervenção será baseada nas informações acima descritas.

1 - Sociedade e Deficiência

Ao abordar o tema da deficiência, é relevante tratar a questão inserida no contexto social, pois é a sociedade, em grande parte que define a deficiência como uma incapacidade, e é o indivíduo quem sofre as conseqüências dessa visão preconceituosa.

Para Gordon (1974), é a sociedade quem cria os incapazes, o impacto debilitante na vida das pessoas freqüentemente não é resultado tanto da “deficiência” quanto da forma como os outros definem ou tratam o indivíduo. Institucionalizamos e conseqüentemente estigmatizamos centenas de pessoas com necessidades especiais e seus familiares. Estes meios estereotipados

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