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Contribuição da psicologia

Por:   •  23/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  515 Palavras (3 Páginas)  •  136 Visualizações

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Contribuições da Psicologia para as pessoas Surdas

        Segundo Souza (1995) a psicologia reuniu ao longo de todos esses anos um respeitado conhecimento sobre o ser humano. Há, sem dúvida, ainda um longo caminho a ser percorrido, mas a psicologia tem conseguido avanços importantes, sua contribuição à educação de surdos é indiscutível, desde que saiba trabalhar com esse tipo de paciente. Como em qualquer comunidade, haverá surdos buscando psicoterapias, precisando de outros tipos de ajuda especializada ou que terão pais que precisem de orientação, assim como acontece com ouvintes.

        A psicanálise nos ensinou que a normalidade é uma ilusão e que, em muitos casos, a diferença entre o "normal" e o "patológico" não é totalmente claro. Somos organismos em luta pela vida, buscando a concretização de nossos sonhos, da maneira em que podemos e com aquilo de que dispomos. Assim, os surdos não são diferentes. (Souza, 1995).

         Logo, não há por que não considerá-los, em natureza, semelhante a nós. Não há por que aplicarmos a eles nossa imagem e semelhança, não há por que tentarmos ser perfeitos. Eles são diferentes, porém só por uma condição da natureza, por uma ocorrência natural. Sendo a conseqüência, de não falarem, habitualmente, da mesma forma que nós, por mais que se esforcem ou permaneçam fazendo terapias. Entretanto, se comunicam em igual fluência, que a nossa na fala. Se educados, terão acesso à cultura da comunidade. Se pertencerem à comunidade surda, possivelmente, terão alguns valores diferentes dos nossos. Não se tratando de patologia, apenas diferenças culturais. (Souza, 1995).

        De acordo com Souza, 1995 enquanto psicólogos, se assumirmos a compreensão bilingüe, mudaremos absolutamente a forma de nossa atuação com a pessoa surda, de "reabilitadores" passaremos a "psicoterapeutas", a "psicólogos escolares" ou a qualquer outra função.         Não podemos nos enganar, pois não há como exercer nossa profissão trabalhando com surdos sem conhecermos sua língua, como não teria como ajudar a pessoa surda se não conhecermos seu contexto social. Da maneira como saímos da faculdade, só podemos trabalhar com surdos oralizados e com domínio de nossa língua. O psicólogo tem que tomar muito cuidado, pois ao trabalhar com uma pessoa surda sem muito conhecimento e preparo pode significar, para ele, que não o aceitamos inteiro, que negamos nele justamente uma de suas partes mais importantes e a partir da qual ele se constitui como sujeito. (Souza, 1995).

        Souza 1995 enfatiza que o psicólogo certamente terá um longo caminho que deverá percorrer junto com a pessoa surda, durante o qual descobrirá as formas ou as áreas em que mais poderá ser útil. Terá que passar pelas angústias e dúvidas para que possa encontrar uma forma para desempenhar bem sua atuação com muita responsabilidade.

Referência

Souza, R. M. (1995). Educação especial, psicologia do surdo e bilingüismo: bases históricas e perspectivas atuais. Temas em Psicologia3(2), 71-87. Retirado em 27/09/2015, da SciELO,  

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