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Conversa Sobre Terapia

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Por:   •  25/3/2014  •  665 Palavras (3 Páginas)  •  2.682 Visualizações

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O objetivo fundamental do livro ‘Conversa sobre terapia’, de Bilet Tatit Sapienza, é falar sobre a terapia de abordagem fenomenológica, abordando aspectos clínicos e filosóficos desta linha terapêutica.

Segundo a autora, a investigação fenomenológica é bem particular, já que o terapeuta procura conceber e especificar o fenômeno, que por sua vez não está ligado ou vinculado a nenhuma teoria, mas sim ligado a tudo o que, de alguma forma, nos mostra o que é o ser humano, ou seja, na própria história da humanidade, na literatura, religião, artes, e etc. Mas principalmente também na filosofia, que possua uma preocupação em especial com a compreensão da existência humana.

Teorias servem apenas como referências, já que na fenomenologia as teorias não conseguem esclarecer tudo. Bilet afirma que o essencial na terapia é a postura do terapeuta, o respeito ao paciente, ao contexto da sessão da terapia, ao bom senso e etc. De acordo com a autora, a terapia é a possibilidade de orientar um olhar diferenciado para a própria existência, e assim estabelecer uma nova formulação de sentidos, ou seja, reformular significados. Entende-se por existência o ‘poder-ser’ perante um ‘para que’ de um ‘a fim de ser’, ser-no-mundo.

A ida a terapia se dá em função das queixas que o paciente faz a respeito de sua vida, tem a ver com o seu modo de aproximar-se ou afastar-se das coisas, das pessoas, de si mesmo. Está relacionado em como ele sente tudo isso. Há algo de errado com este indivíduo, em como ele ‘está no mundo’, é por isso que a terapia representa uma possibilidade nova, e principalmente de perceber que alguém confia neste sujeito.

Heidegger afirma que o paciente é chamado em suas possibilidades para, através do ‘cuidado’, alcançar sua existência. De acordo com a Fenomenologia pode-se afirmar que o trabalho terapêutico é artesanal, ou seja, é só para aquele paciente. Porém, algumas vezes, embora a sensibilidade do terapeuta, da escuta, da paciência para compreender, ele pode se achar em um estado de não saber o que fazer, de cair no vazio, que Sapienza afirma ser uma situação de desamparo, de perplexidade.

Ainda segundo Sapienza, no início da terapia, o paciente encontra-se sempre em sofrimento e o terapeuta nota a realidade dos fatos percebida pelo paciente, depositando a sua neutralidade à parte, pois a existência ali contada tem significado para ele. É tarefa do terapeuta perceber o comportamento verbal, não verbal e a linguagem corporal do sujeito à sua frente e de transmitir a idéia de que ele está ali para compartilharem juntos as experiências vividas pelo paciente.

Portanto, Bilet Tatit Sapienza, autora do livro ‘Conversa sobre terapia’, nos mostra que as mudanças na vida, iniciam-se pelo próprio paciente. O trabalho psicoterapêutico visa desenvolver a capacidade do paciente de se colocar disponível para as coisas boas da vida, ganhar e perder essas mesmas coisas, mas, no entanto, valorizar o que tem. De formar a responsabilidade da pessoa pelo o que faz, de enfrentar mudanças que sua nova maneira de pensar e agir podem produzir. E por fim, de aprender a respeito da finitude do ser, de que o tempo se esgota e que as possibilidades são abertas e que para a realização de algumas, eliminam-se outras, de abrir mão de alguns projetos em favor de outros.

O indivíduo, então, cuida da sua existência,

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