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Dependência química de drogas

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Por:   •  24/7/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.297 Palavras (10 Páginas)  •  371 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A dependência química de remédios está se tornando uma situação alarmante. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 10% da população mundial sofre com esse problema. O estresse do dia a dia, as inúmeras tarefas a serem realizadas em um curto período, a pressão do chefe para se terminar um trabalho, os filhos doentes, brigas conjugais, são alguns dos motivos que levam as pessoas a procurarem auxilio nos medicamentos.

Dessa forma o uso de calmantes está cada vez mais corriqueiros. Por ter um efeito de curto prazo, esse medicamento é utilizado com maior frequência. O individuo ao constatar que o efeito do fármaco causa bem estar, associa essa sensação ao seu uso. Levando-o à dependência.

Do mesmo modo, podemos citar os anorexígenos. Impulsionadas pelos padrões de beleza pré-estabelecidos, muitas pessoas recorrem ao uso de inibidores de apetite para conquistar esse padrão. O uso excessivo e prolongado destes, causa a dependência química.

Outra classe de medicamentos que são usados frequentemente são os antidepressivos. Usados como uma falsa pílula da felicidade, eles são usados de modo a amenizar o sofrimento do dia-a-dia. E da mesma forma que os exemplos anteriores, a dependência é uma consequência infeliz que pode custar vida dos dependentes.

Ao longo desse trabalho, tentar-se-á explicar como ocorre essa dependência química. Apresentar como esses medicamentos agem sobre o organismo humano. Demonstrar os perigos que o consumo excessivo pode ocasionar. E que por consequência poder conscientizar a população desses males.

1. DEPENDÊNCIA FÍSICA E DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA

Existem dois tipos de dependência de fármacos, adependência Físicaque é quando o organismo precisa de alguma substância para se manter, ocasionando até tremores e alucinações, e é a mais simples de se tratar. E a Psicológica que é quando sentimos aquele bem estar em ingerir algo, drogas por exemplo, a qual é o grande problema, pois é extremamente difícil a cura.

2. DIFERENÇA ENTRE REMÉDIO E MEDICAMENTOS

A maioria das pessoas pensa que remédio e medicamento são sinônimos, mas não são. Remédio é qualquer coisa que possa ser usada para aliviar dores. Sejam chás, massagens, atividades físicas e até recursos terapêuticos como fisioterapia e acupuntura. Já osMedicamentos são substâncias preparadas em laboratórios atendendo especificações técnicas e legais, que são usados para combater infecções, febre, vômito e até insônia.

3. CLASSES DE MEDICAMENTOS

Para entender melhor a ação dos medicamentos no organismo humano, foi realizada uma entrevista no dia 02 de março de 2013 com o pediatra Luis Roberto V. Mathias. Ele atua no Hospital e Maternidade Imaculada Conceição LTDA. A entrevista está relatada na tabela a seguir, que mostra as classes de medicamentos, sua capacidade de causar dependência e alguns exemplos de medicamentos que fazem parte de cada classe.

Classes Causam Exemplos

Anticonvulsivantes Nãocausamdependência Rivotril, Barbitúricos, Égide

Ansiolíticos

Causam dependência química e física. São os mais receitados, pois são os calmantes Lexotan, Frontal, Bromazepam

Antidepressivos Causamdependênciapsicológica Centralina, Fluoxetina, Amitriptilina, Nortriptilina, Tofranil.

Analgésicos Causamdependênciafísica Amoxicilina, Acetofen, Clozal, Elum.

Após a entrevista, foi classificada as três classes de medicamentos que mais viciam para detalhar seu funcionamento no organismo. Assim, a seguir, será descrita a classe dos antidepressivos, dos anorexígenos e dos calmantes.

4. ANTIDEPRESSIVOS

As drogas antidepressivas foram descobertas na década de 50 e fizeram com que a depressão se tornasse uma doença passível de tratamento. Até meados dos anos 80 existiam duas classes de antidepressivos, os tricíclicos (ADTs) e os inibidores de monoaminooxidase (IMAOs). Mesmo sendo eficazes possuíam efeitos colaterais indesejáveis e uma superdosagem poderia ser letal. Dessa forma, nos últimos anos pesquisadores criaram novas classes de antidepressivos e puderam assim diminuir os efeitos colaterais ao mesmo tempo que mantiveram sua eficiência.

Os antidepressivos corrigem situações de anomalidades do organismo humano. Não influenciando, portanto, em seu estado natural. Para indivíduos normais, esses medicamentos não causam efeitos estimulantes ou eufóricos, como é o caso das anfetaminas.

Ainda não se sabe ao certo como os antidepressivos atuam no organismo. Para a compreensão de tal mecanismo de ação é preciso basear-se em hipóteses. Sabemos que os antidepressivos com estruturas químicas diferentes possuem uma mesma capacidade de aumentar consideravelmente a disponibilidade sináptica (transmissão) de um ou mais neurotransmissores, isso ocorre devido a ação de inúmeros receptores e enzimas específicos para esse fim. Para que haja uma melhora clínica nos pacientes é necessário que o organismo reconheça o medicamento. Isso demora em torno de duas a quatro semanas por consequência da subsensibilização.

Esse processo ocorre devido o aumento dos níveis de neurotransmissores por inibição da MAO ou pelo bloqueio das bombas de recaptura de monoaaminas. Os antidepressivos trabalham de forma a aumentar a concentração de neurotransmissores na fenda sináptica utilizando-se da inibição do metabolismo, do bloqueio de recaptura neuronal ou mesmo da atuação em autoreceptores pré-sinápticos.

De modo geral, os antidepressivos atuam no sistema nervoso central, agindo nos neurotransmissores denominados serotonina, noradrenalina e dopamina, de modo a aumentar sua disponibilidade sináptica. Dessa forma diminuindo os sintomas da depressão.

Esses medicamentos podem ser divididos em classes dependendo de sua estrutura química ou de suas propriedades farmacológicas. Atualmente, a classificação mais comum é a farmacológica, por ser mais simples a utilizaçãoclínica. São cinco as classes de antidepressivos: Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina(ISRS), Antidepressivos Tricíclicos e Inibidores Seletivos de Norepinefrina, Inibidores de Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (IRSN), Inibidores de Monoano-oxidase (IMAO) e os Inibidores de Recaptura/Antagonistas de Serotonina-2 (IRAS).

Cada uma dessas classes possui efeitos colaterais distintos

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