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Discussão da questão do bullying com estudantes

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Por:   •  8/4/2014  •  Seminário  •  4.793 Palavras (20 Páginas)  •  234 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho teve como objetivo sugerir discussões sobre o tema Bullying com alunos de 5° a 8° série da Escola Maria Joaquina de Arruda, na cidade de Leme-SP, proporcionando condições para os mesmos analisarem as conseqüências destas atitudes.

Segundo o LOPES NETO, (2005) o comportamento violento, que causa tanta preocupação e temor, resulta da interação entre o desenvolvimento individual e os contextos sociais, como a família, a escola e a comunidade. Infelizmente, o modelo do mundo exterior é reproduzido nas escolas, fazendo com que essas instituições deixem de ser ambientes seguros, modulados pela disciplina, amizade e cooperação, e se transformem em espaços onde há violência, sofrimento e medo.

Devido à grande demanda da escola referente ao tema Bullying, e após vários dias de observação participativa, percebeu-se a necessidade de refletir com os alunos e discutir alternativas que deveriam ser tomadas frente a estas situações. Sendo assim foram desenvolvidos cartazes sobre o tema Bullying onde foram escritas algumas frases de impacto para que desta forma fosse possível familiarizar os alunos da importância desse tema e suas reais conseqüências. Foi apresentada uma palestra sobre o tema Bullying com o objetivo de identificar juntamente com os mesmos a qualidade da relação entre os alunos dessa escola. Em seguida foi passado o filme “Bang Bang Você Morreu” onde foi discutida e comparada a relação entre o filme e o cotidiano dos mesmos.

Para coletar dados sobre essa demanda foi aplicado um questionário de pesquisa, o mesmo trata-se de um questionário que abrange o maior numero de fatores que se originam dentro da escola e interferem no desempenho das atividades e desenvolvimento dos alunos, questionário este de perguntas fechadas e a partir deste foi possível identificar o índice de casos de vitimas do Bullying nessa escola.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

- Sugerir discussões sobre o tema Bullying com alunos de 5° a 8° serie da escola Maria Joaquina de Arruda, da cidade de Leme-SP, propiciando condições para eles analisarem as conseqüências destas atitudes.

1.1.2 Objetivos específicos

- Refletir com os alunos e discutir alternativas que devem ser tomadas frente a estas situações.

- Identificar com os alunos, como eles identificam a qualidade da relação dos alunos.

1.2 JUSTIFICATIVA

Ao entrar no contexto escolar e conversar com a coordenadora pedagógica da escola, a mesma me apresentou a queixa do Bullying. Comecei a observar os comportamentos dos alunos, e a maneira com que os mesmos se tratavam e ficou clara a necessidade de orientar e conscientizar esses alunos sobre os reflexos e conseqüências geradas por esse tipo de agressão verbal.

Resolvi abordar esse tema “A adolescência, o Bullying na escola e as contribuições da Psicologia”, para trabalhar esse tema com os alunos, que muitas vezes praticam o Bullying sem ao menos saber do que se trata, e nem sempre compreende que isso pode gerar conseqüências graves a pessoa agredida verbalmente que vão muito além do âmbito escolar.

Acredito que ao criar momentos de reflexão e analise sobre o assunto, os alunos possam buscar novas formas de comportamento, criando uma relação mais saudável entre os adolescentes.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A Adolescência

Não seria possível abordar o tema sobre Bullying na escola sem discorrer sobre a adolescência em si, período esse em que se afloram novas curiosidades, comportamentos e sentimentos que muitas vezes não são compreendidos e aceitos pelos pais, pela escola e sociedade. E que de certa forma esta ligado diretamente com o Bullying, pois os reflexos dessa fase podem afetar pessoas mais frágeis, ou que simplesmente não conseguem se defender.

Segundo o CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (2002), observa-se que esse período tem sido marcado por estereótipos que caracterizam uma suposta síndrome da adolescência, na qual se enfatizam: a rebeldia, a instabilidade afetiva, a tendência grupal, as crises religiosas, as contradições, as crises de identidade (KNOBEL (1981), para citar apenas algumas marcas da adolescência. Uma das marcas mais fortes nessa concepção de adolescência – a rebeldia – é enfatizada por OSÓRIO (1992) com a afirmação de que... “Sem rebeldia e sem contestação não há adolescência normal... O adolescente submisso é que é a exceção à normalidade”.

As mudanças físicas e fisiológicas também são fatores de novas descobertas e que muitas vezes não é bem aceito pelos adolescentes, quando levamos em consideração essa suposta síndrome da adolescência percebemos que a agressividade é acompanhada por fatores que marcam essa fase da vida, o que não justifica, porém explica algumas mudanças repentinas e radicais por parte dos adolescentes.

É importante ressaltar que o fato dessas mudanças ocorrerem naturalmente e inevitavelmente não significa que não a nada a ser feito a respeito ou que os adolescentes poderão agir e fazer o que bem entender sem que nos preocupemos com as conseqüências dessa fase, pelo contrário, pois a família, a escola e a sociedade são os responsáveis para limitar essa fase.

Segundo ZAGURY (1999) limitar é ensinar a tolerar frustrações, é prevenir para que, no futuro, uma dificuldade qualquer não se transforme em uma barreira intransponível, limitar é ensinar que todos nós temos direitos sim, mais deveres também. Limitar é mostrar que o outro também deve ser considerado quando nos decidimos a agir, que nunca devemos pensar apenas em nós mesmos, mais sim compreender que vivemos em grupo – ou seja, convivemos. E finalmente dar limites é dar responsabilidade, o que implica em tornar nossos adolescentes, mais cedo, adultos responsáveis.

A mesma autora reforça ainda que seja importante deixar espaço para que os jovens façam suas colocações e ponderações. O dialogo não existe sem esse circuito de ida e volta (você fala, mas também ouve e vice-versa). Somente através dessa troca é que se conseguirão estabelecer limites aceitáveis para ambas as partes. Não precisa e nem deve parecer que estamos declarando uma guerra.

Se de fato todos passam pela adolescência e de certa forma, direta ou indiretamente presenciam essas mudanças

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