ESTABILIDADE NA VIDA DE PESSOAS

INTRODUÇÃO

Vivemos num contexto em que as mudanças ocorrem a todo instante, onde as informações recebidas devem ser absorvidas imediatamente, num contexto onde diariamente somos surpreendidos por novidades e também por dificuldades. Esse conjunto é visto tanto na vida pessoal, quanto dentro das empresas, pois cada vez mais o fluxo de informações aumenta, e é necessário estar sempre atento para não ficar para trás.

Essas mudanças ocorrem em nossas vidas em todos os sentidos, e é de grande importância nos adaptar a elas, pois são essas mudanças que fazem o mundo andar. Existem pessoas que se adaptam facilmente a essas mudanças, que podem ocorrer tanto no trabalho quanto na vida pessoal, e podem ser boas ou ruins, difíceis ou melhores, de alegrias ou tristezas, enfim, mudanças dos mais diversos tipos.

Diante desse contexto, encontram-se aquelas pessoas que apesar das dificuldades, problemas e mudanças, conseguem se adaptar facilmente a tudo isso, conseguem contornar a situação, dar a volta por cima, e essas são as chamadas pessoas resilientes, que são aquelas que desenvolvem a capacidade de se recuperarem e se moldarem a cada obstáculo e desafio. Quanto mais resiliente for o indivíduo maior será o desenvolvimento pessoal, isso torna uma pessoa mais motivada e com capacidade de contornar situações que apresente maior grau de tensão.

Partindo desse pressuposto, realizou-se uma pesquisa sobre o assunto em livros e internet, e também a leitura do Livro Germinal de Émile Zola, visando conhecer a história e aprofundar o assunto relacionando a história do livro com o assunto da resiliência.

O presente trabalho traz uma abordagem sobre a resiliência na vida das pessoas, definindo a e explicando um pouco esse assunto tão importante tanto para as pessoas quanto aos futuros administradores. Em seguida, realizou-se um levantamento do que seria a resiliência no trabalho e na liderança e por fim fez-se uma análise do tema com o assunto do livro.

A RESILIÊNCIA NA VIDA DAS PESSOAS

A resiliência existe desde que o homem é homem e precisa superar ou transformar as adversidades com que se depara. Foi criada pelas ciências exatas, especificamente a física e a engenharia, e no fim da década de 70 passou a ser estudada pela psicologia e psiquiatria, então se definiu como a capacidade de resistir às adversidades, a força necessária para a saúde mental estabelecer-se durante a vida, mesmo após a exposição a riscos, é a habilidade de se acomodar e de se reequilibrar constantemente frente às adversidades. Segundo Assis (2006), ela sempre deve ser entendida dentro de um conjunto amplo de fatores intrínsecos e extrínsecos do indivíduo, e ela esta ancorada em dois grandes polos: o da adversidade ou risco, que é representado pelos eventos desfavoráveis, e o da proteção, voltado para a compreensão de fatores externos e internos ao indivíduo, mas que o levam necessariamente a uma reconstrução singular diante do sofrimento causado por uma adversidade. Fatores de risco estão relacionados a toda sorte de eventos negativos da vida, que, quando presentes no contexto, aumentam a probabilidade do indivíduo apresentar problemas físicos, psicológicos e sociais. Já os fatores de proteção correspondem às influências que modificam, melhoram ou alteram respostas individuais a determinados riscos de desadaptação. A resiliência encoraja o indivíduo a lidar com os estresses de forma efetiva e deles sair fortalecido.

Ser resiliente, segundo Dell`Aglio (2006), pode significar ajustar-se às deferentes condições de exploração, abuso, negligência e dominação tão presentes como na nossa sociedade. A resiliência surge como um constructo que aponta para um novo modelo de se compreender o desenvolvimento humano. Para Rutter (1987), a resiliência é o processo final de mecanismos de proteção que não eliminaram o risco, mas encorajam o indivíduo a se engajar na situação de risco efetivamente. O risco tem sido utilizado na área da saúde mental com a significação de fatores que pré-dispõem um resultado negativo ou indesejado. Ele pode desencadear um distúrbio ou uma doença de acordo com sua severidade, duração, frequência ou intensidade de um ou mais sintomas ou comportamentos.

As características das pessoas resilientes, para Bitencourt (2004) são: a positividade, onde elas vêem a vida como desafiadora, mas cheia de oportunidades, demonstram segurança e convicção, interpretam o mundo como dinâmico, acreditam em lições importantes a serem aprendidos com os desafios e levam a vida como recompensadora; o foco, onde eles possuem uma visão clara do que querem alcançar e realizar, e levam isso como sistema de orientação; a flexibilidade, os quais vêem a mudança como um processo gerenciável, toleram a ambigüidade, se recuperam de desapontamento facilmente, reconhecem suas forças e fraquezas, são pacientes, compreensivos e bem humorados; a organização, conseguem identificar os temas fundamentais em meio a situações confusas, gerenciam com sucesso várias tarefas simultaneamente e reconhecem a hora de pedir ajuda; e a pro ação, onde induzem mudanças em vez de se defenderem delas, assim, determinam quando elas são inevitáveis, são criativos, correm riscos e influenciam pessoas.

O equilíbrio das pessoas pode ser comprado a estrutura de um prédio que, se a pressão sobre ele for mais do que ele pode suportar, surgem as rachaduras, contanto, nas pessoas não é diferente, pois quanto maior a pressão sobre elas mais “rachaduras” como doenças se manifestam. Porém, o ser humano que é resiliente tende a desenvolver uma capacidade de se recuperar e de superar cada obstáculo, sem contar que quanto maior for a sua resiliência, maior será o seu desenvolvimento, tornando a mais motivada e capacitada para resolver situações de maior tensão. Normalmente, uma pessoa resiliente que está diariamente ligada a situações de stresse tem uma capacidade muito grande de superá-las, já aquelas pessoas que não tem este perfil tende a se submeter mais a situações stressantes.

A escritora Bitencourt (2004), diz que as pessoas resilientes sentem os mesmos medos que todo mundo sente quando passa por alguma mudança na sua vida. Contudo, elas conseguem manter sua produtividade, qualidade e competencia, e também sua saúde emocional, física e social, vencendo ao mesmo tempo os desafios e alcançando os objetivos pessoais e coletivos. A resiliência está diretamente ligada a capacidade de estar sempre aprendendo consigo mesmo, com os outros, com a situação.

O desenvolvimento da resiliência permite às pessoas ampliar sua capacidade de recuperação ao serem expostas aos stress da mudança, bem como a capacidade

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