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Por:   •  27/11/2012  •  9.488 Palavras (38 Páginas)  •  557 Visualizações

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O CRESCIMENTO POPULACIONAL E URBANO E SEUS IMPACTOS NA SEGURANÇA: O CASO JARDIM RORIZ – PLANALTINA-DF.

RESUMO

O crescimento urbano acelerado das metrópoles brasileiras trouxe grandes problemas sociais e econômicos para o país. A questão urbana, hoje, como é chamada à problemática relacionada à cidade, é um dos maiores desafios enfrentados pelas atuais políticas públicas de planejamento urbano. E o presente estudo aborda a violência urbana como consequência da má ocupação populacional do Distrito Federal, e consequentemente acomete cotidianamente a sociedade desprovida de oportunidades, do acesso à escola, saúde, trabalho, convivendo neste meio sem perspectiva de mudança de vida. Os dados coletados a na pesquisa demonstram as condições de vida da população, suas necessidades e dificuldades, a violência e marginalização sofrida pela população do bairro em questão – Jardim Roriz em Planaltina – neste trabalho. Estes dados associados à fundamentação teórica possibilitarão destacar a importância da intervenção e compromisso do Estado nesta realidade. O aporte teórico metodológico foi qualitativo, do tipo Pesquisa de Campo, onde se buscou analisar as percepções dos atores comunitários acerca da violência urbana e sua mútua relação com a urbanização. Os resultados foram percepções que concebem a comunidade em estudo de modo não isolado à realidade social do restante do DF.

Palavras-Chave: Planejamento urbano; urbanismo; violência urbana.

ABSTRACT

The rapid urban growth of the Brazilian metropolis brought major social and economic problems for the country. The urban question today, as it is called the problems related to the city, is one of the biggest challenges faced by current policies of urban planning. And the present study addresses urban violence as a result of poor population occupation of the Federal District, and consequently affects everyday society devoid of opportunities, access to education, health, work, living this way with no prospect of a change of life. The data collected in the survey shows the living conditions of the population, their needs and difficulties, violence and marginalization suffered by the people of the district in question - Garden Roriz in Planaltina - this work. These data associated with the theoretical enable highlight the importance of intervention and commitment of the State in this reality. The theoretical methodology was qualitative, Field Research, which investigates the perceptions of community stakeholders about urban violence and their mutual relationship with urbanization. The results were perceptions that conceive community under study so not isolated to the social reality of the rest of the DF.

Keywords: urban planning, urban design, urban violence.

LISTA DE SIGLAS

GER – Grupo Executivo de Remoção

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

RA(s) – Regional (is) Administrativa (s)

1 – INTRODUÇÃO

A onda de desenvolvimento econômico e social desencadeada por Getúlio Vargas foi, a principal responsável pelo processo de urbanização no Brasil. A urbanização, caracterizada pelo crescimento excessivo da população urbana em relação a rural, deu-se num contexto em que a industrialização passou a ser a via de modernização do Brasil e a da inserção do país num cenário global de negócios e competitividade (BOSCO, 2007, p.200). Máquinas agrícolas e outras inovações começaram a se espalhar pelos campos de forma que não havia mais a necessidade de utilização da mão de obra nas atividades rurais.

Destituídos de sua fonte de renda e atraídos pelas oportunidades de trabalho geradas pelas novas indústrias, trabalhadores rurais, num movimento maciço de migração, invadiram as cidades em busca de um espaço que não mais existia no campo. Este movimento, conhecido como Êxodo Rural, redundou numa demanda por infraestrutura, saneamento básico, transporte, moradia e outros serviços considerados essenciais para uma boa qualidade de vida (SANTOS, 2001, p.20-23).

Frustrados, por não ter sua demanda atendida e, ao mesmo tempo, obrigados a permanecer nas cidades, único lugar em que talvez encontrassem alguma oportunidade, os antigos camponeses tiveram que se sujeitar a condições precárias de vida, assumir postos informais de trabalho, ocupar lugares desprovidos de higiene e saneamento básico em que tinham um humilde teto sob o qual podiam se resguardar das intempéries das ruas.

A favelização, embora a única saída para os agora “sem-teto” não trouxe, no entanto, o mínimo de segurança aceitável a um ser humano. Frequentemente os noticiários são tomados por informações que evidenciam a falta de policiamento e segurança nos bairros mais pobres das grandes cidades brasileiras (PELUSO; CANDIDO, 2006, p.51-56).

O tráfico de drogas impôs limites territoriais nestas favelas que passaram, então, a ser “defendidas” por comandos que nelas impõem seu poderio a qualquer custo. Neste cenário, é comum o homicídio em massa de jovens que, sem acesso à educação, a um emprego formal e a qualquer perspectiva de vida, têm orgulho em defender sua “pátria” manuseando armas de fogo, assumindo posturas distantes das que conhecemos como civilizadas.

2 – ESPAÇO URBANO E O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

A urbanização procede basicamente da passagem de pessoas do meio rural para o meio urbano. Assim, a ideia de urbanização está fortemente agregada à concentração de muitas pessoas em um espaço restrito (a cidade) e na substituição das atividades primárias (agropecuária) por atividades secundárias (indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar de um processo, costuma-se conceituar urbanização como sendo "o aumento da população urbana em relação à população rural", e nesse sentido só ocorre urbanização quando o percentual de aumento da população urbana é superior a da população rural (BOSCO, 2007, p.189).

A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se urbanizar (em 1850 já possuía mais de 50% da população urbana), no entanto

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