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Por:   •  21/11/2014  •  Trabalho acadêmico  •  2.111 Palavras (9 Páginas)  •  274 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O seguinte trabalho vem apresentar a importância do brincar para a formação infantil. Foi realizado uma observação sistemática com crianças pertencentes a faixa etária de 4 (quatro) anos. O brinquedo utilizado foi produzido pelas próprias componentes do grupo, em que se fabricou um jogo de boliche e um dado numérico.

Ao brincar a criança assimila as aprendizagens pelo brincar, na medida em que vai interiorizando e vivenciando o concreto, acomodando e pronto para novas descobertas, evoluindo os conhecimentos cada vez mais complexos conforme as etapas vivenciadas e construídas, os jogos desempenham uma fonte inesgotável de vivencia que leva a criança a aprender brincando, de forma lúdica sem que haja frustrações em seu conhecimento.

Sendo assim, o trabalho teve como objetivo geral a confecção de 2 (dois) brinquedos direcionados a faixa etária delimitada entre 4 a 5 anos. Observar a atuação da criança selecionada durante o seu momento lúdico, e elucidar algumas contribuições do brincar para o universo infantil.

Deste modo, compreende-se que o brincar é de suma importância, ao passo que possibilita o enfrentamento das adversidades. O brincar é um instrumento eficaz e permite que a criança explore momento vivenciado, utilizando-se de brinquedos, dos jogos simbólicos, da dramatização e, assim cultive o seu mundo de ”faz de conta”, saindo do papel de passividade e se colocando como protagonista da sua experiência.

Conforme Graduação Lato Sensu da Universidade Paulista – UNIP, em seu regulamento, denota-se a importância do desenvolvimento deste trabalho para propiciar aos alunos uma fundamentação prática dos conceitos teóricos explorados na sala de aula. Sendo esta uma condição imprescindível para que se obtenha a aprovação na disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas.

Vale ressaltar que por meio dos jogos as crianças desenvolvem habilidades e adquirem novas aprendizagens, aprendem a respeitar as regras e interagir com outras crianças de forma a respeitar sua individualidade. Desenvolve atenção, percepção, noções de espaço, de lateralidade, estimula seu potencial criativo, e também propicia novas sensações e emoções.

2 DESENVOLVIMENTO

Assim, quando os educadores incentivam a imitação de atividades produtivas, estão garantindo a formação de um futuro adulto independente e seguro em sua vida diária, a conduta moral do adulto também é imitada e internalizada pela criança, ela crescerá saudável se, quando pequena, ela puder imitar educadores que buscam para as suas vidas, condutas morais dignas de serem imitadas, essas internalização é própria do ser humano, que compreende algumas regras de convivência, como respeito, amor, paciência, humildade etc. Segundo a autora Kishimoto (2007, p.37), o brinquedo proporcional duas funções primordiais, pois,

Ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece algumas considerações:

1. Função lúdica: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente; e

2. Função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.

Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001), o conceito para jogo é “[...] uma atividade espontânea das crianças, brincadeiras, atividade submetida a regras, competição física ou mental por uma premiação ou por simples prazer...” (p.1685).

Segundo Kishimoto (2007) “o jogo pode ser visto como: 1. o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; 2 um sistema de regras; e, 3 um objeto”.

De posse desses conceitos considera-se a importância dos jogos na educação Infantil. A nova Lei de Diretrizes e Bases/96 e os Referencias Curriculares Nacionais/98 valorizam o brincar como fator educativo no desenvolvimento da criança, nele o brincar, jogos e brincadeiras constam como recursos necessários na construção da identidade, na autonomia infantil e nas diferentes linguagens, como as não verbais e as verbais.

No RCN’s também fica evidente a importância do aprender por meio de jogos e brincadeiras além de danças e práticas esportivas uma vez que é um direito garantido pela legislação. Sabe-se que a brincadeira faz parte da vida da criança, a sua principal atividade nesta etapa é o brincar livre ou dirigido, além de ser grande fonte de prazer o brincar também proporciona um manancial de conhecimentos.

Por meio dos jogos as crianças desenvolvem habilidades e adquirem novas aprendizagens, aprendem a respeitar as regras e interagir com outras crianças de forma a respeitar sua individualidade. Desenvolve atenção, percepção, noções de espaço, de lateralidade, estimulam seu potencial criativo, e também propicia novas sensações e emoções.

Sendo uma atividade tão rica, o jogo deve fazer parte do cotidiano da Educação Infantil, pois:

Ao repetir a brincadeira com adultos, a criança descobre a regra, ou seja, a sequencia de ações que compõe a modalidade do brincar e não só a repete, mas toma iniciativa, altera sua sequencia ou introduz novos elementos. O aparecimento de ações iniciais pela própria criança de novas sequencia como cobrir o próprio rosto ou o de um bichinho de pelúcia representa o domínio das regras da brincadeira. Ao alterar o curso da brincadeira pelo prazer que dela emana, desenvolve a competência em recriar situações, conduta criativa tão necessária nos tempos atuais. Tais brincadeiras interativas contribuem ao desenvolvimento cognitivo e, ao mesmo tempo, ao aprendizado das fases que as acompanham Kishimoto (1995, p.142).

Ao brincar as crianças refletem sobre a realidade da cultura na qual vivem, incorporando e ao mesmo tempo questionando regras e papéis sociais.

O ato de propiciar as crianças brinquedos, brincadeiras e jogos contribuem para que as mesmas desenvolvam noções espaciais, regras, organização em relação ao mundo, conexões mentais e corporais, criatividade, imaginação, possibilitando assim o aprendizado significativo.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCN), o brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento de identidade e da autonomia.

Dentre outras características, os brinquedos e jogos devem ser estimuladores da imaginação infantil, possuir força socializadora, ajudando no processo de interação grupal, liberar a emoção infantil, serem meios facilitadores no processo de interação grupal, e auxiliar na aquisição da autoestima.

No jogo organizado a criança está sujeita a regras e leis, como exemplos têm os jogos sociais, com mais de um participante, os de lutas, e outros, com eles a criança aprende a ganhar e perder. Para Kishimoto et al. (2007, p.28), o jogo possui um papel social, serviu a diferentes modalidades ao longo da história, a autora enfatiza que durante a Idade Média,

“O jogo serviu para divulgar princípios de moral, ética e conteúdos de história, geografia e outros, a partir do Renascimento, período de “compulsão lúdica”. O Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Ao atender necessidades infantis, o jogo infantil torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares. Assim, para se contrapor aos processos verbalistas de ensino, à palmatória vigente”.

Assim, fica claro que os jogos estão relacionados com as diferentes concepções direcionadas ao universo infantil, ou seja, a partir do “Renascimento: a criança dotada de valor positivo, de uma natureza boa, que se expressa espontaneamente por meio do jogo, perspectiva que irá fixar-se com o Romantismo”. Somente no período do Romantismo que o jogo se caracteriza como uma maneira própria de expressão do universo infantil (KISHIMOTO et al., 2007, p. 29).

Os jogos e as brincadeiras, evidentemente, mudaram muito desde o começo do século até os dias de hoje nos diferentes países e contextos sociais, mas o prazer de brincar não mudou, dentre as estratégias que a criança utiliza para construir seu conhecimento na infância destaca-se, por sua importância e frequência, o jogo, como Kishimoto (2007),

“O jogo visto como recreação, desde a antiguidade grego-romana, aparece como relaxamento necessário a atividades que existem esforço físico, intelectual e escolar (Aristóteles, Tomás de Aquino, Sêneca, Sócrates). Por longo tempo, o jogo infantil fica limitado a recreação”.

De tal forma pode-se perceber a relevância dos jogos na aprendizagem, pois conduz a criança ao amadurecimento, exercita e coloca ação de desafios a sua experiência, construindo novas descobertas, desenvolvendo personalidade e aprendendo relaciona-se bem com o mundo, ou seja, jogar para viver.

Deste modo, aquilo que a criança aprende no momento que envolve o jogo servirá, mais tarde para ser aplicado em outro momento da vida, que não o lúdico, como por exemplo, quando a criança aprende a contar para jogar amarelinha ela aplicará esses conhecimentos em outras esferas da sua vida como, por exemplo, na soma de suas despesas pessoais, em uma brincadeira que exija divisão, e assim por diante.

Nascido na Alemanha, em 1782, Frederico Augusto Guilherme Froebel foi o primeiro a colocar o jogo como parte essencial do trabalho pedagógico ao criar o jardim de infância com o uso de jogos e brinquedos. Muitos educadores reconhecem a importância educativa do jogo e do aprender brincando.

2.1 CARACTERÍSTICAS DA IDADE OBSERVADA

As crianças na faixa etária dos 4 (quatro) a 5 (cinco) anos, mostram no seu desenvolvimento sócio afetivo que gostam de ficar junto do lar, ou sejam perto daquilo que representa o seu porto seguro (mãe), a mãe é o centro do mundo, tem crises de medo porque imaginam que sua mãe pode o abandonar, gostam de histórias, os jogos de imitação vão desde os mais simples até os mais complexos, confia nelas e nos outros, o apega da criança é menos notável, a criança imita o adulto, os meninos gostam de mostrar sua força, brincar como os heróis, os bandidos, mas as vezes dissociam mal a força da agressividade e o desejo de ser forte, grande e poderoso, tenta dominar o adulto, de acordo com Piaget (1936) o desejo de ser adulto está associado à ideia de possuir o que não lhe querem dar, aquilo que a proíbem de fazer, o desejo de ser adulto está associado à ideia de possuir o que não lhe querem dar, aquilo que a proíbem de fazer.

No desenvolvimento cognitivo, nota-se que a criança poderá escrever a memória, ou seja, passar para o papel o seu pensamento; são capazes de elaborar representações figurativas, por vezes muito complexas, manifestando a sua capacidade em aprender os detalhes de uma pessoa ou de um objeto; dispõe de inúmeras competências; Piaget (1936) aborda a questão da conservação das grandezas: Dois copos, com o mesmo volume, mas de formas diferentes, um cheio e outro vazio. Se deitarmos à sua frente o conteúdo do primeiro no segundo, a criança afirma que há mais líquido no copo alto e estreito do que no baixo e largo; não compreende que a quantidade de água permanece constante, apesar das variações da forma dos recipientes; quanto à conservação do número, colocando duas filas de feijões, numa fila espaçamos os feijões e na outra os feijões juntos, a criança considera que a fileira com os feijões espaçados contém mais do que a outra fila, mesmo que se conte e verifique que o número de feijões é o mesmo, não é ainda capaz de ter em conta as várias características de um objeto simultaneamente; separa facilmente os objetos em função de cada uma das suas propriedades; as crianças desta idade deixam-se facilmente enganar pelas aparências; a sua noção do “parecido” não é idêntica à do adulto; são capazes de distinguir objetos através da sináptica global; no pensamento intuitivo, caracterizado pela centralização, o estatismo e a irreversibilidade, a criança pode representar percepções e ações, mas é incapaz de as coordenar por operações lógicas.

No desenvolvimento físico motor Piaget (1936) diz que a criança está no seu nível mais alto do seu comportamento motor; larga e melhora o seu campo de ação: salta, corre, pula, trepa e também a nível das construções animadas e extravagantes; possui elevada energia motora; o correr é melhorado em forma e vigor; melhor controlo em parar, partir e virar; caminha num círculo pequeno sem sair fora; salta 2m sobre o pé direito; dificuldade em saltar sobre barreiras; sobe e desce escadas alternando passos; pula sobre um pé; predominam os movimentos na horizontal; lança-se para a frente no seu triciclo; faz inúmeras habilidades no exterior; domina todo o seu equipamento motor: Voz; atira a bola com a mão levantada sobre o ombro; Corta direito com tesoura; cata os sapatos; aguenta-se de pé só com uma perna; gosta de atividades motoras violentas mas também fica bastante tempo sentada a executar tarefas manuais; mãos, pernas, pés, braços, estão a tornar-se independentes da totalidade do conjunto corporal; os paços da dança e os movimentos das mãos assumem uma graciosidade natural e espontânea; desenvolvimento como um todo unitário; a sua organização prossegue na direção da cabeça para os pés, e do eixo central para fora; o tronco é enervado antes dos ombros, os ombros antes os braços, os braços antes as mãos, os membros opostos e as funções contrapostas têm que ser levados em equilíbrio, os músculos flexores em oposição aos extensos, as extremidades esquerda e direita, os olhos e as mãos, os movimentos para a frente e para trás, os movimentos verticais e horizontais, o agarrar e o largar.

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