TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Em Busca Das Origens Desenvolvimento Dos Transtornos Mentais

Artigos Científicos: Em Busca Das Origens Desenvolvimento Dos Transtornos Mentais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/3/2014  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  581 Visualizações

Página 1 de 5

Introdução

A psicopatologia desenvolvimental é uma disciplina que integra perspectivas epidemiológicas, sociais, genéticas, desenvolvimentais e de psicopatologia para entender as origens e o curso dos transtornos mentais.

Quais são os conceitos e abordagens desenvolvimentais que nos auxiliam a entender a origem dos transtornos mentais?

Os investigadores dessa área privilegiam diferentes abordagens e conceitos, porém convergem no entendimento de que os transtornos mentais são possíveis desfechos do processo de desenvolvimento.

Existem quatro conceitos que norteiam abordagens desenvolvimentais que merecem destaque:

• Primeiro, a psicopatologia desenvolvimental assume que há continuidade no processo de desenvolvimento dos transtornos mentais.

• Segundo, há uma tendência inata os indivíduos de se adaptarem ao seu ambiente.

• Terceiro, idade e momento do desenvolvimento são fatores fundamentais a partir dos quais todos os outros fatores devem ser entendidos.

• Quarto, comportamentos mal adaptativos ou transtornos mentais devem ser interpretados frente ao contexto onde o individuo encontra-se inserido.

Buscando Fatores Ambientais Com Efeito Causal

Entende-se que fatores de risco ambientais para os transtornos mentais atuam através de múltiplos mecanismos e níveis e usualmente estão correlacionados a uma cadeia de fatores de risco, que por sua vez podem atuar através de diversos mecanismos. É importante seguir uma serie de estratégias para que seja demonstrada a presença de relação de causa e efeito entre fatores de risco ambientais e transtornos mentais:

• Primeiro, é fundamental que a relação exista em função de uma base conceitual sólida.

• Segundo, é fundamental mostrar uma conexão temporal consistente entre o evento estressor e o inicio do transtorno.

Para a elucidação da relação temporal entre ambos os fatores, é importante diferenciar se os eventos ambientais ocorrem como resultado do processo psicopatológico ou se esse iniciou anteriormente e foi causa do evento ambiental, que por sua vez pode ter exacerbado o processo psicopatológico.

Em um estudo longitudinal, se os sintomas depressivos leves anteriores não são identificados, mesmo havendo uma conexão temporal entre a demissão e o episodio depressivo, a interpretação de que existe uma relação causal entre os últimos dois eventos seria errônea.

• Terceiro, é necessário rigor na aferição de fatores de risco e desfechos através de medidas especificas e dimensionais.

• Quarto, é importante contextualizar os eventos ambientais estudados.

A randomização é a estratégia metodológica mais apropriada para a demonstração de uma relação de causa e efeito, pois os indivíduos são alocados a uma determinada intervenção aleatoriamente.

Entendendo o Mecanismo de Ação dos Agentes Causais

A psicopatologia desenvolvimental está interessada em entender os mecanismos ou processos específicos através dos quais os agentes causais atuam.

Existe uma longa e ainda não resolvida discussão na literatura em relação ao mecanismo através do qual a exposição intraútero ao tabaco levaria á psicopatologia nas crianças. Há evidencias que apontam que tal mecanismo se daria através da ação sobre o ambiente intraútero, enquanto outros estudos indicam que o ambiente intrauterino, enquanto outros estudos indicam que fumar durante a gestação é um marcador de psicopedagogia materna associada a fatores genéticos que, por sua vez, são herdados pelas crianças, levando então à psicopatologia.

O peso de nascimento foi menor no grupo de crianças expostas ao tabaco intrauterino, independentemente de serem geneticamente relacionadas ou na às suas mães. Já os níveis de comportamento antissocial foram maiores naquelas crianças expostas ao tabaco intraútero apenas quando eram geneticamente relacionadas às suas mães ( tabagistas ), indicando então que o efeito ambiental intrauterino provocado pelo tabaco não estaria associado a comportamento antissocial nas crianças.

Entretanto, não podemos ter certeza se o tabagismo durante a gestação é marcador de um risco puramente genético ou se está associado a comportamentos maternos ao longo do desenvolvimento da criança, que por sua vez podem exercer efeito causal para o desenvolvimento de comportamento antissocial. Destaca-se, entre diversas abordagens possíveis para essa questão, três abordagens com maior sucesso até o momento.

• A primeira foca os efeitos neuroendócrinos dos estressores ambientais.

• A segunda foca o estudo da ação de fatores ambientais que atuam no período perinatal.

• A terceira abordagem foca a modificação da expressão gênica provocada por estressores ambientais, através dos chamados

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com