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Espontaneidade E Criatividade (Psiodrama Moreno)

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Por:   •  8/6/2014  •  1.114 Palavras (5 Páginas)  •  5.541 Visualizações

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Espontaneidade e Criatividade:

Dentro da teoria de Moreno, a espontaneidade é um fator de extrema importância. Trata-se das respostas adequadas ou novas, que o individuo emite a novas situações, transformando-a em uma situação conhecida. Ela funciona no presente, no aqui e no agora, no momento em que surge a situação.

Espontaneidade supõe a presença de um ato voluntário que domina o instinto sem freio, incontrolado. Mas não é atuação sem lei, nem anarquismo psicológico. Ela também é diferente de instinto, acaso e improvisação.

Segundo Moreno, a espontaneidade desencadeia, move a criatividade, que, por sua vez, produz a conserva cultural, que servirá de base para outras criações espontâneas individuais.

A espontaneidade passa a sensação de surpresa, de inesperado, tem a missão de mudar a realidade em que surge. É como se o nexo causal do processo vital da pessoa tivesse sido quebrado. Ela não significa fazer qualquer coisa, em qualquer momento ou lugar, com qualquer pessoa e de qualquer modo. Isso seria patológico. Mas, em psicodrama, ser espontâneo é fazer o oportuno no momento adequado. É a boa resposta a uma nova situação. É a condição e preparação do sujeito para a ação livre.

A criatividade está muito relacionada à espontaneidade, e estas são interdependentes. “Sem criatividade, a espontaneidade do universo tornar-se-ia vazia e estéril; sem a espontaneidade, a criatividade do universo se limitaria a um ideal sem eficácia e sem vida”.

No filme Patch Adams, nota-se a espontaneidade e a criatividade do estudante de medicina a todo momento. Ele se mostra resistente aos métodos educacionais e tradicionais da faculdade que ingressa já aos 40 anos de idade. Com isso, passa a desenvolver e praticar seu próprio método, espontâneo e criativo.

Enfrenta paradigmas e regras, e busca ajudar os pacientes à sua maneira, diferente da que se é esperada de um médico. Por meio do riso e do divertimento, Patch trata os pacientes de maneira mais humanista.

Possui sempre novas ideias, e inova o jeito de tratar os pacientes. Por exemplo: o nariz de palhaço para as crianças; o texto com eufemismos de morte, para o homem em estado terminal; a piscina de macarrão para a senhora. E talvez o ápice de criatividade que Patch tenha tido, no filme, seja o momento em que teve a ideia de criar o próprio hospital, em que falava suas ideias sem parar para Carin anotar tudo.

Telerelação x Transferência

As interações produzem resultados terapêuticos, sejam estas num divã, numa cadeira, em volta de uma mesa ou num palco.

Existe a transferência entre paciente e terapeuta, onde o paciente transfere suas fantasias e seus sentimentos à personalidade de seu terapeuta, não porque este mereça ou seja de fato aquilo, mas porque o paciente está repetindo algo que já lhe ocorreu antes.

Quanto ao terapeuta, ele não está isento de ter, também, certo envolvimento pessoal, ocorrendo, assim, a contratransferência - a qual, segundo Moreno, não é "contra", mas sim, uma "transferência de mão dupla".

Trazendo para o contexto do filme, e colocando o médico no lugar do terapeuta, há uma cena em que Patch está conversando com Carin, e diz: "Eles me ajudaram a descobrir que, ajudando-os, eu poderia estar ajudando a mim mesmo", se referindo aos pacientes do hospital psiquiátrico em que se submeteu, ao início do filme.

O mesmo quando está diante da bancada de médicos, ao final, e diz: "Transferência é inevitável. Todo ser humano tem a influência do outro. Por que não iriamos querer isto numa relação médico-paciente?".

Teoria de Papéis:

Na vida real, também existem os papéis. Podem ser, estes, os profissionais; os determinados pela classe social; atitudes e ações adotados; afetivos; familiares; ou em outras instituições.

No filme, Patch tem o papel do estudante de medicina de primeiro ano, entretanto, tenta agir como um de terceiro. Não deveria estar se envolvendo com questões (e pacientes) do hospital, mas dá um jeito de entrar ali. Adota uma atitude de quem quebra regras e age à sua própria maneira, de acordo com seus próprios princípios. Era esperado dele, pelos colegas e professores,

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