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FALSAS MEMORIAS

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Por:   •  21/5/2013  •  522 Palavras (3 Páginas)  •  555 Visualizações

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Psychological Science 2010 21: 1291 originally published online 5 August 2010 “Observation Inflation: Your Actions Become Mine”

Isabel Lindner, Gerald Echterhoff , Patrick S.R. Davidson, and Matthias Brand

Se desempenharmos algumas ações e, depois, imaginarmos que estamos a executar outras, podemos induzir falsas memórias ao tentarmos recordar, posteriormente, aquilo que realmente fizemos. Estamos perante o efeito de “inflação” da imaginação e podemos encontrá-lo frequentemente no nosso quotidiano. Este artigo pretende alargar o estudo deste efeito (desenvolvido por Goff e Roediger), aplicando-o ao contexto da observação. A ação observada envolve a simulação motora e faz com que se criem representações mentais semelhantes às que são produzidas pela ação executada / auto desempenho. Essas representações são responsáveis pelas falsas memórias quando estamos mais distraídos e confundimos a fonte da ação.

Este artigo relata a execução de 3 experiências que procuraram validar a existência de um efeito de “observação inflação” como possível fonte de falsas memórias.

Na primeira experiência, com design misto de 3x2x4, 60 estudantes da Universidade de Colónia foram testados individualmente sobre ações quotidianas. Foi utilizado o computador e decorreu em 2 fases. Na primeira fase, ao ver o nome de um objecto no ecrã o participante tinha de pegar nele. De seguida, apareciam no ecrã aleatoriamente 30 instruções de açao diferentes ou com instrução de execução ou com instrução de leitura (exemplo: agite a garrafa ou leia agite a garrafa). As outras 6 séries de 5 itens não foram apresentadas nesta fase. Na segunda fase, foram mostradas aleatoriamente 15 instruções de ação que apresentavam uma das seguintes estruturas: observar - ler uma vez a instrução de ação e depois ver o vídeo alusivo à mesma; imaginar - ler uma vez a instrução e depois fechar os olhos e imaginar o seu autodesempenho; gerar - a instrução apresentada em desordem, em suporte escrito, tem de ser ordenada e lida repetidamente; ler repetidamente a instrução e contar as consoantes. Duas semanas mais tarde, foi feito um teste de memória de escolha forçada em que as instruções de acção foram apresentadas aleatoriamente, os participantes tiveram de indicar se desempenharam ou não cada uma delas.

Os resultados desta experiência sugeriram que as falsas memórias de auto desempenho não se devem à familiaridade com as instruções de ação. A dúvida de que o efeito era consequência de uma fonte de monitorização ineficaz ou de uma fonte de resposta enviesada durante o teste, levou à segunda experiência (análoga à 1ª com modificações). O efeito persistiu mesmo quando os participantes eram aconselhados a concentrarem-se nas pistas do seu desempenho ou quando lhes foi explicado o efeito “observação inflação”. A tenacidade do efeito levou a que fosse realizada a terceira experiência (idem anteriores), onde foi manipulada a sobreposição de características perceptivas entre codificação (fase 1) e processamento (fase 2). Verificou-se que o efeito de “observação inflação” foi menor quando houve sobreposição sensorial entre autodesempenho e observação. Quando a sobreposição visual e auditiva foi reduzida ao mínimo, o efeito persistiu. Assim, a semelhança de características

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