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Fernão Capelo Gaivota à luz da Teoria dos Arquétipos de Carl Gustav Jung

Por:   •  7/5/2023  •  Resenha  •  660 Palavras (3 Páginas)  •  82 Visualizações

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 ESTUDO DE CASO

Fernão Capelo Gaivota à luz da Teoria dos Arquétipos de Carl Gustav Jung

O presente trabalho tem como objetivo apresentar e correlacionar o personagem Fernão Capelo Gaivota à luz da Teoria dos Arquétipos de Carl Gustav Jung, especificamente, o arquétipo do explorador. Para tanto, foram utilizadas anotações feitas em sala de aula, o livro Teorias da Personalidade de FEIST (2015), o livro Fernão Capelo Gaivota (1970) e o filme Jonathan Livingston Seagull (1973).

Fernão Capelo Gaivota é um romance publicado em 1970 pelo autor norte-americano Richard Bach. Possui como personagem protagonista uma gaivota diferente, que vive com o bando. Esta comunidade de gaivotas, possui como objetivo central e único de vida, lutar pelas sobras de peixe deixadas pelos barcos próximo à costa. Inquieto, descontente e questionador, Fernão deseja alçar voos para além daquela realidade. À medida que desenvolve e pratica o voo que “não é para as gaivotas”, ele é confrontado e julgado por seus pais, pelos mais velhos e pelos anciões do conselho das gaivotas. A desobediência por “não agir como as outras gaivotas” e o transtorno causado ao bando, culmina em sua expulsão.

Banido, solitário e infeliz, Fernão parte para “o além das montanhas”, sua grande odisseia exterior e interior tem início. Refinando seu voo, alcança habilidades jamais imaginadas, vê lugares nunca antes vislumbradas por gaivotas e, apesar de todas as dificuldades inerentes à exploração, alcança à autorrealização plena, conjuntamente com sua morte. A partir desse ponto, Fernão entra para a próxima etapa de seu aprendizado, num mundo paralelo. Análogo à metáfora da caverna do filósofo Platão, Fernão decide retornar ao bando de onde nasceu e se criou, para “levar a luz”.

Carl Gustav Jung (1875-1961) foi um psiquiatra suíço, fundador da escola da Psicologia Analítica que explora a importância da psique individual e sua busca pela totalidade. Entre suas grandes contribuições, se encontra a existência de um inconsciente coletivo, de onde emergem os arquétipos. Segundo Feist (2015, p. 95) “Os arquétipos têm uma base biológica, mas se originam por meio das experiências repetidas dos primeiros ancestrais humanos. O potencial para incontáveis números de arquétipos existe dentro de cada pessoa, e, quando uma experiência pessoal corresponde à imagem primordial latente, o arquétipo é ativado”. Portanto, “os humanos herdam um inconsciente coletivo que ajuda a moldar muitas de suas atitudes, seus comportamentos e seus sonhos” (FEIST, 2015, p. 114), enquanto que os arquétipos são representações antigas ou arcaicas que derivam desse inconsciente coletivo.

Um desse arquétipo primordial latente é o explorador, e está personificado na incrível jornada de Fernão Capelo Gaivota.  Um explorador é alguém inquieto e insatisfeito, com forte aversão a ter uma vida ordinária, mecânica e sem autorrealização. Possui total fidelidade a sua busca e deseja viver uma vida mais completa, a grande aventura, o sentido da vida, a grande missão, repleta de experiências novas e empolgantes. Canaliza todo seu foco no “ir e ver com seus próprios olhos para depois poder voltar e relatar todas as suas experiências”. Bem manifestado e vivenciado por Fernão em sua busca pelo aperfeiçoamento do voo, o arquétipo do explorador se dedica integralmente em ser alguém melhor, alguém que possa atingir a capacidade de alçar voo para o “além da cerca do aprisionamento”. Essa é a essência do arquétipo do explorador, esse é o Fernão Capelo Gaivota que vive latente dentro de cada um de nós.

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