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Funcoes Executivas

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Por:   •  29/10/2014  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  841 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O cotidiano oferece diferentes desafios e situações imprevistas que exigem habilidades de várias funções cerebrais. Por exemplo: descobrir o melhor caminho para se chegar a um determinado local, desenvolver uma nova função no emprego, analisar um problema, fazer uma conta matemática, finalizar uma tarefa complexa.

Estas funções incluem raciocínio, lógica, estratégias e tomada de decisões, além de manter ações permanentes de controle mental. Este conjunto de funções tem um papel central na organização e no planejamento de todas as nossas ações, pois auxiliam na manutenção de iniciativa, estabelecimento de objetivos, monitorizando as tarefas por meio do autocontrole, sempre repensando as estratégias de acordo com o plano original, sendo chamadas de funções executivas.

De acordo com Goldberg E (2001), o cérebro humano é o sistema natural de maior complexidade dentro de todo o universo e assim como qualquer corporação, exército ou uma grande orquestra, o cérebro possui diferentes áreas, responsáveis por diferentes funções. Toda grande organização necessita de um diretor, chefe, maestro ou um CEO (Chief Executive Officer).

As funções executivas são aquelas que mais nos diferenciam dos animais já que compreendem o processo cognitivo orientado a uma determinada meta. Para tanto, nós seres humanos, temos a habilidade de processar atividades com atenção sustentada, memória operacional, inibição dos impulsos, fluência verbal e especialmente pensamento abstrato. A principal região cerebral relacionada ao funcionamento executivo é o córtex pré-frontal Cherkes-Julkowski, (2005).

Assim como um CEO de uma empresa que tem o papel de coordenar as diversas unidades de negócio em seus diversos aspectos. O cérebro humano tem o seu próprio CEO, o córtex pré-frontal. Este não tem uma função única e exclusiva, mas é responsável pela orquestração, administração e organização de toda a cognição, chamada de funções executivas. A comparação das funções executivas com o maestro do cérebro é bastante elucidativa, pois o córtex pré-frontal dirige uma orquestra com várias funções, ordenando a entrada, modulando a intensidade e controlando a interrupção de cada uma delas durante o espetáculo.

FUNÇÕES EXECUTIVAS

As funções executivas referem-se, de forma geral, à capacidade do sujeito de engajar-se em comportamentos orientados a objetivos, ou seja, á realização de áreas voluntárias, independentes, autônomas, auto-organizadas e orientadas para metas específica Sullivan; Riccio; Castillo, (2009); Gazzaniga; Ivry; Mangun, (2002).

Segundo Malloy Diniz, Sedo, Fuentes e Leite (2008), as funções executivas são habilidades que, integradas, capacitam o indivíduo a tomar decisões, avaliar e adequar seus comportamentos e estratégias, buscando a resolução de um problema. Tais funções orientam e gerenciam funções cognitivas, emocionais e comportamentais Malloy-Diniz et al., (2008); Strauss; Sherman; Spreen, (2006).

As funções executivas são representadas por habilidades distintas, ainda que relacionadas, e não apenas por uma única habilidade cognitiva, apesar da existência de controvérsias acerca da unidade versus diversidade de tais funções. Tais habilidades incluem inibição de elementos irrelevantes; seleção, integração e manipulação das informações relevantes; intenção; planejamento e efetivação das áreas; flexibilidade cognitiva e comportamental e monitoramento de atitudes Gazzaniga et al., (2002); Lezak, (1995).

Em uma descrição bastante sumarizada, a atenção seletiva, de acordo com Gazzaniga e colaboradores (2002), È a capacidade de o sujeito atentar a determinadas características do estímulo, ignorando aqueles que são irrelevantes à tarefa, de modo a processar ativamente uma quantidade limitada de informações dentre as disponíveis aos órgãos dos sentidos ou provenientes de outros processos cognitivos. O controle inibitório relaciona-se á filtragem e seleção de informações Gazzaniga et al., (2002), consistindo na capacidade do indivíduo de inibir respostas prepotentes ou distratoras que bloqueiam o curso de uma ação, ou ainda a interrupção de uma resposta já em curso Barkley, (1997).

Em outras palavras, compreende-se o controle inibitório como um mecanismo de filtragem complementar à atenção seletiva, à medida que inibe estímulos irrelevantes à solução de um problema, minimizando assim a demanda sobre o processamento da informação Gazzaniga ET al., (2002).

À capacidade de regular o próprio comportamento, adaptando-o ás demandas ambientais. O planejamento é a capacidade

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