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Função Da Psicologia

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Por:   •  23/5/2013  •  647 Palavras (3 Páginas)  •  300 Visualizações

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Função social da psicologia

Vista por vários autores, (entre outros, Sastre, 1974; Merani, 1972; Bernard, 1974; Japiassu; Deleule, 1972), como instrumento de alienação, a psicologia construída sobre o paradigma positivista cumpre a função social de agente de adaptação dos indivíduos à sociedade e suas instituições.

A concepção de homem que a psicologia ainda utiliza atribui ao ser humano uma substância homogênea e permanente, com qualidades próprias e inalienáveis, qualquer que seja o meio em que viva. Para a psicologia, o homem, como o inseto, terá maior grau de desenvolvimento e de equilíbrio quanto maior for sua adequação às formas das relações fundamentais existentes na sociedade, que são invariáveis e independentes da vontade do homem.

Com tais pressupostos a respeito do homem e sociedade e, sendo produzida numa sociedade em que os imperativos do mercado de trabalho fazem apelo a um tipo de "racionalidade" e "produtividade", a psicologia pode ser concebida a partir do modo como é utilizada. A função de servilizar os indivíduos se explicita e o discurso ideológico adaptacionista fica evidente.

O discurso adaptacionista parece constituir a unidade básica dissimulada sob a aparente heterogeneidade e antagonismo entre as escolas e correntes da psicologia. Ele existe nas várias versões do behaviorismo, passando pelo movimento psicometrista de fundamentação cognitivista e humanista, até a teoria piagetiana, o psicodrama, as teorias da personalidade e as de terapia (Patto, 1984:93).

É necessário que os próprios psicólogos, já alienados pelas escolas de psicologia que os formam, compreendam que a psicologia, desde o início deste século, está dividida em duas correntes: a dos técnicos que exercem função de saber, e dos tecnocratas, que exercem função de poder (Merani, 1.972:2). Os psicólogos nem podem suspeitar que essa divisão é produto da pressão do sistema industrial. Esclarecê-lo é um dever, denunciá-lo é uma obrigação moral (Merani, 1972:2). A preocupação maior da psicologia foi a de se desenvolver no campo da prática, convertendo-se mais em instrumento de poder, do que em elaborar um corpo teórico de conhecimentos a respeito do homem, exercendo secundariamente sua função de saber.

Em decorrência dessa opção, a psicologia deve seu desenvolvimento atual às possibilidades práticas que ela coloca à disposição das atividades mais diversas: na readaptação, na orientação educacional e profissional, na empresa, no comércio, na propaganda, nos meios de comunicação de massa etc.

Porém, esse discurso e essa função social não são inerentes à psicologia. Eles foram encontrados por necessidades históricas de consolidação do capitalismo, que orientaram toda a dinâmica das relações sociais, incluindo-se a produção de conhecimentos científicos. A função histórica da psicologia é compreender o homem concreto, definir o ser real, o vivente, e não apenas as qualidades desse ser, como se faz com os conceitos abstratos (Merani, 1972:5).

A piscologia deve ser a ciência do sujeito e de sua libertação, e não a ciência do homem em geral e da integração social; a ciência do sentido, e não da palavra modelada pelas estruturas; a ciência do subjetivo e da criatividade,

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