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Historicamente, o problema do álcool

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Por:   •  28/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.692 Palavras (7 Páginas)  •  225 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Historicamente a questão do álcool e outras drogas vêm sendo abordada de forma meramente fisiológica, uma visão medica especialmente psiquiátrica, com o foco apenas na doença, sem levar em consideração as implicações sociais econômicas e políticas, deixam de lado o indivíduo, a subjetividade e a história de vida dos sujeitos.

Podem-se destacar algumas políticas de combate ao crack, por exemplo, as instituições não governamentais que tem como objetivo de tratamento a abstinência total das drogas, o que acaba apenas culpabilizando os indivíduos e não oferece nenhuma alternativa para o mesmo. Separando os usuários da vida social cria-se em torno dele um mito de que todos não passam de marginais.

Pensando em uma forma de acolher esses usuários a Presidência da República assinou o decreto Nº 7.179, em maio de 2010:

Art. 1º Fica instituído o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, com vistas à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários e ao enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas ilícitas.

§ 1º As ações do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas deverão ser executadas de forma descentralizada e integrada, por meio da conjugação de esforços entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observadas a intersetorialidade, a interdisciplinaridade, a integralidade, a participação da sociedade civil e o controlesocial.

§ 2º O Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas tem como fundamento a integração e a articulação permanente entre as políticas e ações de saúde, assistência social, segurança pública, educação, desporto, cultura, direitos humanos, juventude, entre outras, em consonância com os pressupostos, diretriz e objetiva da Política Nacional sobre Drogas.

Art. 2º São objetivos do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas:

I - estruturar, integrar, articular e ampliar as ações voltadas à prevenção do uso, tratamento e reinserção social de usuários de crack e outras drogas, contemplando a participação dos familiares e a atenção aos públicos vulneráveis, entre outros, crianças, adolescentes e população em situação de rua;

II - estruturar, ampliar e fortalecer as redes de atenção à saúde e de assistência social para usuários de crack e outras drogas, por meio da articulação das ações do Sistema Único de Saúde - SUS com as ações do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;

III - capacitar, de forma continuada, os atores governamentais e não governamentais envolvidos nas ações voltadas à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários de crack e outras drogas e ao enfrentamento do tráfico de drogas ilícitas;

IV - promover e ampliar a participação comunitária nas políticas e ações de prevenção do uso, tratamento, reinserção social e ocupacional de usuários de crack e outras drogas e fomentar a multiplicação de boas práticas;

V - disseminar informações qualificadas relativas ao crack e outras drogas;e

VI - fortalecer as ações de enfrentamento ao tráfico de crack e outras drogas ilícitas em todo o território nacional, com ênfase nos Municípios de fronteira.

BRASIL. Decreto Nº 7.179, de 20 de maio de 2010.

O plano serviu para guiar os passos das instituições que atendem esses usuários, buscando a promoção e prevenção dos mesmos.

No intuito de fornecer embasamento para o campo das políticas públicas o Governo desenvolveu o Relatório Brasileiro sobre Drogas. Sua primeira edição, lançada em 2009, possui dados estatísticos referentes aos períodos de 2001 a 2007. No que se refere ao consumo do crack e suas consequências no Brasil, os dados reunidos mostram um consumo discreto e estável na população brasileira entre os anos de 2001 e 2005, mas há, no entanto, fortes evidências de que a partir deste ano o consumo desta substância, bem como sua associação a diversos agravos à saúde, à criminalidade e à violência tem se tornado mais frequente (BRASIL, 2009).

Para o campo das políticas públicas, os dados são de extrema importância, pois informam sobre os principais aspectos dessa problemática em nível nacional e estadual e também nas capitais brasileiras, permitindo sua comparabilidade. Além disso, o relatório constitui-se referência para estudos e avaliações futuras sobre a efetividade das políticas públicas atualmente implementadas no Brasil (BRASIL, 2009).

MODELO DE ATENÇÃO PARA USUÁRIOS DE DROGAS

De acordo com o Portal da Saúde, a rede de saúde mental pode ser constituída por vários dispositivos assistenciais que possibilitem a atençãopsicossocial aos pacientes com transtornos mentais, segundo critérios populacionais e demandas dos municípios. Esta rede pode contar com ações de saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços residenciais terapêuticos (SRT), leitos em hospitais gerais, ambulatórios, bem como com Programa de Volta para Casa. Ela deve funcionar de forma articulada, tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua porta de entrada e de sua regulação.

CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas)

O CAPS AD é a única unidade de saúde especializada em atender os dependentes de álcool e drogas na capital, dentro das diretrizes determinadas pelo Ministério da Saúde, que tem por base o tratamento do paciente em liberdade, buscando sua reinserção social.

Desta forma, o CAPS AD oferece atendimento diário a pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, permitindo o planejamento terapêutico dentro de uma perspectiva individualizada de evolução contínua. O apoio da família é fundamental neste processo, então semanalmente, são realizadas pelas psicólogas, um grupo para atendimento aos familiares de pacientes, onde são esclarecidas dúvidas, anseios e dado o suporte que a família necessita.

Todos os encaminhamentos devem partir das unidades de saúde da capital, ou o paciente pode chegar ao CAPS através de demanda espontânea. O CAPS AD possui uma equipe multiprofissional formada por dois psiquiatras, duas psicólogas, uma médica clínica geral, uma assistente social, uma terapeuta ocupacional, umafarmacêutica, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, um professor de educação física, uma professora de artes, além da equipe administrativa.

Na unidade são oferecidas atividades

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