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Inconsciente

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Por:   •  2/11/2014  •  Artigo  •  596 Palavras (3 Páginas)  •  257 Visualizações

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Psicanálise:

Como vemos a Psicanálise faz uma suposição básica, cuja discussão se reserva ao pensamento filosófico, mas a justificação da qual reside em seus resultados. Conhecemos duas espécies de coisas sobre o que chamamos nossa psique (ou vida mental): em primeiro lugar, seu órgão corporal e cena de ação, o cérebro (ou sistema nervoso), e, por outro lado, nossos atos de consciência, que são dados imediatos e não podem ser mais explicados por nenhum outro tipo de descrição. Tudo o que jaz entre eles é-nos desconhecido, e os dados não incluem nenhuma relação direta entre estes dois pontos terminais de nosso conhecimento. Se existisse, no máximo permitir-nos-ia uma localização exata dos processos da consciência e não nos forneceria auxílio no sentido de compreendê-los.

A psicanálise logo deu-se conta de que todas as ocorrências mentais devem ser vistas como construídas na base de uma ação recíproca das forças dos instintos elementares. Isso, contudo, acarretou uma situação difícil, visto a psicologia não incluir nenhuma teoria dos instintos. Ninguém podia dizer o que era realmente um instinto, deixava-se a questão inteiramente ao capricho individual, e todo psicólogo tinha o hábito de postular quaisquer instintos, em qualquer número que escolhesse. A primeira esfera de fenômenos a ser estudada pela psicanálise compreendia o que era conhecido como neurose de transferência (histeria e neurose obsessiva). Descobriu-se que seus sintomas sucediam pelo fato de os impulsos instintuais sexuais serem rejeitados (reprimidos) pela personalidade do sujeito (o seu ego), encontrando pois expressão por caminhos tortuosos através do inconsciente. Esses fatos podiam ser encontrados traçando-se um contraste entre os instintos sexuais e os instintos do ego (instintos de autopreservação), o que estava de acordo com o dito popular de serem a fome e o amor que fazem o mundo girar: a libido era a manifestação da força do amor, no mesmo sentido que a fome o era do instinto autopreservativo. A natureza dos instintos do ego permaneceu por então indefinida e, como todas as outras características do ego, inacessível à análise. Não havia meio de decidir se seria de supor existirem diferenças qualitativas entre as duas classes de instintos e, em caso afirmativo, quais seriam.

Freud admitia que a eficácia do tratamento de pacientes neuróticos dependia do desenvolvimento de uma relação pessoal e íntima entre paciente e terapeuta. Como no caso de Anna O. em relação a Breuer que o perturbara a ponto de decidir deixar de atendê-la. Para Freud, a transferência constituía uma parte necessária do processo terapêutico. Uma das metas da terapia seria afastar a dependência praticamente infantil do paciente em relação ao terapeuta e ajudá-lo a assumir um papel mais adulto na condição da própria vida.

Outro método de tratamento importante na psicanálise freudiana consistia na análise dos sonhos. Freud acreditava nos sonhos como representações da satisfação dissimulada dos desejos reprimidos. A essência de um sonho seria a concretização dos desejos do indivíduo. Para Freud, os fatos do sonho ocorrem em dois níveis. O conteúdo manifesto no sonho seria a verdadeira história do paciente expressa por meio das lembranças dos fatos sonhados, enquanto o conteúdo latente, ou seja, o sentido simbólico ou oculto, expressaria

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