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Infertilidade psicogenica na psicologia

Por:   •  2/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.613 Palavras (11 Páginas)  •  310 Visualizações

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SUMÁRIO.

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5

3 CONCLUSÃO...............................................................................

4 REFERÊNCIAS.............................................................................

  1. INTRODUÇÃO:

Tendo como parâmetro a infertilidade psicogênica, tanto a masculina como a feminina, este trabalho tem por objetivo levar ao leitor, e principalmente aos realizadores do mesmo, conhecer os aspectos sociais, psicológicos e biológicos que permitem tal restrição.

Para tanto, constará em sua estrutura, as principais causas, os possíveis tratamentos, e principalmente os aspectos psicológicos que permitam tal impotência. E, tendo estas informações apresentadas, ele visa salientar a importância do profissional da Psicologia neste contexto, bem como demonstrar o quão importante se faz sua presença, e muito alem de sua presença, o conhecimento que este profissional deve ter dessa causas relacionadas à infertilidade, para encontrar as respostas do motivo que levaram as estas causas e alcançar o diagnostico.

  1. DESENVOLVIMENTO:

Infertilidade psicogênica

Infertilidade psicogênica se desenvolve através de um processo que partindo de um conflito intra-psíquico, geralmente se somatiza, a nível inconsciente, em estruturas neuroendócrinas e neurovegetativas, alterando, no caso presente, a fisiologia da ovulação e/ou de outras vísceras reprodutoras.

A infertilidade considerada psicológica ou psicogênica (não seria visível fisicamente, e sim motivada por fatores emocionais inconscientes) nas mulheres foi compreendida, inicialmente, nos anos 50, como um possível reflexo do repúdio inconsciente à maternidade e à feminilidade, assim como à sexualidade. Desde então, muito se tem estudado para uma compreensão mais clara diante da forma em que os fatores psicológicos possam interferir na fertilidade.

A infertilidade psicogênica é a manifestação de um processo inconsciente que se expressa alterando o funcionamento neuroendócrino e neurovegetativo, interferindo na fisiologia da ovulação e/ou de outras vísceras reprodutoras. Também é importante ressaltar, a influência do STRESS no funcionamento neuroendocrinológico. Na expectativa da gravidez tão desejada pode ocorrer a liberação de hormônios relacionados ao stress o que interfere na fisiologia neuroendócrina do casal.

Analisando marcadores do estresse pesquisadores, observou-se que estressores físicos ou emocionais atuam sobre o hipotálamo alterando a secreção de fatores liberadores ou inibidores de hormônios hipofisários. Nessas situações, a liberação do CRH promove aumento da produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), o qual, por sua vez, estimula a ativação do sistema simpático, com liberação de cortisol e catecolaminas, responsáveis pela resposta fisiológica ao estresse.

[pic 1]

Pesquisas experimentais demonstraram que estressores físicos e psicológicos produzem um imediato e constante aumento nas concentrações de CRH. Além dos aumentos do ACTH e do cortisol, ocorre a ativação do sistema nervoso simpático com conseqüente elevação da glicemia, pressão arterial sanguínea e freqüência cardíaca.

As modificações no eixo HHA, produzidas pelo estresse, determinam alterações no funcionamento gonadal e na função reprodutiva.

A função reprodutiva humana depende de complexas interações entre o sistema nervoso central (SNC), hipófise, ovários, outras estruturas endócrinas e órgãos reprodutivos. Para que ocorra ciclicidade menstrual, é necessário que haja uma função ovulatória regular, o que depende, além da integridade anatômica das diversas estruturas do eixo reprodutivo, de uma sincronia entre suas ações.

A função cíclica ovariana pode ser facilmente perturbada por um estresse emocional, levando à interrupção temporária das menstruações. Sabe-se, por exemplo, que o desejo obsessivo de engravidar pode desencadear amenorreia temporária, dificultando, ainda mais, a concepção.

Existem vários sistemas regulatórios, que operam por meio de conexões nervosas, neurotransmissores e hormônios, que influenciam os mecanismos reprodutivos. Pesquisas destacam que os agentes estressores reduzem a fertilidade pelas influências que causam nos mecanismos que regulam os eventos da fase folicular do ciclo menstrual

Diferentes mecanismos biológicos relacionados ou desencadeados pelo estresse podem alterar a função reprodutiva a ponto de causar redução da fertilidade. No entanto, é extremamente difícil estabelecer relações de causa-efeito, posto que as causas de infertilidade sejam múltiplas e não envolvem apenas fatores ligados à fisiologia feminina, mas, também, causas masculinas de infertilidade.

Uma revisão da literatura sobre a infertilidade e o sofrimento psicológico relacionado observa que seu impacto sobre o bem-estar psicológico dos casais tem sido objeto de crescente atenção nos últimos anos. Parece fora de dúvida que a infertilidade é uma experiência profundamente aflitiva para muitos casais. Os autores que pesquisaram o assunto deixam concluir que pacientes inférteis apresentam dificuldades psicológicas complexas, que têm repercussão em vários aspectos de suas vidas sexual, afetiva, social e laboral.

Nos últimos anos, o estudo dos aspectos emocionais da infertilidade vem sofrendo mudanças, como o conceito geral de infertilidade psicogênica, onde, com poucas exceções, a angústia passou a ser vista como resultado e não como a causa da infertilidade.

A medicina, ao permitir um controle quase total sobre a concepção, faz com que o filho, geralmente, não mais chegue de surpresa. Ter uma criança significa o atendimento de um desejo consciente e de uma decisão tomada e assumida. Se a concepção tarda, o fracasso torna-se intolerável, e esses pacientes passam a solicitar ao médico uma ação rápida, que reavive o corpo refratário.

As novas tecnologias de reprodução estão transformando os conceitos de infertilidade, principalmente no que se refere à compreensão da infertilidade psicogênica.

Atualmente, a literatura psicanalítica tem buscado a compreensão do sentido da infertilidade e não sua causalidade. Assume que estaremos em terreno mais firme ao examinarmos as conseqüências da infertilidade e não as suas causas. Mesmo os psicanalistas que consideram o predomínio da infertilidade psicogênica concordam que o intenso estresse da infertilidade pode promover regressões para estágios anteriores do desenvolvimento psíquico. A infertilidade pode evocar poderosas e assustadoras fantasias, atingindo a personalidade como um todo.

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