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Inteligencias Multiplas

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Por:   •  23/3/2015  •  2.200 Palavras (9 Páginas)  •  1.010 Visualizações

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UniBrasil

Educação Física

INTELIGÊNCIA MÚLTIPLAS

Disciplina de psicologia da educação, referente a avaliação da Prof.ª Joyce Boratto

Março, 2015

Quem é Gardner ?

Formado no campo da psicologia e da neurologia, o cientista norte-americano Howard Gardner causou forte impacto na área educacional com sua teoria das inteligências múltiplas, divulgada no início da década de 1980. Seu interesse pelos processos de aprendizado já estava presente nos primeiros estudos de pós-graduação, quando pesquisou as descobertas do suíço Jean Piaget (1896-1980). Por outro lado, a dedicação à música e às artes, que começou na infância, o levou a supor que as noções consagradas a respeito das aptidões intelectuais humanas eram parciais e insuficientes.

Até ali, o padrão mais aceito para a avaliação de inteligência eram os testes de QI, criados nos primeiros anos do século XX pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911) a pedido do ministro da Educação de seu país. O QI (quociente de inteligência) media, basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje se conhece como lógico-matemático, mas durante muito tempo foi tomado como padrão para aferir se as crianças correspondiam ao desempenho escolar esperado para a idade delas. "Como o aprendizado dos símbolos e raciocínios matemáticos envolve maior dificuldade do que o de palavras, Binet acreditou que seria um bom parâmetro para destacar alunos mais e menos inteligentes", diz Celso Antunes, coordenador-geral de ensino do Centro Universitário Santa Anna, em São Paulo. "Mais tarde, Piaget também destacou essa dificuldade e, dessa forma, cresceu exponencialmente a valorização da inteligência lógico-matemática."

Inteligências múltiplas

Criada pelo educador norte-americano Howard Gardner, a teoria das inteligências múltiplas ganhou grande destaque no meio educacional a partir do início da década de 90.

Para Gardner, reduzir a inteligência às capacidades intelectuais é um erro, pois se pode falar com segurança de pelo menos sete tipos de inteligências diferentes: linguística, lógico-matemática, corporal-cenestésica, musical, visou-espacial, interpessoal (em relação aos outros), intrapessoal (em relação a si mesmo).

Segundo ele, essas inteligências são sete jeitos diferentes de conhecer o mundo, e a maior ou menor aptidão para cada uma delas define um perfil de cada aluno, de cada pessoa.

As ideias de Gardner recebem muitas críticas de psicólogos. Uma delas é que, ao se "enraizar" as aptidões intelectuais em sete grupos predefinidos, esquece-se do enorme papel que o meio pode ter, ao abrir diversos caminhos de desenvolvimento. A crítica mais comum é do tipo "Por que não 10, 15, 18 tipos de inteligência?" Outros dizem que Gardner confunde "inteligência" com "habilidade", o que empobrece o conceito. A maioria dessas objeções é abordada pelo próprio Gardner em seus livros.

Para a pedagogia, mais preocupada com possíveis aplicações práticas do que com o rigor acadêmico, essa teoria é muito atrativa, especialmente porque Gardner comanda um projeto de escola experimental na Universidade de Harvard (Projeto Zero), por meio do qual tenta verificar na prática as consequências de suas ideias para a educação.

Em sua escola, a música, a dança, a dramatização, os desenhos não são considerados apenas novas "matérias" que vêm enriquecer e equilibrar o currículo, mas também estratégias didáticas para o ensino de conteúdos mais tradicionais, procurando respeitar os possíveis diferentes modos de aprender. Trabalhos em equipe e realização de projetos, criação, apreciação e crítica de obras de arte, auto avaliação e concepção da escola como uma pequena comunidade são outras das características do projeto pedagógico de Gardner.

Não que essas ideias sejam absolutamente originais. O próprio Gardner faz questão de deixar claro que, em termos de aplicação à educação, sua teoria leva a práticas que já foram em grande parte introduzidas desde o início do século, pelo menos por pedagogos ligados ao movimento da Escola Progressiva (conhecida também como Escola Nova).

Assim como acontece no caso da teoria da inteligência emocional, a de Gardner parece dever parte de seu sucesso à capacidade de agregar em torno de si um grande descontentamento com uma educação excessivamente preocupada com a transmissão de conteúdos intelectuais.

Uma escola que admita a influência, em sua concepção de trabalho, da teoria das inteligências múltiplas, certamente poderá introduzir inovações interessantes em suas práticas, oferecendo mais oportunidades para que cada aluno encontre rumos próprios para seu crescimento.

As 7 inteligências Clássicas

INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA

Como o próprio nome indica, a inteligência lógico-matemática é a capacidade lógica e matemática, assim como a capacidade de raciocínio científico ou indutivo, embora processos de pensamento dedutivo também estejam envolvidos. Esta inteligência envolve a capacidade de reconhecer padrões, de trabalhar com símbolos abstratos (como números e formas geométricas) assim como discernir relacionamentos ou então ver conexões entre peças separadas ou distintas. Relaciona-se, também, à capacidade de manejar habilmente longas cadeias de raciocínio, elaborar perguntas que ninguém fez, conceber problemas e levá-los a diante. Juntamente com a linguagem, é a principal base para os testes de QI. O desenvolvimento de tal inteligência foi o grande objeto de estudo de Jean Piaget.

Tal inteligência possui uma natureza não-verbal, de modo que a solução de um problema pode ser construída antes de ser articulada. Alguns idiotas sábios realizam grandes façanhas de cálculo sem sequer saberem comunicarem-se ou até mesmo realizar simples operações de adição ou subtração. Como dois gêmeos relatados por que apenas veem a resposta do problema: "Uma data é mencionada e, quase instantaneamente, eles informam em que dia da semana ela cairá. Eles também podem dizer a data da Páscoa durante o mesmo período de 80 mil anos." Enquanto tais gêmeos são tragicamente deficientes em diversas áreas, conseguiram

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