Introdução a Psicologia

1. MRP II - MANUFACTURING RESOURCE PLANNING (PLANEJAMENTO DOS RECURSOS DE MANUFATURA)

                                                                                                    Mércio Jacobsen

1. Conceito

É um processo de gestão integrada e cooperativa de negócios, que de forma sistêmica envolve toda a cadeia de demanda e suprimento, administrando globalmente a empresa e seus agentes logísticos externos, visando o adequado atendimento do consumidor final (constituindo-se num dos sistemas integrados de gestão – ERP).

        O uso do MRPII é indicado para itens com baixo coeficiente de repetibilidade e baixo coeficiente de variação no consumo (notadamente os de classe A), tendo os seguintes objetivos: melhorar o serviço ao cliente, reduzir investimentos em estoques e otimizar continuamente a eficiência operacional da fábrica.

1. Composição da cadeia de demanda e suprimento

A cadeia de abastecimento engloba os seguintes componentes:

1. fornecedores (nacionais e estrangeiros);
2. administração de materiais;
3. produção;
4. distribuição física;
5. clientes;
6. consumidores;

1. Atividades logísticas da cadeia de demanda e suprimento

Ao longo da cadeia de demanda e suprimento são desenvolvidas inúmeras atividades logísticas, contempladas pelo Sistema MRP II (e pelo SCM – abordado adiante), podendo-se destacar as seguintes:

1. Atividades específicas da administração de materiais

• determinação da necessidade de materiais;
• acompanhamento de pedidos a fornecedores;
• rastreamento de pedidos;
• transporte primário;
• controle e pagamento de fretes;
• armazenagem;
• paletização;
• etiquetagem;
• controle de estoques;
• expedição;
• gestão de informações logísticas;
• estudos de viabilidade;
• medidas de desempenho.

1. Atividades da administração de materiais junto à produção

• apoio à produção (kanban, JIT, abastecimento da linha de produção);
• armazenagem;
• gestão de informações logísticas;
• medidas de desempenho.

1. Atividades da distribuição física junto à produção

• embalagem de produto acabado ou semi-acabado;
• unitização;
• armazenagem;
• preparação para a expedição (identificação do produto através de marcações diversas, como código de barras e outros; conferência física, quantitativa e documental; montagem de kits de produto acabado);
• expedição industrial;
• distribuição direta de fábrica;
• transferência direta de fábrica;
• transferência para centros de distribuição (CDs);
• roteirização;
• rastreamento de veículos;
• documentação de ordem de coleta de movimentação, de embarque e de impressão de nota fiscal;
• controle e pagamento de fretes;
• gestão de informações logísticas;
• medidas de desempenho.

1. Atividades específicas da distribuição física

            → recebimento de produto acabado (desconsolidação; conferência física, quantitativa e documental); 

• armazenagem;
• controle de estoques:
• cross-docking;
• embalagem
• unitização;
• serviços especiais (separação, montagem de kits comerciais, etiquetagem, nacionalização e conferência);
• expedição; distribuição direta da fábrica;
• distribuição a partir de CDs;
• transferência entre CDs;
• roteirização;
• rastreamento de veículos;
• controle e pagamento de fretes;
• documentação de ordem de coleta, de movimentação de embarque e impressão de nota fiscal;
• gestão de informações logísticas;
• estudos de viabilidade;
• medidas de desempenho.

1. Atividades da distribuição física junto ao cliente

• entrega de produtos;
• abastecimento de gôndolas;
• retirada de paletes vazios;
• retirada de devoluções;
• gestão de informações logísticas;
• medidas de desempenho.

1. Atividades da distribuição física junto ao consumidor

      → entrega direta do fornecedor ao consumidor, como no caso de                                                      consórcios;  

• serviço de atendimento ao consumidor (instalação ou troca de produtos);
• gestão de informações logísticas;
• medidas de desempenho.

1. Padrões de desempenho

É necessário pensar no software como um fim para se alcançar os benefícios desejados, principalmente nos dias atuais, de concorrência cada vez mais acirrada, onde cada centavo é fundamental para o seu sucesso.

Por isso é importante ter, realmente, um bom sistema de gestão, o que só é possível, entre outras providências, com a definição e a prática de padrões de desempenho mínimos, cuja melhoria deve ser uma preocupação permanente dos gestores.

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Tabela 16 – Padrões de desempenho

VARIÁVEIS	PADRÕES DE DESEMPENHO
Nível de serviço ao cliente	Mínimo 95%
Desempenho do plano de vendas	Mínimo  85%
Desempenho do plano de produção	Mínimo  98%
Desempenho do programa mestre de produção	Mínimo  95%
Desempenho das ordens de fabricação	Mínimo  95%
Desempenho dos fornecedores	Mínimo  95%
Alterações de períodos firmes (curto prazo)	Máximo    5%
Acuracidade dos registros de inventário	Mínimo  95%
Acuracidade da lista de materiais	Mínimo  98%
Acuracidade dos roteiros de manufatura	Mínimo  95%
Educação e treinamento (funcionários treinados)	Mínimo  90%

Fonte: o autor

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