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Memórias da disciplina das artes na nossa infância

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Por:   •  18/9/2014  •  Tese  •  1.889 Palavras (8 Páginas)  •  312 Visualizações

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Memórias da disciplina de Artes na nossa infância

Depoimentos vivenciados pelas alunas Tryccya, Cimone, Norma.

Depoimento da aluna Tryccya.

Tenho guardado nas minhas memórias, momentos de alegria e diversão quando se trata da disciplina de artes, era a aula mais esperada, muitas pinturas, colagens, ensaios para apresentações festivas, todas as datas comemorativas sempre tinha algo interessante para desenvolver e colocar em prática toda vontade de criar.

Naquela época não tinha a modernidade de hoje, os materiais eram mais restritos, e simples.

Agora é muito diferente da minha época, agora a disciplina é mais respeitada, há mais atividades, mais liberdade de criar. Vejo que nas aulas, não se limita só ao desenho, há muitos outros materiais, para que os alunos desenvolvam a coordenação motora de forma lúdica e divertida.

A disciplina de Artes na escola, quando é trabalhada adequadamente, proporciona à criança dispositiva para reagir aos apelos sensoriais e cognitivos que o mundo contemporâneo impõe.

Depoimento da aluna Cimone.

Na época que eu estudava, na escola quando pequena fui alfabetizada pela cartilha caminho suave, o professor era quem possuía o conhecimento, o saber absoluto, tínhamos que seguir a risca o conteúdo sem questionamentos.

Quando tínhamos aula de arte,”por exemplo,", o professor mandava a gente desenhar uma flor tinha que ser do jeito dele, e também da cor e tudo mais, não tínhamos autonomia de criar, pois se fizéssemos diferente o professor rasgava e nos obrigava a fazer tudo novamente do jeito que ele queria e pronto.

Então acabávamos sendo copiadores e não criadores, sendo o professor o dono do saber, não utilizavam a nossa criatividade, era tudo o que vinha do professor, também acabávamos não sendo um ser pensante, e nem expressava nossas opiniões, pois se o professor dissesse que um vaso era verde, mesmo na realidade sendo vermelho, tínhamos que aceitar que era verde e pronto.

A alfabetização ocorria através da decoreba, nosso raciocínio não era estimulado, era muito cobrada à nota, e não a aprendizagem, e nota com decoreba se tiravam era o que importava.

O professor não tinha muita paciência em explicar a matéria, explicava uma vez, a outra já era forçada na terceira ela já puxava sua orelha, te chamava de burro e tudo mais.

Depoimento da aluna Norma.

As lembranças que guardo das aulas de artes são de uma disciplina que não nos deixávamos expressar livremente, tudo era imposto pelo professor, o material era bem restrito do que existe hoje em dia, e tudo era muito repetitivo, todos os anos nas datas comemorativas eram feitos os mesmos trabalhos, não havia muita criatividade para as mudanças.

Papel da Arte na Educação contemporânea

A Arte é a expressão da vida que, associada ao processo de criação, transforma-se na capacidade de exercer plenamente a condição de ser humano.

A Arte favorece o desenvolvimento integral do indivíduo, possibilitando a expressão livre do pensamento e das emoções, desenvolvendo seu raciocínio com criatividade e imaginação. Criando, o indivíduo torna-se mais seguro dos seus potenciais e conscientes dos seus limites; torna-se mais autêntico e livre para fazer suas escolhas.

A Arte protagoniza as mudanças sociais e o processo de construção da sociedade. Na Educação, ela forma um cidadão consciente, crítico e participativo, capaz de compreender a realidade em que vive. A ação educativa da Arte tem como objetivo a preparação do jovem para a vida plena da cidadania, buscando a formação de cidadãos que possam intervir na realidade, podendo ser considerada como um instrumento de transformação social.

Ao longo da vida, o ser humano é inundado por conhecimentos pré-fabricados, como “receitas de bolo”, transmitidos de maneira hermética. Todos os instrumentos de uma vida prática parecem imunes às livres reproduções de valores, ideias e ideais. Havendo apenas uma repetição, não há espaço para os sonhos, fantasias e experimentação. Não sobra lugar para criar, ocasionando uma transmissão de respostas prontas e conservadas. Sem a oportunidade de realizar algo novo, que exprima simplesmente o que nós realmente somos, há o contínuo exercício das respostas determinadas e acabadas. O ato criador é renegado, abandonado e esta postura repetitiva cerceia a capacidade criadora, reflexiva e sensorial.

Sem a criação de algo novo, há o contínuo exercício das respostas determinadas e acabadas.

O uso da Arte na Educação aponta para um cenário em que as respostas moldadas e impermeáveis não podem mais ser seguidas por pontos finais. Devem, sim, serem levadas para “seres humanos pensantes”, que possam reconstruí-las e adaptá-las às suas realidades e às suas necessidades. A Arte na Educação busca a intensificação do interesse por novas criações, pela reflexão e pelo desenvolvimento de uma capacidade crítica, visando à formação de sujeitos ativos e autênticos. É exatamente neste sentido que a Arte na Educação atua como veículo de transformação e um canal para o vislumbre de novas possibilidades, novos horizontes.

O aluno deve ser trabalhado na sua totalidade: corpo mente e espírito. Através desse processo, ele automaticamente vê a razão sob uma nova ótica. Na verdade, a inserção da Arte na Educação propõe uma releitura integral e profunda do processo de aprendizagem, e não apenas de forma verborrágica.

Educar com Arte significa educar através do contato com o outro, do despertar dos sentimentos e da troca. É sair de si mesmo para enxergar o outro. O que se almeja é que a descoberta interiorizada de sentimentos reais evolua para a externalização dos mesmos de maneira consciente e engajada. O Teatro, por exemplo, é uma das manifestações artísticas que consegue trabalhar o indivíduo e, principalmente, o coletivo, além de possibilitar o conhecimento histórico e cultural da sua existência passada e contemporânea.

O teatro trabalha o indivíduo, além de possibilitar o conhecimento da sua existência passada e contemporânea.

É importante ressaltar que o objetivo da Arte na Educação não é formar artistas, mas sim indivíduos conscientes

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