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Meninos E Meninas Devem Ser Criados De Forma Idêntica?

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Por:   •  13/7/2013  •  856 Palavras (4 Páginas)  •  617 Visualizações

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Atualmente, uma corrente pedagógica vem se espalhando por todos os países, propondo uma educação de gênero neutro, que não faça distinção entre menino e menina e enxergue apenas uma criança, ou seja, um ser de gênero neutro. Os que a defendem permitem às crianças escolherem a cor da roupa que querem usar-derrubando o mito do rosa para menina e do azul para menino, se divertir com os brinquedos que preferirem, mesmo que meninos também queiram brincar com bonecas e meninas com armas de mentira e tenham as vivências que preferirem; por exemplo, meninos podem gostar de dançar balé sem serem encarados como tendo tendências homossexuais, assim como meninas podem gostar de jogar futebol, numa inversão típica dos papéis convencionais. Essa filosofia educacional visa promover uma infância sem estereótipos de gênero, contribuindo para construir uma sociedade menos machista. Pressupõe-se que, ao não fazer essa distinção de gênero desde a educação da criança, contribuir-se-ia para derrubar a dicotomia entre o que é tarefa de homem e de mulher. Além disso, pais favoráveis a essa posição combinam entre si um revezamento ao volante do carro, para abandonar o mito de que os homens são os líderes, assim como na troca de fraldas, na hora de dar banho nas crianças, na preparação do jantar etc.

Mas existem críticas a essa posição. Para o psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Identidade, de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo, proporcionar essas opções “no campo do outro” à criança é saudável, mas pode levar a um efeito completamente contrário ao esperado. Segundo ele, a questão do gênero não é apenas cultural, tem também uma base fisiológica. Assim, a falta de modelos definidos causaria na criança transtornos a respeito de sua sexualidade, ao forçar a criança a fazer uma transição entre os universos masculino e feminino. Dois exemplos de comportamento inadequado gerado pela inversão de papéis patrocinada pelos pais são os casos do Shiloh, filha do casal Angelina Jolie e Brad Pitt e do canadense David Reimer.

Shiloh Jolie-Pitt, hoje com seis anos, foi criada pelos pais dentro das normas do gênero neutro. Ela se veste como um menino e usa o cabelo curto. A atriz está sempre se desentendendo com a sogra a respeito, pois esta insiste em comprar para a neta roupas femininas e até de princesa. Resultado: o lindo bebê que aparecia no colo de Angelina em seu primeiro ano de vida,aparece agora com a aparência masculinizada. No que diz respeito ao canadense David Reimer, ele teve o seu pênis extirpado em uma cirurgia de circuncisão desastrada. Seus pais consultaram o psicólogo John Money, que os orientou a fazer uma cirurgia de mudança de sexo, seguida de reposição hormonal. O psicólogo procurava comprovar que a determinação da orientação sexual não era fisiológica mas cultural e familiar. Mas a empreitada logo fracassou, pois aos dois anos Brenda rasgava seus vestidos com raiva e não brincava com bonecas. Ao entrar na escola, sofreu bullyng por seus maneirismos masculinos. Seus pais só lhe contaram sobre a cirurgia de mudança de sexo aos 14 anos. Em 2004, aos 38 anos, Reimer se matou.

O filme Billy Elliot, dirigido pelo veterano diretor inglês de teatro Stephen Daldry, que concorreu aos Oscars de Melhor Direção, Roteiro e Atriz Coadjuvante, mostrou de forma brilhante que a masculinidade não

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