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O Arquétipo da sombra e o trabalho das mãos

Por:   •  18/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  257 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho propõe uma articulação do arquétipo da sombra com uma obra de Jung intitulada O Mascate, na qual o analista simboliza essa figura como a obscuridade que existe em cada indivíduo, concentrando características indesejáveis de se perceber em si próprio, projetando-as em outras pessoas, bem como uma componente importante para a integração à consciência.

Com objetivo de desenvolver uma elaboração da obra nas projeções de sombra na vida individual.

O arquétipo da sombra e o trabalho das mãos

Jung considera o arquétipo da sombra como o mais poderoso e perigoso, tendo em vista que contém os impulsos animais dos indivíduos e não pode ser controlado pelo ego. O arquétipo da persona se complementa e contrapõe à sombra e deve ocultar as manifestações desta em benefício do ego ideal, de maneira a permitir a relação entre as pessoas, em especial as do mesmo sexo, bem como de integração consigo mesmo, pois para isso é necessária a identificação do ego com os valores do superego e da persona, e se a sombra for antagônica ao ideal de ego, será rejeitada e projetada sobre outra pessoa, de maneira a afastar de si as características que não aceita.

No entanto, essas características indesejadas não desaparecem por completo; são antes reprimidas no inconsciente e entendidas como alheias. A sombra faz parte do inconsciente pessoal, é a forma que o ego encontra, de maneira inconsciente, para realizar intervenções que lhe causariam um conflito moral insuportável e é projetada na perspectiva que se tem sobre outras pessoas, mais uma vez, em especial do mesmo sexo, projetando em outras pessoas características que não se deseja e muitas vezes não consegue ver em si próprio, apenas no outro.

O arquétipo da sombra não é facilmente suprimido; tentará sempre emergir à superfície da personalidade do indivíduo e não representa apenas características consideradas ruins, que devem ser escondidas das outras pessoas para viabilizar o convívio social, pois também compreende sabedoria, criatividade, espontaneidade e vivacidade profundas que favorecem, por exemplo, a capacidade artística do indivíduo.

Ademais, a sombra permite que os indivíduos tenham algum acesso ao seu inconsciente, de maneira a se conhecer melhor, enfrentando suas particularidades indesejadas para que seja possível encontrar sua realidade individual, sendo este o primeiro estágio para encontrar o Self.

No texto sobre o trabalho das mãos, o autor apresenta a obra de Jung O Mascate, que simboliza a sombra, concentrando essas características das quais os indivíduos poderiam se envergonhar ou se sentir atacados, desafiados ou repugnados, mas que continuam atuando de maneira inconsciente provocando sintomas como tentativa de escapulir à repressão.

Ao rejeitar alguém que realmente tenha essas características ou que apenas tenham sido projetadas sobre essa pessoa, dificulta sobremaneira as interações sociais, uma vez que o considerado portador das características próprias, ainda que imperceptíveis, passa a ser alguém a se evitar, assim como são as características.

A figura do trickster, criada por Jung, representa bastante bem o arquétipo da sombra

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