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O Existencialismo Na Psicologia

Por:   •  10/11/2020  •  Resenha  •  9.739 Palavras (39 Páginas)  •  149 Visualizações

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POMPEIA/ SAPIENZA. Os dois nascimentos do homem. RJ: Viaverita, 2011, Cap. 4

  1.  CORPOREIDADE

  • Separação entre sujeito e objeto do conhecimento  separação entre psiquismo (subjetivo, interno) e realidade objetiva (externo).

Modelo dualista de Descartes

- Como essas duas substâncias (res cogitans e res extensa) entram em contato para a construção do conhecimento do mundo?

Desenvolvimento das teorias racionalistas e empiristas que fundamentam as Ciências Humanas, inclusive a Psicologia.

  • Psicossomática = busca reaproximar corpo e mente para tentar dizer como eles interagem.
  • Fenomenologia coloca em discussão o modelo cartesiano.
  • Pensamento de Heidegger  Existencialismo (abordagem filosófica voltada para a questão que indaga sobre o sentido do Ser).

_ Pergunta: que ente é esse para quem o sentido do Ser se coloca como questão?

_ O Ser só é questão para o homem, pois quando se trata do homem existir é já ser aberto para a compreensão do ser dos entes no mundo e do seu próprio Ser.

  • Existência = ek – sistencia = ser fora, para o aberto, ser a abertura, o lugar da manifestação de tudo o que há.

_ Existência = Dasein = Ser-aí

_ Modo original de Ser é Ser-no-mundo, sendo o mundo o “aí”.

  • Ser-no-mundo é já ser junto às coisas, com os outros. Como então falar de interno e externo? Como falar de separação entre corpo e mente?
  • Modo de ser do Dasein é ontologicamente marcado por caracteres fundamentais, constitutivos da existência = Existenciais.

  • EXISTENCIAIS:
  1. COMPREENSÃO: articula Dasein com o mundo. Nela se estrutura o poder-ser do Dasein: abre o campo do possível  É sempre dentro das possibilidades do mundo fático que é o seu.
  1. DISPOSIÇÃO: é o encontrar-se sempre em um mundo. Expressa uma tonalidade afetiva.
  1. DISCURSO: articula a compreensibilidade dos significados.
  1. ESPACIALIDADE: modo de direcionar, aproximar/distanciar de objetos, pessoas e situações. Abre um espaço em volta de si para dar a si mesmo liberdade de movimento ou um próprio campo de ação, sua "região". Região, aqui, é algo que ultrapassa uma posição exata. O que conta como região determina-se por nossas necessidades práticas, não pela geografia; algumas coisas pertencem a essa região: p. ex., nossa casa, nosso quarto, nosso local de trabalho.
  1. TEMPORALIDADE: modo de lidar com o passado, presente e futuro. É o próprio Dasein. O Ser se temporaliza no tempo. É produzir a si mesmo no tempo, improvisar, termporalizar (a si mesmo). O significado  fundamental é 'produzir-a-si-mesmo' e não 'cronometrar'. É situar-se no passado, presente e futuro sintetizando-os.
  1. ANGUSTIA: é a condição indispensável para que a existência autêntica do indivíduo se realize. A angústia aniquila nele todas as suas seguranças habituais para o entregar-se ao abandono donde unicamente pode surgira a autêntica existência. A angústia é a vertigem da própria liberdade. Somente através dessa angústia lhe será dado alcançar a liberdade; não há outro caminho para até ela chegar. A angústia nos permite compreender a possibilidade da passagem do possível para a realidade. Kierkegaard, em O conceito de Angústia (1844) define a angústia como a antipatia simpatizante e simpatia antipatizante, mostrando o caráter de mobilização deste sentimento que, ao mesmo tempo em que traz o desejo como devir, traz o temor do amanhã, justamente o imprevisível.
  1. SER-PARA-A-MORTE: forma autêntica da existência do dasein. Só a consciência de ser-para-a-morte dá a possibilidade do cuidado como existente se dá no tempo, portanto não prescinde do tempo; dele precisa e com ele conta. É próprio da pre-sença ser-para-o-fim e a morte, como fenômeno da vida, constitui-se como fundamento da pre-sença nas suas variações. Para Heidegger a morte é, em última instância, a possibilidade da impossibilidade absoluta da pre-sença.
  1. LIBERDADE: o homem é essencialmente livre. Heidegger distingue sete variedades de liberdade: 1) a habilidade de transformar a si mesmo; 2) libertação, libertar-se de; 3) ligar-se a, liberdade para; 4) dominação da sensualidade (liberdade inautêntica); 5) determinação de si a partir da lei de sua própria essência (liberdade autêntica); 6) a capacidade para o bem e para o mal; 7) liberdade da indiferença[1]. Segundo Sartre[2], "somos condenados a ser livres. Condenado porque não se criou a si próprio e, no entanto, é livre porque, uma vez lançado no mundo, é responsável por tudo que fizer". Dessa forma, o existente é, antes de qualquer coisa, aquele que se lança para o futuro; é aquele que é consciente de se projetar no futuro. Ele é, então, um projeto que se vive subjetivamente através de uma consciência intencional que surge livre, não determinada. É um estado puro de possibilidades, a possibilidade de criar-se a partir do nada.
  1. HISTORICIDADE:  o Ser é na História, no mundo de suas relações, em sua ancestralidade.
  1. CORPOREIDADE: Dasein “é” seu corpo. É um modo de ser e não algo que o homem tem.

A Corporeidade não é uma coisa. Significa uma qualidade, uma propriedade que é a do ser corporal diz respeito ao corpo que “somos”.

  • FENOMENOLOGIA DA CORPOREIDADE

Não é descrever o corpo mas buscar a qualidade de uma experiência que está intimamente relacionada com uma questão que envolve o corpo e envolve o mundo.

Corporeidade = corpo e mundo (exemplos pg. 79 -80).

  • Existir é “ser-corporalmente-no-mundo-junto-às-coisas-com-os-outros”
  • Ser corporal do Dasein  existir é ao mesmo tempo indigência e potência de ser.

_ Mudança de pressupostos : pressupõe não poder reter nada como posse; implica falta, carência, perda, todos os “ainda não posso”, todos os “já não posso mais”  Indigência.

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