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O FICHAMENTO LENY SATO

Por:   •  2/6/2020  •  Dissertação  •  709 Palavras (3 Páginas)  •  152 Visualizações

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FICHAMENTO LENY SATO

SATO Leny. Psicologia, saúde e trabalho: distintas construções dos objetos “trabalho” e “organizações”.(2003) In: Z. A. Trindade, & Â. N. Andrade, Psicologia e saúde: um campo em construção (SATO, 2003, p.167\178). São Paulo: Casa do Psicólogo.

“É amplamente conhecida a entrada da psicologia no mundo do trabalho a convite da administração e da engenharia, com vistas a responder a demandas gerenciais, a partir da década de 20 nos EUA e na Europa (Shartle, 1950; Malvezzi, 1983; Malvezzi, 1995). Essa demanda solicita da Psicologia uma abordagem de recursos humanos, a partir do espraiamento nos locais de trabalho dos princípios da administração” ( SATO,2003, p. 41\42).

Sato diz que a psicologia entrou no mundo corporativo com a finalidade de ferramenta para a área da administração e engenharia, no intuito de atender as demandas gerencias. Com a chegada década de 20, essa mesma demanda solicita que a psicologia use uma abordagem voltada para os recursos humanos, assim atuando nos locais de trabalho com os princípios administrativos.

“Essa perspectiva – a de uma Psicologia voltada para a gestão de recursos humanos – é a que acabou por demarcar o campo de uma Psicologia voltada para as questões do trabalho e das organizações e mantém-se hegemônica na atualidade. Diversas metamorfoses podem ser observadas nas práticas adotadas por essa Psicologia; porém, tais mudanças não refletem uma guinada em termos de objetivos ou de concepção, ainda que possamos observar mudanças na linguagem empregada” ( SATO,2003, p.42).

Sato diz que apesar da entrada da psicologia voltada para as questões do trabalho e das organizações, pouco se mudou desde então. Conseguimos ver uma psicologia, que teve metamorfoses nas práticas adotadas no decorrer da sua trajetória na área empresarial, mas que, apesar da mudança de linguagem observada (como de “gestão de recursos humanos” para “gestão de pessoas”), continua sendo voltada para um campo de aplicação de testes, entrevistas entre outros. Tendo assim, um papel de assessoria aos gestores e não ao trabalhador e sua saúde no ambiente de trabalho.

        

“Temos, no Brasil, estudos importantes, no âmbito da Psicologia, que focalizam o universo social, os valores, as trajetórias e aspirações de trabalhadores e trabalhadoras das classes populares, como os de Rodrigues (1978), de Mello (1988) e de Fonseca (2000), que focaliza a vivência de trabalho e a condição de trabalhadores e trabalhadoras na sociedade hierarquizada. Arakcy Martins Rodrigues desenvolveu diversos estudos sobre a condição e representações de trabalho e as práticas organizativas, tematizando: diferenças de gênero (Rodrigues, 1992), empresa familiar (Rodrigues, 1991), funcionários públicos (Rodrigues, 1989), supervisores de fábrica (Rodrigues, 1988).

Todos esses trabalhos põem em pauta problemas da sociedade complexa, industrial, e hierarquizada.” ( SATO,2003,p.44).

Após trabalhos como de Sylvia Leser, Arakcy (1988 a 19920), Martins Rodrigues, Rodrigues (1978) Mello (1988) e Fonseca (2000), ficou claro que a psicologia organizacional não atendeu a demanda dos trabalhadores, por sua vez foi acolhido pela psicologia social onde foi produzido diversos trabalhos científicos voltados para as questões de saúde dos trabalhadores.

“Ela recupera o viés humanista na Psicologia e toma como objeto aspectos da saúde a partir de uma leitura individualizante (não considerando a possibilidade de os contextos de trabalho jogarem papel no sofrimento dos trabalhadores): o que se denominou, já na década de 20 do século passado, nos EUA, a “saúde mental ocupacional” e que norteava uma prática assistencial e ponto.”

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