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O FICHAMENTO PSO

Por:   •  15/10/2022  •  Resenha  •  902 Palavras (4 Páginas)  •  74 Visualizações

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Campos, Herculano Ricardo e Francischini, Rosângela Trabalho infantil produtivo e desenvolvimento humano. Psicologia em Estudo [online]. 2003, v. 8, n. 1 , pp. 119-129. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-73722003000100015>. Acessado em: 06 Maio 2022

O presente artigo refere-se ao estudo do trabalho infantil em uma comunidade do Rio Grande do Norte, a partir dos fundamentos da psicologia histórica cultural e da psicologia social.

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento humano sempre esteve em discussão que passou através de diversas correntes psicológicas, nas quais há a condicionalidade na percepção sobre o objeto de estudo. Inicialmente há o debate em torno da influência do ambiente sobre o ser humano, que seria a tradição empirista, por outro lado há a corrente inatista na qual afirma que o ser humano apresenta características herdadas geneticamente. Na última corrente, a perspectiva sócio-histórica cultural, ocorre a internalização de regras, valores, maneiras de agir perante as interações sociais para que ocorra o desenvolvimento.

Na perspectiva sócio-histórica cultural essa internalização realizada ocorre a intermédio da linguagem, na qual é responsável pela constituição da consciência, regula a atividade psíquica. A partir deste pensamento foi realizado um estudo empírico dividido em três partes: o desenvolvimento da criança, efeitos do trabalho precoce nas famílias, e, os impactos no trabalho infantil.

O CENÁRIO E UM POUCO DA HISTÓRIA

No Estado do Rio Grande do Norte há um município chamado de Jardim das Piranhas, cortado pelo rio das piranhas. A atividade elementar dessa região era a agropecuária, mas com os períodos subsequentes de seca a população predominantemente rural passou a migrar para a área urbana, que, a princípio, era uma ótima oportunidade de se conseguir emprego devido às indústrias de tecelagem.

Devido a essa migração aumentou o número de famílias em situação de pobreza e sem acesso à saúde pública, se vendo nessa situação diversas famílias se viram na situação de lançar forças de trabalho às suas crianças, de maneira informal e precária. Além da pobreza coletiva, o trabalho precoce foi defendido por empresários devido ao barateamento dos custos de produção de produtos e, defendido também, por pais que acreditavam que o trabalho afastava seus filhos da marginalidade.

IMPACTOS DO TRABALHO PRECOCE NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS

De acordo com a teoria da perspectiva sócio-histórica cultural, o desenvolvimento é realizado por meio das interações, mas como se dá esse desenvolvimento no contexto social de um adolecente que trabalha? Do ponto de vista dos familiares o trabalho infantil já está agragado em sua rotina, então não ocorre o questionamento do fato dos malefícios do trabalho precoce, ao contrário, há a justificação da inserção no mercado de trabalho pela aquisição de conhecimento, mas o que as famílias não sabem é que essa ação só aprofunda e assegura que o mesmo quadro volte a ocorrer.

        Com o trabalho iniciado precocemente há o risco de que ocorra desnutrição, comprometimentos na coluna e no desenvolvimento físico, tristeza e apatia, comprometimento na organização psicológica e desequilíbrio emocional, fadiga, déficit de atenção e restrição à possibilidade de relações sociais diversas. As crianças ficam impossibilitadas de realizar brincadeiras, importante no quesito cognitivo que possibilita a maturação e a imaginação. Isto posto, é possível observar que nesta infância a criança não passa por momentos de prazer ligados à brincadeira, se identificando como adultos do que com que é considerado uma infância ideal para algumas correntes na Psicologia.

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