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O Feminicídio Na Psicologia

Por:   •  11/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  801 Palavras (4 Páginas)  •  134 Visualizações

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  1. FEMINICÍDIO

O termo femicídio tem uma matriz feminista e com isso, política, teve sua conceituação por volta dos anos 90 e é atribuída a Diana Russel, no qual especificou o termo como o assassinato de mulheres executados por homens por motivos de desprezo, dominação, sentimento de posse, ódio.

Diana Russell, feminista americana, utilizou o termo femicídio pela primeira vez em 1976 diante o Tribunal Internacional sobre Crimes contras as Mulheres, que aconteceu em Bruxelas como uma forma de identificar o assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres, definindo-o como uma forma de “terrorismo sexual” e “genicídio de mulheres”. Esse conceito utilizado por Russell já vem caracterizado de formas de dominação e desigualdades na relação entre homem/mulher que não é exclusivo apenas no âmbito da intimidade, mas na vida pública social que afirma o uso da violência para prevalecer à dominação masculina.

Porém, autores como Marcela Lagarde, antropóloga e feminista mexicana, trouxe uma distinção entre os termos femicídio ou assassinato de mulheres, de feminicídio, ou seja, o assassinato de mulheres pautado no gênero em contextos de negligência por parte do estado em relação a essas mortes, configurando crime de lesa humanidade, com isso, percebe-se que há uma ampliação deste fenômeno ganhando uma escala maior de atuação.

 A discussão com base no uso dos termos é considerada recente, pois se trata de um conceito relativamente novo, com isso houve países que optaram na tipificação legal pelo termo femicídio, enquanto outros optaram pelo termo feminicídio, ambos designam o assassino misógino de mulheres.México, Nicarágua e República Dominicana incorporaram na legislação o termo feminicídio, enquanto Honduras, Chile e Guatemala optaram pelo uso de femicídio. É importante relatar que o debate a cerca desse fenômeno que o nomeava deu-se início nos anos 90 nos Estados Unidos, no qual foi apropriado por mexicanas, para denunciar a existência de feminicídios na Ciudad Juárez, a posteriori o diálogo e as denúncias foram alcançando vários países da América Latina.

O sentido político do conceito (feminicídio ou feminicídio) está totalmente estabelecido, permitindo não apenas distinguir o assassinato de mulheres de outros homicídios, mas também colocá-lo como consequência de uma ordem de dominação patriarcal. Enquanto destaca o caráter do crime de ódio - ou poder - pelo que seus autores cometem por comportamentos de mulheres que consideram violações ou transgressões à ordem patriarcal.

Um dos motivos determinantes para a ampliação e desenvolvimento do termo Feminicídio foram às pesquisas realizadas na Costa Rica e com a realidade do massacre na fronteira El passo e Juarez que deu abertura para vários outros casos de violência cometida contra mulheres no México;  massacre vitimou 500 mulheres, sendo grande parte de origem indígena, pobre, jovens e simplesmente por serem mulheres; trabalhavam em manufaturas no México e com isso mandavam dinheiro para suas casas, este massacre aconteceu. A matança cometida contra essas mulheres serviu para determinar nacionalmente e internacionalmente exigências de combate ao crime que até então não era reconhecido, como feminicídio.

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