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O Jornal Psicologia do Trânsito

Por:   •  17/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.113 Palavras (5 Páginas)  •  126 Visualizações

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21/05/2020 / QUINTA-FEIRA / EDIÇÃO Nº 001

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JORNAL PSICOLOGIA DO TRÂNSITO[pic 2]

PSICOLOGIA DO TRÂNSITO NO BRASIL: DE ONDE VEIO E PARA ONDE CAMINHA?[pic 3]

A psicologia do trânsito no Brasil, o desenvolvimento dos primeiros estudos psicotécnicos com motoristas para a promoção da segurança do trânsito, a importância dos Departamentos de Trânsito na institucionalização e expansão da psicologia brasileira estão intrinsicamente ligados.

O modelo brasileiro da psicologia do trânsito teve início no século XX quando os primeiros automóveis e caminhões começaram a circular no Brasil. A locomoção em massa por bondes e trens foi sendo substituída pelo uso do automóvel, fruto de opções de políticas urbanas na esfera federal e estadual com o apoio das elites que apoiavam a indústria automobilística do pais. Embora a produção e o uso em massa do automóvel tenham contribuído sobremaneira no desenvolvimento econômico do Brasil, engendrou sérios problemas de segurança e saúde pública, em decorrência dos acidentes de trânsito que começaram a se intensificar na década de 1940

A carteira de habilitação passou a ser considerada um privilégio, sendo obtida por meio de uma bateria de testes e exames, conforme o tipo de habilitação, considerando que as diferentes categorias de veículos exigiriam diferentes habilidades de seus condutores.

A tarefa de avaliar as condições psíquicas dos motoristas, ocorreu com influências estrangeiras, principalmente com os trabalhos de Tramm na Alemanha, Lahy na França, Musnsterberg e Viteless nos Estados Unidos e Mira e López na Espanha, pois no Brasil não havia instrumentos construídos ou validados para realizar este intento.

      A psicologia aplicada ao trânsito, centrava a sua atuação fortemente no fator humano, por intermédio da seleção de pessoal, orientação e instrução profissional.

A teoria da propensão aos acidentes, à época, era fortemente discutida segundo a qual algumas pessoas são mais propensas do que outras a se envolver em acidentes, justificando a elaboração de um processo de habilitação para identificar indivíduos aptos ou inaptos para dirigir.

Nesse momento histórico com forte demanda social e justificativas científicas foi implantado processo de avaliação psicológica de condutores e a aplicação de técnicas psicológicas nos motoristas, com o início da psicologia na contribuição do trânsito rodoviário brasileiro.

Exames psicológicos e tabelas de testes de aptidão, como: Atenção Difusa, Inibição Retroativa, Visão Noturna e Ofuscamento e Volante Dinamógrafo foram utilizados. Psicodiagnóstico Miocinético foram amplamente utilizados nas avaliações psicológicas. Técnicas psicológicas eram aplicadas nos motoristas pelos engenheiros, considerados os primeiros “psicólogos do trânsito”.

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Trabalho sobre Psicologia no Trânsito

Cabe apresentar a criação dos Departamentos de Trânsito e o seu papel na institucionalização e expansão da psicologia no Brasil.

Breve Histórico:

5 de agosto de 1946 – Decreto-Lei 9.545 – torna exames psicotécnicos obrigatórios para a aquisição da carteira de habilitação.

27 de agosto de 1962 – Lei nº 4.119 - Reconhece a profissão de Psicólogo no Brasil, sendo criado também o Conselho Federal e Conselhos Regionais de Psicologia.

21 de janeiro de 1964 - Decreto nº 53.462 regulamenta a profissão de Psicólogo.

21 de setembro de 1966 – Decreto-Lei 5.108 - criação do DETRAN – Sistema Nacional de Trânsito instituindo o segundo Código Nacional de Trânsito.

16 de janeiro de 1968 – Decreto-Lei nº 62.127 regulamenta a criação do DETRAN   estabelecendo que cada estado brasileiro proceda a criação de seu DETRAN dispondo de uma estrutura de serviço médico e psicotécnico, reconhecendo a importância dos fatores psicológicos na segurança viária e ampliando o mercado de trabalho para o psicólogo.

1968 – É regulamentada a criação dos serviços psicotécnicos nos Departamentos de Trânsito dos estados.

1998 – Psicólogo se inseriu no processo de habilitação nos DETRANs – realizando avaliação psicológica pericial de motoristas – antigo exame psicotécnico - hoje obrigatório para todos os candidatos à obtenção da carteira de motorista e na renovação da habilitação.

A criação do Departamento Nacional do Trânsito assumiu e ainda assume um importante papel para a institucionalização e expansão da psicologia brasileira, ao abrir espaço para o trabalho dos psicólogos, e por credenciamento de profissionais e clínicas de psicologia terceirizada, devido ao aumento da demanda pela carteira de habilitação. [pic 5]

No âmbito da ciência os DETRANs contribuíram concedendo material psicológico para fins de pesquisas que visavam o estabelecimento de tabelas normativas para restes psicológicos e para pesquisar a possibilidade de prever a ocorrência de infrações por intermédio dos resultados dos testes, levando inclusive a produção de artigos e livros relacionados à procedimentos de adaptação e padronização de medidas de comportamento no trânsito.  Avaliação de diferenças individuais e de traços de personalidade dos condutores infratores e acidentados e análise das contribuições cientificas para mitigar os acidentes.

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