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O Modelo Entrevista

Por:   •  4/1/2022  •  Trabalho acadêmico  •  973 Palavras (4 Páginas)  •  132 Visualizações

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Capitulo 1

Marta Rodriguez:

        Olhei em volta do quarto, a minha respiração estava irregular. Respirei fundo, uma, duas, três vezes, tal e qual a terapeuta indicou. Olhei para o lado, a minha irmã dormia serenamente, como invejava essa sensação. Conseguir dormir descansada, principalmente quando sabia o que vinha aí, a dor, as humilhações, todo o sofrimento. Pus a musica a tocar, um balsamo para todos os pensamentos, que insistiam em rondar a minha mente. Fechei os olhos e tentei deixar a música me levar.         Não sei por que horas consegui adormecer novamente, mas quando dei por mim o despertador estava a tocar, tentei ignorar e como sempre senti a minha irmã a tocar-me no ombro.

        - Hora de acordar.

        - 5 minutos.

        Ela sorriu tristemente, mais do que ninguém ela sabia o quanto me doia ter que sair de um sitio onde eu me sentia segura e ir para um sitio onde não havia nada bom, nada que me estimulasse. E eram estes consideramos os melhores anos da nossa vida? Puff.        
        Fiz tudo no modo automático, até a comida que costumava ser o ponto alto da manhã não teve o mesmo gosto. Nada tinha o mesmo gosto quando voltava as aulas, quando voltava aquele sitio que se tornou o seu inferno pessoal. Quando dei por mim, já estava no carro com a minha irmã, com a radio a tocar no fundo.

        - Hey, hoje só tenho faculdade de manhã, pego – te aqui na saida. Okay.

        Enquanto ela falava a minha mente estava distante, como se não fosse eu ali naquele carro. Acenei devagar e forcei um sorriso, a ultima coisa que precisava era de ter a minha irmã precupada comigo. Sai do carro, e coloquei o capuz na cabeça, quando mais despercebida melhor. Na entrada da escola, grupinhos estavam reunidos. Não pude evitar que as lembranças me invadissem.

        Saimos do carro da minha irmã aos risos, os braços interlaçados. O motivo da piada era o novo crush da minha melhor amiga. Rolei os olhos e dei-lhe um empurrão de brincadeira enquanto todos os olhos se concentravam na minha amiga, na roupa dela ou será na falta de roupa dela.

        - Delia, sério mais um bocadinho e eles caiem de tanto rodar a cabeça.

        - Quem pode, pode. E a gente amiga pode. – concentrou os seus olhos no alvo da vez, antes de voltar a atenção para mim – Este ano promete.

        Rimos juntas enquanto entravamos no predio.

        Afastei as lembranças, não fazia bem a ninguém lembrar-me daquele ano. Realmente o ano promoteu, pena que só prometeu coisas negativas, naquele ano tudo mudou.  Evitei a multidão e dirigi-me a sala, quando mais depressa lá chegasse, menos probablidade existiria de encontros em segundo ou terceiro grau. Sentei-me no último lugar como sempre, peguei no caderno que tinha na mochila, e comecei a desenhar. Traços aleatórios, que formavam um forma assustadora. Sem cor, apenas preto, o preto com que estava vestida dos pés a cabeça. A sala começou  a encher de barulho, não tardou a sala se juntar de mais grupinhos, aos cochichos, dos risinhos. Não tardou também a sentir os olhares focarem-se nela. Ignorou os risinhos e os olhares e concentrou-se no desenho.         
        A primeira aula era de História, simplesmente otimo. A professora chegou como sempre, com uma alegria jovial. E foi o de sempre, como foram as vossas férias?, prontos para trabalhar? O discurso foi interrompido pela porta a abrir. Engoli em seco
Rodrigo, pisquei várias vezes para ter a certeza que não estava a ter uma alucinação. Rodrigo, o irmão mais velho da minha melhor amiga, ao qual não via a dois anos, quando tudo era diferente, quando ele deixou o Pais obrigado pelo pai.

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