O Psicodiagnóstico Interventivo e Tradicional

Diferenças entre psicodiagnósticos tradicional e interventivo

O psicodiagnóstico tradicional tem como objetivo principal o diagnóstico. Seu processo é voltado para o esclarecimento da demanda no momento de chegada ao serviço de psicologia, para posteriormente fazer um encaminhamento correto. Este modelo surgiu e é muito utilizado na psicologia clínica particular. O paciente sai da consulta com a certeza de que precisa de um psicólogo e é encaminhado. Em instituições clínicas-escola este modelo não é tão eficaz devido ao fato do tempo de demora na fila de espera, pois ou os sintomas desaparecem nesse período, havendo também a possibilidade de surgirem outros, ou os pacientes buscam atendimento em outros lugares.

O psicodiagnóstico interventivo é mais eficaz no atendimento em clinicas-escola. Este rompe com o conceito de diagnóstico enquanto coleta de dados para que o psicólogo formule uma compreensão sobre o cliente, implicando os clientes no processo de formulação de uma compreensão sobre si mesmos e utilizando os encontros clínicos de maneira a já intervir na dinâmica apresentada e já contribuindo para a superação do sofrimento. O psicólogo abandona a postura de conhecedor para convidar os clientes a participarem, é necessário estar aberto para a co-participação.

O mesmo trabalha criando contextos de aparições de fenômenos clínicos que será utilizado para compreender o sentido da vivência do cliente articulado ao sofrimento que motivou a procura. O embasamento fenomenológico existencial é o mais utilizado nesse método, pois um dos aspectos principais do psicodiagnóstico interventivo é a liberdade para acompanhar o desvelamento do fenômeno que o psicólogo tem diante de si. Ele é a favor de esta intervenção favorece o surgimento de novas possibilidades existenciais. Algumas de suas possibilidades de investigação sobre a situação existencial do paciente são os testes psicológicos e visitas domiciliar e escolar.

No modelo do psicodiagnóstico interventivo infantil um recurso bastante utilizado para o diálogo do profissional com a criança é o livro-história, o qual a criança ilustra e escreve a narrativa de história de sua própria vida.