Método De Ensino Tradicional

Introdução

A educação, ao longo dos tempos, vem sendo alvo de intensos debates e discussões. De maneira comparativa, esse trabalho tem por finalidade mostrar as principais características entre dois métodos muito utilizados pelos pedagogos que são o método tradicional, e o método histórico-crítico. Para ambos destacando-se o surgimento, a forma de abordagem, a função da escola e do professor. Outro ponto a analisar é o porque de ocorrerem essas mudanças nas linhas pedagógicas.

O ensino tradicional x ensino crítico

O método de ensino tradicional teve a sua origem no século XVIII nas escolas públicas francesas, com o objetivo de universalizar o conhecimento aos indivíduos, tendo suas regras pautadas no autoritarismo e em normas disciplinares rígidas. A organização desse sistema de ensino foi inspirado na decorrente sociedade burguesa, a qual predicava a educação como um direito de todos e dever do Estado, pois assim a educação escolar auxiliaria a construção e a consolidação de uma sociedade democrática.

A escola tem como função preparar o indivíduo para viver em sociedade, transmitindo-lhes conhecimentos disciplinares para o preparo geral, moral e intelectual. Desde o início do currículo escolar destaca que não há como formar um aluno questionador sem uma base sólida, rígida e normativa de informação.

O professor é a figura central, e conduz o processo de ensino-aprendizagem, transmitindo seus conhecimentos através da exposição verbal da matéria, utilizando exercícios de fixação, repetição de conceitos ou fórmulas, memorização, visando disciplinar a mente e formar hábitos. As avaliações são periódicas, por meio de provas, e medem a quantidade de informação que o aluno conseguiu absorver. O professor mantém uma relação autoritária onde o aluno é disciplinado, atento e cumpridor de seus deveres. O conhecimento humano possui um cárater cumulativo que deve ser adquirido pelo indivíduo pela transmissão dos conhecimentos a ser realizado na instituição escolar (Mizukami, 1986) o aluno é visto como “elemento passivo” na sala de aula, como se pode ver:

...atribui-se ao sujeito um papel irrelevante na elaboração e aquisição do conhecimento que está “adquirindo”, conhecimento compete memorizar definições, enunciados de leis, sínteses e resumos que lhe são oferecidos no processo de educação formal a partir de um esquema atomístico. (Mizukai, 1986. P.11)

No que se refere a abordagem ao ensino caracteriza-se o exercício de resposta única, onde se cultua o medo do erro e do fracasso; destaca-se a incompetência, a ignorância e a incapacidade do aluno, deixando de assinalar os talentos e habilidades de cada um; desenvolve-se de forma limitada as habilidades cognitivas; a obediência, passividade, dependência e conformismo são os traços mais cultivados; desconsidera-se a imaginação e a fantasia como dimensões importantes da mente; descaso em cultivar uma visão otimista do futuro; ensino voltado para o passado, onde se enfatiza a reprodução e a memorização do conhecimento; conhecedores da literatura e da arte; quem define as regras é sempre o professor, este deve constituir-se enquanto modelo a seguir, para os seus alunos.

Já o método histórico-crítico surgiu com a finalidade de tornar o conhecimento o grande transformador e agente de emancipação política na formação do indivíduo político e plural com base na perspectiva crítica da educação.

A escola teve grande destaque, com o dever de "propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado, e ativa como o próprio acesso aos rudimentos desse saber [...]" (SAVIANI, 2008, p. 15). Este saber elaborado é o conhecimento construído historicamente pelos homens e desse modo não se confunde com algo que a natureza nos proporciona.

“A escola deve preparar o aluno para o mundo do trabalho e suas contradições fornecendo-lhe um instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.”( JESUS, 2009 , p.74)

A função é preparar o aluno para o mundo adulto, o método ensino-aprendizagem tem como centro o aluno. Os conhecimentos são construídos pela experiência pessoal e subjetiva.

Uma das características do professor é a mediação entre o conhecimento e o aluno, ajudando-os a construírem sua representação mental do objeto do conhecimento. Os conteúdos utilizados são culturais, universais, sempre reavaliados frente à realidade social, o homem reconstrói em torno de si o mundo exterior. Outra característica é o professor como modelo na instrução, ou seja, a importância da imitação como parte integrante da aprendizagem significativa. Segundo

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